Just One Day | Namjin

➷ U m

Era mais uma manhã ensolarada e preguiçosa de domingo que nascia.

Kim Seokjin estava acordado há pelo menos uns vinte minutos, enquanto aproveitava - e estranhava - a quietude na casa.

Riu baixo, consigo mesmo, imaginando que seus bebês fizeram tanta bagunça e correram tanto no dia anterior, que provavelmente iriam levar um bom tempo pra recarregar toda a energia perdida.

Os pensamentos não se demoraram muito naquilo quando virou o rosto para o lado e deu de cara com seu marido, deitado da forma mais desajeitada possível, dormindo profundamente e com a boca um pouco aberta.

Não conseguiu conter o sorriso bobo que lhe escapou por entre os lábios. Não por aquela cena ser a mais linda do mundo – na verdade, ele era sincero em dizer que, por mais que amasse Kim Namjoon de uma maneira inexplicável, não podia negar que sua expressão enquanto dormia era hilariante –, mas ainda assim, não deixava de ser adorável.

Vê-lo dormindo daquela forma sempre lhe lembrava da época em que haviam começado a namorar. Quando deitavam juntos, simplesmente aproveitando a presença um do outro e falavam sobre o futuro, os planos que tinham, a família que queriam construir.

E acordando todos os dias ao seu lado, o fazia notar que todos planos daquela época agora eram paupáveis, reais.

Céus, amava tanto aquele homem!

— Appaaaa!

Teve um pequeno sobressalto despertando de seus devaneios e sentando de vez na cama, completamente aturdido com o grito. Ainda mais quando quando um pequeno vulto castanho pulou em si, tendo passado rapidamente por cima de um Namjoon que deu um pulo logo após ser pisoteado.

— O quê? O que foi Hoseok? Machucou? – o loiro mais velho indagou, preocupado, virando um pouco o corpo para ver o filho.

— Não vai escapar de mim! – logo em seguida outro baixinho surgiu no quarto, com o sorriso quadrado mais sapeca que existia no mundo estampado na face, e seguiu direto até a cama, segurando um pistola d'água.

— Nhaa, não! Socorro, appa! – o garotinho atrás de si o usava como escudo temendo ser molhado, e embora seu tom denunciasse desespero, ele estava risonho.

Jin suspirou aliviado ao notar que era somente uma brincadeira.

— Epa, epa. Sem baderna no meu quarto, mocinhos. – advertiu, tentando soar sério, por mais que quisesse rir.

— TaTa! Hobi!

O de sorriso retangular rapidamente olhou na direção do berço presente no local, logo a frente da cama do casal, onde um pequeno serzinho, beirando seus três anos, se encontrava de pé segurando no gradeado e se movendo pra cima pra baixo, meio eufórico e querendo se juntar a brincadeira.

Foi preciso conter o riso quando ele ergueu os braços na direção de "TaTa", como ele chamava.

— Oh! – o pequeno Taehyung com seus agora cinco aninhos abriu um sorriso ainda maior, carregando uma expressão de quem havia acabado de ter uma ideia genial, e em seguida se aproximando do mais novo, tirando ele do berço e o colocando nos braços.

— Fique longe do meu bebê, homem mau! – rapidamente Hoseok, que havia acabado de completar seus sete anos há alguns dias, saiu detrás do pai, apontando o dedo de forma acusatória para o irmão.

— O bebê é meu, tente me pegar! – riu, mostrando a língua e atirando um pouco d'água na direção do pequeno Hoseok, antes de sair correndo com o baby Jungkook nos braços, este que somente gargalhava, agitando os bracinhos no ar.

Hoseok não se conteve e também riu, logo pulando da cama e correndo pra fora do quarto como um foguete.

— Cuidado pra não se machucarem, pelo amor de Deus! – Jin suspirou, sorrindo de canto, ainda que preocupado.

— Deus, é muita informação pra um início de manhã... – ouviu o marido ao seu lado resmungar e acabou rindo, enquanto o observava bagunçar ainda mais o ninho que estava o seu cabelos esverdeado.

— Se prepara porque é só o começo do dia, amor. – se inclinou sobre o mesmo, lhe dando um selinho, o qual foi prontamente correspondido.

— O quê? – ele indagou, lhe sorrindo de foma doce, expondo aquelas covinhas que Jin tanto amava. — Eu já nasci pronto, eles não são pálios para Kim Namjoon. – brincou, arrancando um sorriso do mais velho.

— Ok, veremos.

E de repente toda aquela quietude de mais cedo foi substituída pela alagazarra e risadas dos menores que corriam pelos corredores da casa. Nada com que Jin já não estivesse acostumado.