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ATENÇÃO: Fanfic de 2018 cheia de erros ortográficos e contém muitos furos que na época passaram despercebidos. Leia ciente e se gostar deixe seu voto e comentário.

IMPORTANTE: Deixando claro que eu escrevi esse livro há 5 anos atrás e durante esse tempo minha escrita e pensamentos evoluíram bastante. Portanto, não concordo e nem apoio o relacionamento de Hazel e Justin, pois se trata sim de algo abusivo e tóxico para ambos. Achei necessário esclarecer alguns pontos antes de você leitor prosseguir com a leitura. E volto a repetir, leia por sua conta e responsabilidade. - Nota atualizada em 24/01/2024.

É isto, boa leitura :)

***

Hazel

"Vamos! Não quero perder o vôo" grito para meu pai do quarto.

Estávamos indo para o Canadá. Eu amava a cidade de Nova York e todos os seus encantos mais não podia ficar mais ali. Meu pai estava sendo procurado pela polícia, após ter agredido uma mulher achando que era a minha mãe. Durante esses dias, suas crises estavam cada vez pior, ele dormia fora de casa e muitos vizinhos o achavam largado em calçadas e bares. Eu como a única responsável por ele ia busca-lo. Muitas das vezes eram de madrugada. Os nossos vizinhos já estavam mais que acostumados a ouvir a gritaria e a ignorância do meu pai com as pessoas. Minhas atitudes eram sempre as mesmas, murmurar um desculpa e dizer que não ia acontecer de novo. O que era mentira. Todos os dias acontecia a mesma coisa.

Durante uma volta da padaria, ouvi uns gritos do beco próximo ao local onde eu havia ido comprar pão. Já se passavam das 7 da noite e sempre nesse horário saio do expediente. Eu trabalhava em uma loja de matérias de construção, era caixa e com a baixa pouca renda, raramente sobrava trocados para comprar algo pra mim. Meu salário era gasto no aluguel da casa e na comida. Meu pai não trabalhava e vivia em casa quebrando quase toda a louça, que com horas extras de trabalho, eu comprava. A tia Irina morava bem próximo da gente, e todos os dias ficava com ele na nossa casa. Não tínhamos condições de pagar uma pessoa.

Meus olhos se arregalam ao notar uma figura alta enforcando e pretendo o corpo de uma mulher à parede. O pior de tudo, era que essa mulher parecia assustadoramente com minha mãe, cujo eu só tinha visto por fotos.

O homem estava apertando tanto o seu pescoço que a cor no rosto da mulher estava sumindo, e suas unhas estavam cravadas ma mão do agressor.

Eu estava paralisada. O que eu havia de fazer? Correr e pedir ajudar? Naquele horário às ruas de Nova York estavam vazias e não se ouvia nada além das árvores balançando nas ruas por causa do vento. Eu estava sozinha. Minha respiração estava pesada e por causa do grande frio, podia se ver o ar saindo da minha boca e nariz como se fosse vapor. Minhas mãos que seguravam a sacola de pão, estavam suadas e trêmulas.

Eu podia voltar para a padaria e pedir ajuda, mais ficava à duas esquinas daqui e quando voltasse talvez essa mulher estivesse morta. MORTA.

Aquela mulher estava sendo enforcada enquanto eu estou tendo um ataque de pânico idiota. Em um ato de coragem, ou talvez burrice. Minhas pernas se moviam em direção ao homem que gritava palavras para a mulher, enquanto a mesma fazia uma expressão de desintendida. Por um momento, aquela voz me fez lembrar de alguém, cujo por causa do nervosismo, não me lembrava.

"Vadia, porque você nos abandonou?" Gritava o homem para a mulher. Ele tropeçou nos próprios pés, fazendo espremer mais a mulher contra a parede.

"Eu.. não..sei do que e-está falando!" Saiu como um sussurro no ar, a mulher estava perdendo as forças.

Apressei os passos e a expressão que ela fazia estava ficando cada vez pior. Larguei a sacola de pão no chão e puxei os ombros do homem. Estava escuro, apenas uma luz vinha de um prédio com a janela, iluminando o rosto dos dois ali. O homem não me deu atenção e continuou apertando o pescoço da mulher.

Tattoos / Justin Bieber [Repostada]Onde histórias criam vida. Descubra agora