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Hazel

Acordei me sentindo melhor que ontem. A cama não era tão confortável como a minha lá em Nova York mais eu não tenho o que reclamar. Era quente e os cobertores macios. Levantei me dirigindo a janela. O clima é igualmente onde eu estava a algumas horas atrás. Amo o frio e mais ainda a neve. Prefiro o inverno ao verão. É uma das melhores épocas do ano.

Fechei a janela e me dirigi ao banheiro tomando um banho quente e vestindo meu moletom. Ele tinha um valor único para mim. Eu sei que minha mãe me abandonou mais não consigo odia-la. Ela podia ter razões para isso ou podia simplesmente ter achado outra pessoa que a tratasse melhor que o meu pai. Ela poderia ter me levado junto.. talvez eu não estivesse no Canadá com um fugitivo da polícia.

Tomei o café que deixaram em cima da cama assim que sai do banho. A cortesia gentil com certeza foi da recepcionista cujo não me disse o nome. Eu teria de perguntar. Ela foi muito gentil comigo e me ajudou quando sua função é somente atender os hóspedes para um quarto.

Hoje é domingo e as lojas estarão fechadas, provavelmente teria de começar a procurar um emprego e fazer a matrícula da escola na segunda. Agora percebi que tenho que arranjar um emprego no horário da tarde, pois de manhã teria de ir a escola. Agora resta saber como vou trabalhar e ao mesmo tempo estudar. Tenho que pensar nisso depois ou vou pirar.

Depois de escovar os dentes e ajeitar o gorro na cabeça arrumo minhas roupas e calçados no guarda roupas grudado a parede. O quarto é pequeno mais é bem arrumado e limpo. Aproveitei para arrumar a cama já que não tinha muito o que fazer ali.

Desci para a recepção. Queria saber onde estaria meu pai para ver se ele estava no quarto. Eu receio que ele tenha gastado o troco do táxi numa garrafa de bebida. E também a recepcionista não perguntou quantas noites eu ficaria lá, talvez minha tia tenha dito que minha estádia duraria dias já que tenho que procurar uma casa para alugar. Quanta coisa em pouco tempo. E para piorar meu pai não me ajuda em nada disso, por isso vou ter que resolver tudo sozinha ou vou morar debaixo de um viaduto.

Ao chegar na recepção encontro uma garota de cabelos cor de rosa cheia de tatuagens e piercings. Ela estava distraída enquanto teclava no seu celular com um sorriso no rosto. Essa deve ser a tal da Katy que a mulher gentil falou.

"Olá"

"Ah.. eae" diz ela sorrindo. A garota guarda o celular no bolso e se aproxima do balcão. "Deseja algo?"

"É.. bom sou a Hazel Miller, a garota que chegou de Nova York ontem" digo desconfortável colocando as mãos nos bolsos da calça.

"Oh! Sim a Pattie falou de você"

"Quem?"

"Pattie Malette. Acho que ela não disse o nome né? A recepcionista desse período"

"Ah.. sim, a mulher gentil." Sorrio. Ela realmente não me tinha dito o nome.

"Bom prazer Katy Williams" ela estende a mão que eu aperto ligeiramente.

"Nome bonito"

"Obrigada. Olha desculpa a Pattie não está aqui, ela foi resolver um problema com o filho dela. Sabe como é né?"

"Ela tem um filho?" Pergunto juntando as sombrancelhas. Oh Hazel porque isso interessaria a você? Não é como se ela fosse te contar a vida inteira.

"Sim tem. Ele é muito complicado. Nunca vi ele por aqui, então também não sei muita coisa sobre ele" fala dando de ombros. Aceno encerrando a conversa. Por um momento me lembro porque eu haveria ido até a recepção.

"Ah.. poderia olhar em que quarto está Marco Miller. Por favor.

"Ok. Um minuto" ela diz e pega o mesmo livro de ontem. Enquanto ela procura checo as horas em meu celular. Ele não era digital, ou de última geração. Eu ainda estava com um de teclado que estava muito velho e quase parando de funcionar. Não tinha dinheiro suficiente e agora menos ainda. Pois teria de arrumar um trabalho para pagar a pensão pousada.

Tattoos / Justin Bieber [Repostada]Onde histórias criam vida. Descubra agora