Tattoos / Justin Bieber [Repostada]

5°

Eeee finalmente o encontro .-. agora vai começar a verdadeira história clichê, ou nem tanto, com romance, brigas, ciúmes e acima de tudo....muito Justin Bieber.

Hazel

A secretária foi super legal comigo. Disse ela que irei ficar no 3° ano A. Ela me explicou algumas coisas sobre a escola e as pessoas. Diria que aquela mulher é o sinônimo da gentileza.

Depois de terminar o procedimento da matrícula. A diretora do colégio me deu boas vindas e disse que precisaria da assinatura do meu pai para uns papéis. Não entendo isso afinal sou de maioridade. Lógico que ele não iria, mais enfim tentei inventar uma desculpa dizendo que ele estava fora da cidade. Eu não devia fazer isso mais não posso arriscar ser arrastada pelos cabelos na frente de gente desconhecida. Preciso fazer amizades. Isso consta. Sem meu pai, por enquanto.

O tal do Peter depois de me deixar em frente a secretaria não falou uma palavra. Seguiu pelo mesmo lugar de onde veio, sem ao menos me dá um tchau. Talvez seja costume das pessoas não serem muito amigáveis por aqui.. tirando a Pattie, a Katy e a secretária.

Esperei tocar para o segundo horário pois agora atrapalharia o professor que estivesse. Alguns alunos que passavam por ali, encaravam a nova aluna estranha encolhida em uma cadeira enquanto tinha fones no ouvido. Esse era meu jeito de me comunicar, a música. Ela sempre expressa com sons e melodias o que sentimos. Eu adoro músicas internacionais. Sempre tem aquela te faz chorar por um antigo amor ou aquela que te completa em todos os sentidos. Mais esse celular estava quase desligando. Eu não podia viver sem minhas músicas. Teria que comprar logo outro.

Eu nunca amei de verdade. Nunca me apaixonei perdidamente por uma pessoa. Eu não sei o que é sofrer por amor e espero nunca passar por isso. Eu sei que um dia irei conhecer alguém e claro irei sofrer se quiser alcançar a felicidade. Mas.. os poucos casos que vejo. Me faz repensar a ideia.

O segundo toque é ouvido, me fazendo retirar os fones e seguir para a sala. A sala que eu teria que procurar pois não sabia onde ficava..

Passei vários minutos feito uma jogadora de futebol driblando as pessoas nos corredores. Enquanto eu ouvia cochichos, estava concentrada em encontrar logo a sala. Sentar no fundo. Baixar a cabeça. E ser ignorada por todos. Sem perguntas. Talvez outro dia.

Depois de um bom tempo caminhando naquele lugar enorme, conseguir achar minha sala. 3° ano A. Finalmente. Um professor acabava de sair. Quando me viu acenou com a cabeça e se virou com sua mochila.

Respira Hazel. É só pessoas estranhas que você nunca viu na vida. Só isso. Ah não consigo. Parece que o ar vai acabar e tudo vai virar um ponto branco no espaço. A Katy bem que podia está aqui comigo. Oh sorte!

Dei passos pequenos para entrar na sala. Como eu imaginava vários alunos desviaram sua atenção para mim com caras estranhas. Alguns comentavam com os outros e a minoria me observavam curiosos. Não liguem pra mim.

Procurei um assento vazio e finalmente achei um no final da sala. Enquanto eu caminhava os garotos arregalavam os olhos e as garotas me olhavam com ódio. O que eu fiz desta vez? Não é normal eu querer me sentar atrás?

Ajeitei meu material na cadeira e voltei a usar os fones tapando o rosto com o cabelo. Passei cerca de segundos nessa posição até o professor entrar na sala com sua mochila e livros. A sala ficou em silêncio. Os alunos antes sentados nas carteiras desceram voltando aos seus lugares. A sala era bastante numerosa. Várias garotas com ar de esnobe cochichavam olhando pra mim e rindo. Uns garotos me olhavam de cima abaixo com a sombrancelha erguida. Meu Deus quando isso vai acabar?

"Bom dia turma. Fizeram a lição de casa da aula passada?" Perguntou o professor com ar de 45 anos. Alto, moreno e meio barrigudo.

"Eu esqueci" "Deixei o caderno em casa, oia só" "eu fiz" dizia os alunos.