Capítulo 9- Encontro de horror

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- Tenho que te falar uma coisa. – Fecho o armário e olho para Anne que me esperava guardar meus livros. – Tenho um encontro. – Digo logo na lata.

- O que? Quando? – Ela se animou.

- Hoje depois do trabalho. – Eu não tinha contado antes a ela por que não tinha necessidade, mas percebi que eu precisava de uma ajuda feminina para me orientar no que fazer por que eu estava perdida.

- É alguém daqui da escola?

- Não. Ele é lá do trabalho e é mais velho, não muito mais velho que eu ele tem 19.

- Isso é demais Summer! Por isso que você estava toda desconfiada essa semana.

- É que eu ainda não estava surtando feito eu estou agora. Preciso de umas dicas urgentes.

- Dicas de que? – Caminhávamos em direção ao pátio da escola.

- Tipo, como devo agir, o que não posso falar...

- Entendi. Mas eu vou logo te avisando que só namorei com uma pessoa até eu descobri que ele me traía com a professora de artes.

- Nossa! – Exclamo impressionada. – E o que você fez quando descobriu?

- Isso eu te conto depois. Continuando, geralmente em encontros as pessoas vão pra se conhecer melhor, para ficar...

- Ficar?

- Ficar é da uns beijinhos. – Então ela percebeu que eu nunca tinha "ficado" com alguém. – Você já beijou alguém?

- Está muito na cara? – Que vergonha uma garota de 17 anos que nunca tinha beijado.

- Não se preocupe, você não deve sentir vergonha disso. Eu te entendo, você ainda não achou a pessoa certa para fazer isso ainda, mas quem sabe nesse encontro não aconteça?

- O problema é que eu não sei o que fazer.

- Deixa o garoto te guiar que você pega o jeito rapidinho foi assim comigo.

- Até que você é bem experiente nesses assuntos. – Brinco com ela.

- Eu só beijei uma boca em toda a minha vida, experiência é uma coisa que não tenho. – Nós duas irmos.

- Eu tenho medo de não saber usar a língua, ou não saber mexer a boca corretamente. – Confesso para ela.

- Ter medo é normal Summer, todo mundo fica assim. Se você ficar muito nervosa não vai conseguir fazer nada.

- Você tem razão, eu estou muito tensa com tudo, são experiências novas para mim. – Estávamos quase chegando ao pátio quando...

- Olha se não é o novo casal da escola. – Aquela voz, como eu odiava ouvir ela todos os dias eu fazia preces para não ouvi-la, mas parece que não adiantou muito. James estava atrás de nos nem eu nem Anne viramos para olha-lo e continuamos andando o ignorando por completo. – Seu pai o "reverendo" sabe que você gosta de meninas? – Anne parou de andar e virou para James.

- Alguém já te falou que você é extremamente irritante? – Ela rebate.

- Já falaram, mas eu gosto de ser assim é divertido zoar com pessoas estranhas. – Ele diz cínico. – Você até que é bonitinha, um pouco brega, mas dá pro gasto. – Ele dá uma boa olhada em Anne. – Mas andando com essa daí. – Ele aponta pra mim. – Só vai conseguir espantar os garotos.

- O lixeiro está aberto por acaso? – Ouvi Caleb chegando. – Por que acabei de sentir cheiro de lixo.

- É impressionante! O mascote não pode se afastar um minuto que o bando já chega. – James diz rindo.

Since 2003 (Suspensa)Onde histórias criam vida. Descubra agora