Capítulo I

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A academia de heróis U.A., apesar de ser conhecida pelo mundo como a formadora das maiores lendas que já existiram, - em um universo onde ser herói virou profissão - também possuía cursos normais, como: o de Materiais de Suporte, o qual inventava e ajudava os heróis com os uniformes e equipamentos de luta; o de Marketing, que visava fazer as melhores propagandas e comentários sobre os heróis.

Como deu para notar, esses cursos são voltados para ajudarem os heróis e os aspirantes nessa profissão.

Todavia, existe um curso que possui a má fama de apenas as pessoas entrarem neles por não conseguirem passar nos exames para o de heróis: o curso dos Estudos Gerais. Que era, basicamente, o que seria de um ensino médio normal. Os alunos ali estudavam para prestarem vestibular e em seguida entrarem em alguma faculdade.

O problema era que realmente, pelo menos, a maioria, queria ter entrado no curso de heróis, e não ali. Devido à má fama de serem invejosos, os do curso de Estudos gerais sofriam muitas provocações, dentro e fora da academia.

[S/n] fazia parte do curso de Estudos Gerais. Ao contrário da maioria, a menina estudou para entrar especificamente nesse curso. Ela queria se formar em algo bem simples, que fazia com que tirassem sarro da cara dela, Literatura. Sim, ela queria ensinar a matéria, adorava ler, mas também sonhava em publicar seu próprio livro um dia.

No geral, [S/n] não era tímida, como pensavam dela, apenas quieta, não gostava de se meter em confusões que julgasse desnecessária.

Neste momento, ela caminhava de volta para casa, em seus braços, com as mãos cobertas por finas luvas bege, haviam dois livros que pegara na biblioteca enorme da U.A. mais cedo. O primeiro livro tinha um tamanho médio, com cerca de trezentas páginas, e o segundo, mais grosso, possuía quinhentas páginas. Em comum, ambos eram de romance, adorava o gênero, e sempre sonhava em encontrar aquele que faria seu coração acelerar mais rápido.

A peculiaridade da garota era tão singular quanto ela mesma.

Sempre que [S/n] tocava em alguém, podia sentir as emoções da pessoa tocada, sabendo se essa pessoa estaria feliz, triste, com medo e etc., e também podia fazer os outros saberem como ela se sentia, além de poder transmitir outras emoções. Mas como não conseguia controlar o poder, acabava sem querer 'invadindo' constantemente a privacidade dos outros quando tocava, mesmo que fosse minimamente. Dessa forma, as luvas serviam para evitar acidentes, além de usar meias até a metade das coxas, deixando o mínimo de pele visível possível.

Devido a sua individualidade, [S/n] compreendia bem os sentimentos das pessoas, até mesmo o amor, que conheceu dos pais e amigos. Então, escrever era perfeito para jovem. As histórias que postava em um site para jovens escritores anônimos faziam sucesso. Segundo seus leitores, eles conseguiam 'sentir' os sentimentos dos personagens. A expressão utilizada pela grande maioria gerava pequenas risadas na menina devido a ironia que a frase causava, mesmo que eles não soubessem disso.

Faltando apenas duas ruas para enfim chegar em casa, [S/n] encontrou um grupo estranho na metade da rua. Pareciam suspeitos na opinião da estudante.

O grupo era composto por cinco pessoas, quatro homens e uma mulher. Todos vestiam preto, os homens tinham um casaco com capuz para cobrirem a face, um deles parecia ser mais caro que os demais; ao contrário deles, a mulher usava um vestido preto decotado, como se não se importasse de chamar atenção.

Watashi no Hero - Imagine Bakugou KatsukiOnde histórias criam vida. Descubra agora