A aurora

Capitulo 4

Choque. Foi só isso que senti no começo. Eu entrei em choque. Não conseguia falar nem pensar direito. Os volturi em Forks novamente. Por que? Oque eles queriam com a minha família? Ou pior,  será que fariam algo com as matilhas? O desespero tomou conta de mim.

Eu olhei pra Alice procurando alguma respostas para as minhas perguntas internas, mas ela desvio o olhar. Com certeza não havia nada de bom nessa visão. Alguma coisa muito ruim estava para acontecer. Eu sabia disso. Eu sentia isso. Mas quando iria acontecer?

- Eles virão no início outono.- meu pai respondeu lendo meus pensamentos- Quando o clima aqui é mais favorável a sua presença.

Claro!Eles viriam na época em que Forks estava mais chuvosa e mais nublada do que todo o resto do ano. Mas oque eles queriam? Essa pergunta circulava minha cabeça. Embora eu soubesse que meu pai podia escuta-lá ele não a  respondeu. Fiz uma careta. Decidia a ter minha resposta resolvi me voltar para Jesper:

- Tio Jesper, o que eles querem conosco?

Ele desvio os olhos de Alice que agora o fitava e passou a me olhar. Jesper sempre estava com Alice quando ela tinha visões e a amparava sempre que necessário.

Ele me avalio por um momento e então seus olhos se fixaram no meu. De repente não me sentia mais aflita ou em desespero. A calma me invadia, como quando se bebe um copo de água gelada no calor, percorreu  todo o meu corpo e relaxou a tensão.

-  se você não se importar, tio, gostaria que parasse de influenciar minhas emoções!- disse lhe dirigindo um sorriso amarelo.

Ele assentiu pedindo desculpas e senti a calma se esvair de mim da mesma forma que chegou. Eu podia sentir o medo e o desespero voltaram lentamente. Encaretei Jesper com raiva. Eu detestava o fato da minha própria família tentar me manipular usando suas habilidades. Mesmo meu pai às vezes me irritava por estar sempre lendo meus pensamentos.

Mas agora oque estava me estressando mais era o fato de que todos me olhavam mas ninguém me respondia.

- ninguém vai me responder ? Estão começando a me deixar desconfortável e preocupada. É alguma coisa relacionada com Jake e a matilha ?

- não, querida. Eles não virão atrás de Jake.- minha mãe chacoalhou a cabeça negativamente enquanto me olhava nos olhos – Não temos certeza ainda do motivo pelo qual estão vindo. Por isso não vamos te contar não queremos causar preocupações desnecessária. Mas com certeza não tem nada a ver com os lobos.- ela disse cada palavra lentamente como se eu fosse novamente uma criança e ela estivesse me explicando algo complicado.

- VOCÊS PRECISAM PARA DE ME TRATAR FEITO CRIANÇA!- vociferei.

O medo que eu sentia agora tinha se misturado com o desespero e o resultado disso era a minha total falta de controle sobre meus sentimentos. Eles circulavam enlouquecidos toda a minha mente. Eu sentia raiva, por meu tio ter me manipulado, por meus pais me tratarem feito uma criança frágil e  por minha tia evitar me encarar; eu sentia medo por que sabia que para mentirem pra mim algo muito sério está para acontecer; sentia alívio por Jake estar a salvo dos Volturi. Tudo isso se misturando dentro de mim como em um caldeirão. Eu era um caldeirão de sopa fervente e ia explodir.

Fui para o meu quarto batendo os pés, como a criança mimada que eles achavam que eu era. Droga!. Bati a porta com força e a tranquei. Eu precisava sair dali. Fugir de tudo aquilo e de toda aquela mentira. Fui até o closet, que ficava ao lado do meu quarto, pela porta de acesso que ficava na parede do lado esquerdo da cama. Tirei meu pijama e coloquei uma calça leg preta e uma blusa simples da mesma cor, calcei minha botas e peguei minha jaqueta. Eu não sairia pela porta da frente. Não queria ver nenhum daqueles restos. Além disso sei que tentariam me impedir. Eu tinha que sair e correr. Eu precisava sentir o vendo frio dessa cidadezinha no meu rosto.

Sai pela porta de vidro da varando do meu quarto. Nossa casa ficava no meio do bosque, então não foi difícil me embrear no meio das árvores e achar uma trilha. Corri. Corri sem saber a onde ela me levaria. Eu só precisava correr. Me afastar. Esquecer. Me acalmar.