Capitulo 10

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Acordei com com uma claridade horrível no rosto tentei abrir os olhos para ver de onde vinham mas minha cabeça doía demais para isso.  Excelente !! Muito inteligente Renesmee esqueceu as cortinas abertas de novo !! Eu comecei a me ajeitar,tentando  levantar, para poder fechar as malditas cortinas, e gemi de dor. Parecia que tinha sido atropelada por um trem. Cada músculo do meu corpo estava dolorido e sempre que tentava me levantar ou mexer parecia que estava levantando meia tonelada. Por fim decidi que seria melhor ficar mais um pouco na cama até a dor passar.

Acabei adormecendo. Sonhei que estava numa floresta de pinheiros o sol forte incidia sobre minha pele e a sensação de calor me fez sorrir. Os pinheiros pareciam brilhar cada um com uma cor diferente variando de um vermelho escuro ao amarelo. Definitivamente era outono, as folhas cobriam o chão e cada passado meu produzia um som diferente. Eu caminhei pela floresta sentindo o cheiro de pinheiro e umidade , era tão satisfatório e libertador. Eu sentia que ali eu podia fazer qualquer coisa, ser qualquer coisa. Então inspirei profundamente o ar, sentindo a cada odor que me rodeava, e sorri com a sensação . Disparei. Meu único objetivo era correr, sentir o vento gelado do outono e o calor do sol , sobre minha pele.

De repente me deparei com um enorme penhasco . Desacelerei e cheguei mais perto para observar. No fundo um rio de águas escuras e frias serpenteava por entre pedras e em sua margem oposta à floresta de taiga continuava, se erguendo como um gigante majestoso. Fiquei um bom tempo ponderando se seria uma excele ideia prosseguir e saltar até à margem ou se simplesmente me jogava no Rio, foi quando avistei um sombra nas árvores. Era uma sombra enorme e voluptuoso se movendo sem fazer o menor barulho. Eu sorri e saltei.

O lobo se virou imediatamente quando meus pés tocaram o solo úmido, seus olhos castanhos percorreram meu corpo por alguns segundos antes dele se aproximar. Eu acaricie atrás de suas orelhas e suas costas, ele adorava quando eu fazia isso é ele não era o único. A sensação dos seus pelos sob minha pele era reconfortante e me traziam lembranças da infância. Ele se curvou, como se fosse fazer uma reverência, um sinal para que eu beijasse sua testa. Eu ri. Convive com Jack e sua parte Lobo por anos desde que eu era apenas uma criancinha, mas sempre achava engraçado quando o animal tentava se comportar como o homem.

O lobo jack caminho até próximo de um dos pinheiros e se deitou. Caminhei até ele e me recostei sobre seu dorso ele então me envolveu de modo que sua cabeça enorme quase tocasse os meus pés. Nós fazíamos isso quando eu era pequena sempre que terminávamos de caçar.
Enquanto eu me perdia nas minhas lembras,  o lobo levantou a cabeça de supetão e chamou minha atenção. De sua boca ele emitia um leve rosnado e seus dentes afiados estavam a mostra. Eu procurei pelo que ele encarava, e foi quando vi um corvo num Pinheiro próximo. Ele nos observava.

O rosnado de jack começou a aumentar a medida que o corpo do lobo gigante se levantava lentamente, sem nunca desviar os olhos do corvo, se preparando pra atacar. Eu fiquei estática. Não conseguia me mexer, por algum motivo que não sei qual, sentia medo pelo corvo.

- jack, ele não vai nos machucar, por favor tenha calma!- minha boca se mexeu sem que eu me desse conta.

Oque estava acontecendo ?? Por que eu me importava tanto com um corvo?? É por que Jacob queria atacá-lo?

O corvo saltou do galho em que estava empuleirado e desceu voando em direção a jacob, mas o lobo já estava em posição de ataque e escancarou a boca na tentativa de abocanhar o corvo. Os dois comecaram uma batalha fugaz e veloz que com o tempo eu não era capaz nem de destingir quem era quem.

Ao que parecia longos minutos se passaram quando os dois se separaram e passaram a se encarar novamente. O corvo perderá algumas penas e havia sangue em seu bico, não sabia ao certo se eram dele ou de jack. o lobo estava com o pescoço e o facinho ensangüentados e parecia exausto.

Lágrimas escorriam do meu rosto e eu aparentemente soluçava e implorava para que parassem. Eu não sei bem ao certo o por que. Eu estava mais no controlo do meu corpo, parecia uma terceira pessoa observando a cena. Enquanto meu corpo chacoalhava em soluços e súplicas a ave atacou novamente e desta vez consegui acertar o olho do lobo.

A auroraOnde histórias criam vida. Descubra agora