Capitulo 11

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Acordei assustada e com o rosto molhado de lágrimas. A noite estava completamente escura. Não havia sinal da lua e nem das estrelas, as únicas luzes eram das várias maquinas e equipamentos, que aparentemente estavam ligados a mim. Um monitor cardíaco, bipava o tempo todo marcando meus batimentos cardíacos anormais, provavelmente Carlisle deve ter ,de algum modo, configurando-o para minhas frequências diferentes da de um humano normal;  o oxímetro de pulso estava preso ao meu indicador direito para marcar minha oxigenação; e algumas bombas de infusão injetavam substancias, talvez soros e outros medicamentos, por um cateter no meu braço esquerdo. Mesmo com a luz emitida pelos equipamentos era difícil de enxergar onde estava, mas aos poucos meus olhos se acostumaram com a pouca luz e pude ver prateleiras repletas de livros, uma escrivaninha e alguém roncando baixo no sofá-cama próximo a mim. Estava no meu quarto, na charneca. Mas como eu vim parar aqui?? Eu não estava no bosque?? Será que tudo foi só um sonho?? E o corvo o que será que houve com ele?? De onde vieram todos esses equipamentos de UTI??

Eu tentei me levantar, mas quando coloquei os pés no chão o quarto todo parecia girar. Então me deitei de novo ajeitando os travesseiros de um modo que um pudesse ao menos ficar sentada e respirar fundo, para aliviar a dor que eu sentia em cada musculo do meu corpo. Enquanto isso um barulho alto, que parecia um motor de uma velha picape, desvio minha atenção e eu me voltei para o vulto escuro que dormia profundamente no sofá-cama ao meu lado. Minha boca doeu quando se curvou em um sorriso fraco. Como sempre suas pernas eram grandes demais para a cama e metade delas ficavam para fora, ele estava deitado de mal jeito como se tivesse adormecido sem querer, suas costas estavam apoiadas num dos encostos do sofá e parte das pernas no outro, sua cabeça estava recostada na parede, ele provavelmente não deveria dormir a dias para adormecer tão profundamente nessa posição desconfortável. Jacob sempre se voluntariava para fazer mais rondas do que Seth e Leah pela reserva e provavelmente deve ter pego várias noites seguidas de uma vez para estar nesse estado.

-Como sempre você se importa mais com o bem estar daqueles que ama do que com o próprio, não é mesmo, Jake?- surrei, minha voz saiu rouca e estranha, como se falasse com a boca cheia de areia.

Mesmo com minha voz baixa e estranha jake a escutou e se virou para me olhar, seus olhos demonstravam ao mesmo tempo preocupação e um estranho alivio, como se ele esperasse não ouvir minha voz nunca mais.

-Bom dia , dorminhoco !- eu disse com minha voz estranha

Jacob saltou da cama como se estivesse acabado de acordar de um pesadelo e correu ate mim. Ele me olhou de cima a baixo aparentemente ponderando se poderia me tocar.

-Não se preocupe eu não vou quebrar – eu sorri. Doeu

Ele me mostrou o sorriso mais lindo que eu já havia visto e disse :

-Aparentemente isso não parece ser uma coisa fácil de se fazer.

A auroraOnde histórias criam vida. Descubra agora