37 Rebecca

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Ainda não tinha tido coragem de ir no sex shop comprar as coisas que quero para realizar minha fantasia com Zeca. Ser mais ousada com ele depois que tomou a iniciativa é mole, mas partir de mim é mais complicado e estou morrendo de vergonha de entrar em uma loja onde todos sabem que estou ali para comprar acessórios para uma boa trepada. Cheguei a desistir, mas ao comentar minha fantasia com Nicole, és que me encontro em frente a um sex shop.

Não sei o que diabos tinha na cabeça para contar isso para ela.

— Vamos logo, Rebecca, ou vou contar ao Zeca que você fraquejou diante de uma loja erótica. Vamos, mostre sua coragem ou será zoada pelo resto da vida! — Essa mulher é uma diaba.

— Não sei porque ainda te conto as coisas! — Revirei os olhos e me deixei ser arrastada para aquele antro do pecado. Oh! É cheiroso.

Senti o aroma assim que entrei, é fácil se sentir confortável. E por sorte não vi nenhum homem aqui.

— Ah, eu quero um desse! — Nick falou alto e quando eu olhei a vi com um pau de silicone na mão, olhei em volta e não era só eu que olhava.

— Nicole Bastos, se você continuar gritando eu vou ralar daqui e te deixar sozinha! — Meu rosto esquentou de vergonha e ela gargalhou alto.

— Com um negão gostoso daquele, que deve te sugar a alma e você ainda tem vergonha? Ai amiga, isso é tão bonitinho, quanto brega. Vamos arrumar uns negocinhos legais para você. — Ela dá um pulinho e aponta para um ponto da loja. — Algemas!

Ela vai até lá e eu fiquei meio catatônica, meu Deus, todo mundo sabe o que eu vou comprar, graças a Nicole.

— Eu odeio você! — Arranco as algemas da mão dela e vejo os pompons rosas.

— Você me ama! — Ela deu de ombros. — Vai levar esse rosa? — Ela riu maliciosa.

— Não! — Rolei os olhos, imaginar o Zeca com algemas rosa me faz brochar na hora. Quero as de aço mesmo. Havia uma diversidade, e achei a que queria e mostrei para a Vick.

— Pronto, agora só falta a fantasia e a cobertura! — disse animada.

— Do que você está falando, só quero isso! — Ela rolou os olhos.

— Não se preocupe, eu te ajudo! — Nick pegou uma fantasia de policial toda transparente, uma saia com cinta liga e corpete que cola ao corpo do manequim, também transparente.

— Eu não vou usar isso! — Ri sem graça. — Zeca vai ri de mim.

— Ah, ele vai rir com certeza! De prazer — Nick pisca e coloca a fantasia no meu cesto, junto ao pau de silicone dela, que li a embalagem e ele também vibra.

Sem me dirigir a palavra ela coloca um monte de pote no cesto e fico meio confusa.

— Para quê tantos? — Peguei espanatada e ela riu.

— Esse daqui é para você chupar gostoso e o pau dele vai ficar... — Tampei a boca dela quase tendo um síncope, ri de nervoso.

— Pelo amor de Deus, para, depois eu descubro. — Ela riu mais ainda e me abraçou.

— Fica tão fofinha vermelha! Olha, esse daqui é o mais legal — Nick me dá dicas de como fazer, me deixando ainda mais vermelha e descrente de que eu vá conseguir tomar a iniciativa.

Nick me receitou duas taças de vinho e disse que daria tudo certo. Então, eu fui para casa, confiante de que conseguiria fazer tudo que minha amiga, filha do próprio Lúcifer me ensinou.

Me acabei de ri, quando cheguei em casa e vi as coisas que ela comprou. Será que ela acha que vou dar o meu fiofo só porque existe um anestésico para isso? Sem chances daquele pau enorme entrar aqui.

Estava tão distraída que tomei um susto quando ouvi o portão ser aberto.

Me desesperei olhando para aquele mar de sexo em potinhos e guardei tudo na sacola e corri para o quarto para guardar, coloquei na parte mais alta e tive que subir na poltrona. Assim que ouvi a porta abrindo, fechei o guarda-roupa e me desequilibrei caindo de bunda no chão. Dei um gritinho e Zeca entrou no quarto assustado.

Eu estava rindo como uma louca e ele me olhou confuso.

— Eu cai! — Falei rindo, mas, era por causa do motivo por eu ter caído, ele acabou rindo e me ajudou a levantar.

— Está tudo bem? Você está meio estranha hoje!

— Estou bem! — Senti meu rosto esquentar e o escondi no seu peito ainda rindo. — Fiz uma janta bem gostosa para nós! — Mordi o peito dele.

— O que você está armando, Rebecca?

— Por que acha que estou aprontando? — O olhei piscando e mordi o lábio, está escrito na minha cara?

— Eu conheço você e está meio misteriosa. Mas, tudo bem! Vamos jantar, tô morrendo de fome.

— Ok, vamos lá, só vou te adiantar que hoje fiz sobremesa! Pavê de chocolate! — O puxei pela mão e o levei até a cozinha, a mesa está arrumada bonitinha, a comida nas travessas de vidro e taças de vinho. Afinal o vinho é meu desinibidor, só espero que a Nicole seja uma boa médica sexual. Nos sentamos e o servi. Agora era só esperar o vinho fazer efeito e eu tomar coragem para me vestir de policial e punir um safadinho.

 Agora era só esperar o vinho fazer efeito e eu tomar coragem para me vestir de policial e punir um safadinho

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Aos seus pés (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora