26 José Carlos

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Eu estava feliz em voltar pra casa, mas uma coisa me deixava um tanto aflito, agora que eu voltaria pro meu apartamento e Rebecca para a casa dela, eu não teria mais aquele corpinho quente e gostoso na minha cama todas as noites.

Assim que chegamos soltei Shrek no seu quintal e ele e Kim prontamente ficaram amigos.

— Olha só, o ogrinho já conquistou espaço!

— Claro, ele é seu filho, rosna, mas no fim é um Amorzinho. — Rebecca ri e me beija gostoso.

— A Kim não pode ser mãe dele, Rebecca! Daqui a alguns meses o Shrek vai entrar no cio e em quem você acha que ele vai descer a vara?

Rebecca fez cara feia.

— Minha nossa, eu não tinha pensado nisso! — Ela acaba rindo. — Mas por enquanto, deixa eles se entenderem como quiser, o bom dos animais é que eles se adaptam, não é? Quando chegar a hora, vão saber o que fazer. — Ela pega minha mão e me puxa em direção a porta. — Está com fome? Ou cansado? Eu vou arrumar minha zona e fazer comida, você pode descansar se quiser. — Becca solta minha mão para abrir a casa e entra, a acompanho.

— Por que você não faz a comida e eu arrumo a zona? Você não é boa com arrumação!

— E você vai arrumar tudo perfeitinho igual o seu apartamento? — Colocou a mão na cintura — Desse jeito não vou achar nada! — Ela ri e me abraça.

Revirei os olhos e a abracei.

— Se meu pai me visse... — Eu ri

— O que ele faria? — Becca ri.

— Você não viu o Seu Jorge? Ele não lava um prato!

— Sim, eu vi, é o jeito dele, chega a ser engraçado. Vamos começar isso logo, para podermos descansar. — Becca agarra meu pescoço e me dá um beijo, antes de se afastar e ir para a cozinha.

A faxina que era pra ser rápida, acabou se estendendo até as duas da tarde, quando me larguei no sofá! Eu estava exausto, mas a casa estava limpa!

— Rebecca, da próxima vez que você comer biscoito recheado, Doritos, Cheetos, Ruffles, balas de goma, M&M's... ou qualquer coisa que venha numa embalagem plástica... experimente se levantar do sofá e jogar o lixo na lixeira da cozinha e não atrás do próprio sofá!

— Dá preguiça — Ela ri — Eu esqueci de catar, estava ansiosa e esquecida. — Quer comer, está pronto o papa! — Ela me deu sorriso de quem se desculpa.

— Só mais uma coisa! — levantei e a abracei — Não grude mais goma de mascar debaixo da mesa! Eu tive que tirar aquilo com uma espátula. E como você pode com tanto açúcar? — Açúcar é vida! — Rebecca ri — Acho que isso é um ultimato para deixar de ser eu! Não sei se consigo, me sinto pressionada. — Rebecca faz beicinho e cruza os braços — Acho que estou proibida de ir na sua casa, não é?

— Jamais! — Ergui seu queixo e a beijei — Vou me acostumar com o seu jeito bagunceiro e você se acostuma com o meu super-organizado.

— Que não se acha nada, aposto que minhas roupas estão arrumadas por cores. — Ela riu. E montou no meu colo, alisou meu rosto e me olhou com carinho.

— Não abri o seu guarda-roupa. O que eu achei no chão coloquei no cesto de roupa suja. É pra isso que ele existe, sabia? E as que estavam limpas, dobrei e coloquei naquela poltrona velha que tem no canto do seu quarto.

— Não fale assim da minha poltrona, adoro ler nela, foi uma das primeiras coisas que comprei quando montei essa casa. Nem é tão velha assim — Becca fica pensativa. — Mas de qualquer maneira, se abrisse o guarda roupas não ia achar muita coisa lá, ta tudo por ai, menos onde devia estar. — Ela tampa o rosto rindo.

— Você é uma figura hilária, sabia?

— Até parece! Agora chega de papo, acho que sua mãe dilatou meu estômago, estou morta de fome. Nunca mais serei a mesma. — Faz drama se levantando e me puxando junto.

— O que temos pra comer?

— Lasanha e de sobremesa, eu! — Riu maliciosa.

— Hum, que delícia! — mordisquei o seu lábio e quando ela se afastou lhe dei um tapa na bunda.

— Senhor, desse jeito você me desmonta, sua mão é maior que minha bunda. — Rimos juntos e nos sentamos a mesa.

— A sua bunda é bem avantajada pra desmontar com um tapinha.

Rebecca riu e me serviu. Comemos aos risos. Assim que terminamos nos acomodamos no sofá e aproveitamos nosso último dia de folga com um bom filme.


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Aos seus pés (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora