Cigana

capítulo 3

De Repente tudo muda.
Num dia como de costume, mamãe e papai avisa que iremos viajar até nossa fazenda em Minas para passar o fim de semana, falam que vai ter uma grande festa junto aos nossos familiares e amigos que eles não viam a muito tempo e seria a minha festa que 14 anos.
A qual eles me apresentariam um novo mundo , uma nova tradição e que eu iria decidir o que seguir.
Então eles me explicaram que eram de um clã cigano, minha mãe nasceu cigana e meu pai tornou de um por direito.
Explicaram que o certo era eu ter sido criada dentro dos costumes, porém como eles eram um casal atípico eu fui criada dentro de algumas tradições , porém sem saber.
As várias fazendas de meu pai nos possibilita viajar sempre com isso me ensinando o jeito nômade de nunca parar estaguinar em um local.
O cultivo as plantas , Hortifruti, cuidar de animais , desde nova aprender ao manejo de cozinha também.
Porém eu tinha algumas coisas diferentes como estar no meio gadjo , a educação, na minha idade a maioria das meninas já haviam parado de estudar a muito tempo, salvo pouquíssima exceções e eu era uma delas. Conversa tanto com menino como menina e manter a amizade era muito raro, meninas ciganas não possuem permissão para sair do acampamento sem ser acompanhada e ainda conversar com meninos mesmo os ciganos , somente na companhia de adultos.
Me explicaram várias outras coisas as quais fiquei de boca aberta o dom da minha mãe, adquiriu desde nova , e eu nem sabia que ela possuía um dom. E que provavelmente eu também tinha só precisava descobrir e aperfeiçoar o meu, e que meus avós eram de um acampamento entre Minas e São Paulo, acampamento permanente porém algumas vezes eles mudavam , porém era para uma região próxima.
Tudo foi uma loucura em alguns aspectos em outro nem tanto, como sempre viajei não iria estranhar a vida nômade , acho que a parte mais difícil seria a de não ter mais tantas amizades.
Meu pais me explicaram que eles adquiriram o direito em se casar e viveram uma vida fora da aldeia e ser aceito , quando papai em uma de suas viagens a trabalho ajudou o ancião da aldeia , mamãe me falou que o mesmo havia sofrido um acidente no meio da estrada , tinha sido assaltado e muito machucado é papai o encontro cuidou dele até melhorar, quando ele melhorou meu pai o levou de volta ao acampamento ele queria lhe pagar e os outros ciganos também, porém papai não aceitou o ouro , disse que não havia necessidade, então como forma de gratidão, ofereceram a mão de uma de suas ciganas, papai a princípio não quis porém eles fizeram uma proposta para ele fique conosco uma semana e se nesse período nenhuma de nossas moças lhe interessar, você está livre.
Papai aceito com a convicção de que não iria se apaixonar por nenhuma e ao fim da semana iria seguir seu rumo.
Porém papai não só se apaixonou por mamãe , mas também pelo estilo cigano de viver.
Papai e mamãe se casaram ao fim do mês e o mesmo tinha que volta às suas obrigações.
Apesar dele amar a vida cigana mamãe ama o que faz , cuidar da flora e fauna é sua vida e cada vez que alguma de suas pesquisas lhe rende frutos como uma pesquisa bem sucedida de onde se tira princípio para uma nova vacina ou ajuda a reflorestar um local ao qual não havia mais jeito, o brilho de seu olhar e fascinante.

Com isso eles viviam o melhor dos dois mundos.
Quando eu nasci ficou decidido que ao completar cartoze anos eu iria viver com meus avós até os dezesseis e assim decidir se queria ou não seguir esse mundo.

Enfim o dia chegou e eis que papai e mamãe me explicaram durante a viajem o quanto minha vida mudaria dali em diante.

Fiquei confusa , mas ao mesmo tempo fascinada com tudo o que eu ouvi.

Ao chegar em nosso sítio mamãe explicou que em meu período no acampamento eles iriam ficar ali e qualquer coisa , se em qualquer momento de dúvidas ou dificuldade era só procurar eles ali.