capítulo 4

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O primeiro ano passou bem rápido, foi um ano de aprendizagem, apesar de ficar na barraca de meus babás ( avós ), meus pais sempre se faziam presentes, me visitam e iam as festas que sempre tinha.
Olha na verdade eu estava adorando essa nova face , era tudo muito lindo, muito alegria , dança e cânticos.
Estava me dando muito bem , como sempre ajudei mamãe e a maioria das coisa que vovó me ensinou eu já sabia , mudava alguns temperos ou uma coisinha ou outra bem pouca e muitas das vezes ajudei os anciões a cuidar dos animais , por que sempre ajudei papai e com isso para mim era normal,  o que não era para eles, pois mulher não fazia serviços de homem é cuidar dos animais era, porém como eu sabia cuidar muito bem , teve uma vez que uma égua muito valiosa foi dar cria e o bezerro estava meio que preso, eles tentaram de tudo é nada ela já estava muito cansada , já estavam dando por perdido tanto um quanto o outro, eu já havia ajudado em alguns partos complicado e me ofereci e apesar dos protesto vovô saiu em minha defesa , falou que o bicho já estava praticamente morto e que se conseguisse salvar pelo mesmo um já era lucro.
Com isso passei a participar mais da cuida de animais, afinal consegui salvar os dois , lembrei de tudo o que mamãe fez e segui o mesmo padrão, no final depois de 4 horas deu tudo certo.
Eu amei , porque sempre gostei de ajudar a cuidar dos animais.

Com o passar do tempo já estava  integrada a comunidade, somente algumas meninas da minha idade não falavam muito comigo, a criação delas foi diferente , foram preparadas voará se casar, com isso a maioria dos nossos papos não se batia. Porém eu entendia que nossos mundos foram um pouco diferente e se cruzaram de alguma maneira.

Quando estava para completar 16 anos , um acampamento do Sul do Brasil pediu para passar alguns dias em nosso terreno eles estavam de passagem e queria repousar, abastecer para continuar a viagem.

Lógico que foi aceito e então iniciou-se uma grande preparação para ajudar e afinal de contas uma grande oportunidade para assim casar algumas moças e rapazes, tudo tava tão lindo e finalmente chegou o grande dia.
Foram recebidos com muita festa e carinho, nessa oportunidade mamãe e papai vieram.

Me trouxeram um vestido lindo e vovó se viu na oportunidade de mostrar meus dons dançarino, sempre gostamos de dança e eu não tinha vergonha quanto isso, numa certa altura da noite , vovó pediu que vovô me chamasse , para eu dançar junto as solteiras, vi tudo aquilo como algo normal e fui.

Ao chegar vovô me apresentou, essa é Jasmim , minha flor que foi colhida e voltou ao seu seio , e hoje nos alegra com sua presença.

Entrei no círculo e ao tocar da música, dancei, como se minha própria alma estivesse ali naquele fogo, era como se não houvesse mais ninguém, somente eu , a música é a fogueira.

Ao final da dança todos aplaudiram e davam os parabéns aos meus avós.

Resolvi dar uma volta pelo acampamento e foi nesse momento que eu vi um burburinho perto de alguns cavalos , cheguei mais perto e o vi , lindo , um cigano com a pele morena dos olhos azuis , um azul intenso e profundo a qual qualquer um quer se perde, ele deveria ser um 3 anos mais velho que eu pensei , mas não muito, estava junto com outros de sua e idade e alguns mais novos de nosso acampamento, ele estava triste perto de um animal que se mantinha deitado , estranhei cavalos não costumam ficar assim a não ser se estão doentes, resolvi me aproximar, ao chegar perguntei a Iago filho de uma cigana de meu acampamento, o mesmo falou que o animal estava doente e teria que ser sacrificado.
Pedi para olhar, a princípio alguns ficaram espantados até mesmo por eu está conversando com meninos sem a presença dos mais velhos, Iago explicou que eu era a espécie de uma curandeira de animais do acampamento e que podia deixar olhar, com isso o moreno deixou , porém ficou perto o tempo todo , perguntei o nome do animal ele disse Nara , me espantei , geralmente eles preferiam a garanhões é não a égua.
Quando cheguei perto me apresentei a ele , animais gostam quando conservamos com eles e nos apresentamos sem sentem mais confiantes e ficam mais dóceis.

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