Capítulo 6

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Me levanto pego as ervas enquanto ele só me observa.

Igor queria te pedir algo, por favor não conta para ninguém o que houve aqui,não quero que se preocupem sem necessidade, e se ficarem sabendo não poderei mais sair do acampamento sozinha.

Jasmine você tem alma de passarinho né, se presa fica triste, perde o brilho e se abate, porém tenho que relatar , até porque é necessário um reforço por esses lados , até porque aqui tem muita erva portanto comum que outras venha aqui e se acontecer algo.

Não precisa falar tudo , por favor , diga que você um homem pelo caminho e que ainda bem que veio me buscar , assim todos ficarão alerta , pensa vovó jamais vai se perdoa , ela vai conviver como com isso, pensando que algo podia acontecer comigo por sua culpa, por favor Igor.
E também imagina se todos ficarem sabendo que você me viu nua , na cultura que fui criada, seria visto como um acidente, mas na cultura cigana não, você vai embora , mas é eu como vou ficar se resolver ficar cigana , ninguém vai me querer, começo a fala , e falar sem parar.

Ele vem se aproximando e sem ao mesmo dizer nada me abraça e me beija.
Um beijo terno e doce.

Meu papai esse homem acaba comigo.

Então ele para e fala no meu ouvido, se ninguém te quiser eu quero, te roubo no meu cavalo e te levo embora.

Se vira e me beija novamente.

Me entrego em seus beijos e não penso em mais nada.
Nosso beijo e doce e quente, calmo e suave , como um toque aveludado.

Ao parar ele pega meu rosto em suas mãos, olha nos meu olhos , e fala

Quem diria você falando em casar, vira cigana, nunca pensei, todos diziam que você criada como cajho alma livre, com leitura, jamais imaginei, mas saiba que gosto muito do que ouvi.

Tudo bem vamos fazer assim não irei contar tudo , porém irei alerta o acampamento.
Me ajuda a subir no cavalo e seguimos viagem.

Ao chegar alguns veem ao nosso encontro, quando ele vai me descer chega no meu ouvido e fala , não se preocupa se ninguém te quiser eu te quero lembre se sempre disto e se afasta.

Vou ao encontro de vovó e deixo ele conversando com os demais e explicando o que houve , não exatamente da maneira que aconteceu.

Algo mexeu comigo, estou abalada é sentida , vou o minha barraca e me deito, vovó vem ao meu encontro e pergunta se estou bem, digo que sim é só uma dor de cabeça.

Ela prepara um já de ervas e me entrega

Tome Jas , e depois descanse um pouco.

Obedeço e apago.

Os dias que se seguiram os ciganos do acampamento resolveram reforça as cercas e avisar a todos que não era para ir para o lado da pedra só, sempre acompanhado e deixo alguns dos ciganos mais novos encarregado de acompanhar a todas as moças e senhoras que necessita buscar erva, eu por minha vez preferi evitar sair , faIa meus havazeres por ali mesmo na vista de todos é quando terminava Lia um livro.

Vovó vendo minha situação pergunta se está tudo bem e o que acontece que estou parecendo pássaro em gaiola, digo que nada que estou bem mas ela não engole muito isso não. Porém não intervem me deixa .

Passado mais alguns dias vejo o alvoroço no acampamento e resolvo perguntar a vovó o porquê.

Babá o que está havendo?, vejo o acampamento mais tumultuado do que nós últimos dias.

É porque a caravana de Igor veio buscar lhe e sua égua para que não vá embora só.

Ué mas eles não iam alugar um caminhãozinho para levar ela e ele?

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