Capítulo 5

297 15 4
                                    

Após um belo café, sinto que é horas de irmos.

Mamãe fala que o cão terá que ficar espira mais cuidados e lá fica mais fácil a ela do que ter que se locomover para o acampamento e acompanhar.

Não discutimos.

Ela avisa que também já ligou no acampamento e contou o que houve, para que nós houvesse preocupação da parte de ninguém, informou também que avisou que só iríamos após o tempo melhorar, pois não desejava que ficassemos doente.

Igor a princípio não concorda, porém após muita explicação e insistência de meus pais ele aceitou, ficar somente até a chuva passar.

Mamãe pediu para que eu mostrasse a casa já que a propriedade com a chuva não teria como, porém deixou o convite de que ele voltasse quando quisesse.

Mostrei para o mesmo da maneira que deu e após voltarmos a sala, mamãe chamou para que se juntassemos a ela e ao papai que assistiam um filme é comiam algumas guloseimas.

Aceitamos e sentamos no sofá vago de dois lugares.

Não que eu não tenha gostado ( risos )

Após um tempo adormeci, para dizer a verdade adormecemos, acordei me ajeitando em seus braços e com isso o acordei também, percebi que papai e mamãe havia nos deixado assistindo e saído da sala e com isso adormecemos, acordo em seu peito e levanto a cabeça para me ajeitar, com isso ele abre o olho e nossos olhares se encontraram pela primeira vez, olhamos realmente um para o outro, seu olhar profundo e doce.

Como a doce magia de um encontro se beijamos , como se houvesse um ímã que nos puxasse um para o outro.

Lábios doces e macios como de um anjo, um lindo anjo Negro dos olhos verdes.

Quando nos damos conta do que está acontecendo, automaticamente se afastamos um do outro.

Fico sem graça, e ele ao perceber me pede desculpas.
Digo que não é necessário afinal o que um não quer dois não briga, rimos e minha mãe entra interrompendo nosso momento.

Bom bom bom tô vendo que acordaram né.
Olha crianças nosso hóspede está medicado , dormindo e passa muito bem.

Caso vcs queiram dar uma olhadinha nele fiquem a vontade.

Logo depois voltamos ao acampamento, algo estava diferente porém ninguém se pronunciou.

Ao chegar agredici e fui a minha barraca, e ele foi ao sua.

Vi um pequeno falatório na barraca de vovó todos queriam saber exatamente o que houve.

Contei o ocorrido e voltamos a rotina.

Depois de mais alguns dias Nara a égua estava sarada e pronta para seguir em frente, mas meu coração já não podia dizer o mesmo, não queria deixo lo partir e não sabia como progredir.
No mundo cigano não somos nós que escolhemos quem queremos mas sim os mais velhos e até agora eu não havia parado para pensar muito nisto.

Sinceramente antes eu queria somente viver a aventura do mundo cigano e depois voltar a minha velha rotina porém agora já não tenho certeza.

Depois daquela tempestade muita coisa mudou dentro de mim.

Um dia estava nos meus afazeres e após terminar tudo vovó pediu para que eu procurasse uma erva para ela , pois uma certa cigana estava para dar a luz e ela queria está preparada é essa erva ajuda no parto, falei que buscava sim.

O dia tava ensolarado e lindo , ela falou : Você terá que ir na ponta do lago ao lado da rocha maior procure nos Matos por ali que vai achar, sei que é longe e eu até iria , mas não quero me ausentar , pois se ela entra em trabalho de parto quero estar aqui é uma caminhada vai fazer bem a sua alma inquieta.

Cigana Onde histórias criam vida. Descubra agora