Prólogo

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POVs Lauren

São quase seis horas da manhã, meu celular desperta estrondosamente fazendo a minha cabeça doer depois de mais uma noitada, mas não posso me defender disso, aos meus 24 anos preciso controlar uma das maiores empresas que orgulhosamente carrega o nome da minha família e também preciso viver a minha vida, na alegria ou na tristeza acabo levando a bebida comigo, mas não me considero viciada, assim como aprecio mulheres eu aprecio a bebida.

Levanto-me da cama após o meu momento de despertar, caminho devagar pelo meu carpete branco e totalmente limpo, talvez eu seja um um tanto paranóica demais, mas o meu carpete está sempre impecável, assim como tudo em minha volta. Sigo até o banheiro de meu quarto, acendo a luz podendo assim vislumbrar a vista do nascer do sol, felizmente as pessoas do lado de fora veem um espelho, já eu posso ver tudo o que há lá fora, confesso que no começo os meus banhos na jacuzzi foram assustadores, o tempo inteiro eu tinha medo de alguém me observar nua, bom, isso passou com o tempo.

Escovei meus dentes, tomei um banho rápido, peguei no cabide já separado o meu vestido preto e saltos da mesma cor, não sou o tipo de mulher que esbanja da maquiagem, portanto passei apenas o básico junto de um batom nude, por mais que eu ainda prefira camiseta e cara limpa, no meu trabalho preciso sempre ser intimidadora, ou jamais conseguiria tantas ações.

...

Depois de me arrumar fiz rapidamente uma vitamina com mamão e outras frutas doces, se fosse em um sábado de manhã eu adoraria comer panquecas, mas estou apenas na segunda-feira, ainda tenho uma semana inteira de trabalho dobrado antes do pouco tempo de folga.

Após tomar a vitamina finalmente peguei o meu celular e mandei uma mensagem rápida ao meu motorista, apesar de preferir dirigir eles ainda acreditam que é melhor um motorista para me levar até a empresa, bom, eu não ligo muito, assim posso passar mais tempo nas redes sociais, confesso ficar um tanto admirada com o número de pessoas que me conhecem, quer dizer, eu não sou uma atriz que ganhou Oscar ou então uma cantora de sucesso, sou uma empresária, mas ainda apareço em centenas de revistas e sites todas as semanas, as pessoas se preocupam até mesmo com o que eu ando comendo, quem ando beijando, para onde ando indo.

Fui para a porta da frente, aqui no condomínio há pelo menos cinquenta seguranças ativos durante dia e noite, o que me deixa mais segura com certeza. Meu motorista, Stephen, já está me esperando na porta, sempre dedicado e pontual, além de um ótimo funcionário ainda é um amigo. Logo entrei no banco de trás do carro e fechei a porta, ele me olhou com o seu sorriso de canto de sempre.

- Bom dia. -Stephen me disse. - Como foi a noite?
- Pouco movimentada, dessa vez. -Afirmei. - E a sua? Espero que tenha chegado a tempo de jantar com sua esposa.
- Sempre chego. -Ele respondeu e deu uma risada baixa.

Stephen passou a prestar a atenção na estrada movimentada e eu a mexer em meu celular, o bom de te-lo como motorista é que muitas vezes posso usá-lo também como segurança, afinal de contas ele é grande como um soldado do exército e ainda tem a minha permissão para portar uma arma, confio mais nele do que em dez seguranças ao meu redor.

Não demorou até chegarmos na empresa, quinze minutos assim como todos os dias, são vinte quando o trânsito é insuportável, digamos que Stephen desrespeita algumas leis de trânsito quando pode. Desci do carro e avisei a ele que está liberado até o horário que vou embora, assim ele pode passar o dia com sua recém esposa, lembro do seu casamento como se fosse ontem, apesar de eu adorar eventos desse tipo, jamais pensei em me casar, talvez não seja algo que combine comigo. Assim que coloquei os meus pés na empresa os olhares foram dirigidos para mim, tanto dos velhos funcionários quanto dos novos que ainda não me lembro ao certo o nome. Rapidamente caminhei até o elevador e entrei, apertando o botão do último andar aonde fica localizada a minha sala, a melhor parte de ser a dona de uma empresa é poder ter uma vista perfeita do topo do prédio de toda a cidade, me orgulho muito do meu arranha-céu de New York. Ao chegar no último andar eu sai do elevador e fui a caminho da minha sala, há duas mulheres esperando para serem atendidas, uma delas repórter, espero que não seja mais uma daquelas entrevistas embaraçosas aonde querem saber mais do meu dinheiro do que do meu trabalho. Assim que entrei na minha sala me sentei em minha cadeira enorme de couro na cor branca, abri o notebook e cliquei para ver alguns e-mails, tenho trabalho chato por hoje.

Not About Good Girls (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora