O destino fez questão de separar a amizade de Felipe e Anna, e não contente só com isso as "amizades" de Túlio também se foram. O seu grupo o tinha abandonado e as máscaras caíram, apenas serviu para mostrar o quanto qualquer um é substituível. Até sua presença na barraca do beijo foi levada.
Anna vê todo dia ao entrar na sala de aula a cadeira vazia perto da sua, ninguém senta-se ali há algum tempo, seu melhor amigo, ou somente ex-amigo, continua naquela carteira ao fundo da sala, de cabeça baixa apenas esperando a aula começar para direcionar sua cabeça em direção ao professor e ninguém mais. E, embora sua presença física esteja lá, a sua mente viaja em pensamentos e conflitos que nem o dono deles consegue resolver, mas ele precisa disso: resolver as coisas.
Então Anna vê pela primeira vez em quase duas semanas ele levantando-se da cadeira chegando perto dela, "a gente precisa conversar" é a única coisa que ele diz antes de sair da sala. A garota o acompanha até o corredor e ele começa a falar.
— Qual é o meu problema?
A menina apenas ri, não de uma forma engraçada e sim de uma forma preocupada: — Você não tem nenhum problema. Você é completamente normal.
— Ah, então é isso, eu nunca poderia ser nada além de seu amigo só por ser... — ele para por um momento — normal demais?
— De onde você tira essa coisas? — A menina gesticula incrédula com as coisas que ele está falando.
— Eu escrevo uma carta para você e você é capaz de achar que o Túlio tinha mandado ela para você!
— Você que me disse uma vez que nunca namoraria comigo, lembra? Foi quando eu fui na sua casa e sua mãe tinha dito algo sobre isso.
— Eu estava tentando disfarçar, me diz quem que fala para a melhor amiga que gosta dela?
Um momento de silêncio surge, ambos viram o rosto ao verem uma sombra perto deles, Túlio havia chegado.
— Vocês estavam, falando de mim? — Pergunta Túlio.
— Sim e não! — Responde Anna.
— O que é que você tá fazendo aqui, ein? — Pergunta Felipe de uma forma cansada.
— Tomando uma atitude, algo que pelo visto você demora para fazer, né? — Fala Túlio
— E quando isso passou a ser sobre você? — Diz Felipe.
— No dia que você não ligou para uma menina que vai no banheiro masculino te procurar. — Responde Túlio.
No mesmo instante Felipe parte para cima de Túlio dando um soco no canto do resto, empurrando em direção do chão. Os dois caem e Anna começa a gritar, algumas pessoas da sala saem e ficam amontoadas em volta de onde os garotos estavam batendo um no outro.
Os professores também saem de suas salas, mas ninguém faz nada, apenas fica a gritaria de algumas garotas de outras salas torcendo por Túlio de garotos que torcem para o "azarão" da vez que é Felipe.
Anna pula no meio dos dois no chão e começa a separá-los, mas na primeira tentativa isso não dá certo, enquanto ela ia segurar a mão de Túlio, Felipe que ia acertá-lo dá um soco sem querer em Anna, o outro também não prestando muita atenção da uma mordida no braço que achou ser do rival Felipe, mas era de Anna. O diretor aparece com dois zeladores puxando os meninos pelas cabeças e uma das professoras ajuda Anna a se levantar, mas ela levanta-se sozinha, mesmo mordida e com uma marca perto do olho.
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"Do seu autor favorito "
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NÃO SOU INVISÍVEL • 1
Teen FictionNÃO SOU INVISÍVEL gira em torno de Anna, Felipe e Túlio três jovens adolescentes que têm seus destinos entrelaçados apenas por uma carta de Correio Elegante da escola. O motivo de cada um se difere até conseguirem resolver os problemas no arraial da...