Olá Wattpad, tudo bem com vocês?!
É, eu sei, tem muita gente triste, chateada por ter visto o Brasil perder hoje pra Bélgica e dar tchau pra copa da Rússia... Mas é isso, vida que segue...
E por isso vamo de capítulo, pra dar uma animada nas coisas kkkkk
Espero que gostem, boa leitura 😘
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Meu nome é Mari, tenho 23 anos, sou um pouco diferente das outras garotas, não tenho frescura quando quero alguma coisa, simplesmente vou lá e faço. E isso assusta um pouco os garotos, por isso tenho poucas amigas também, elas me acham vulgar. Mas não tem nada disso, eu simplesmente corro atrás do que eu quero, não sei o que é vulgar nisso. Também por esse motivo, os únicos amigos que tenho mais próximo são meninos, porque eles não me julgaram, mas sim gostaram da minha maneira de ser.
Caio tem 21, é o mais agitado da turma, quer sempre fazer uma festa, algo pra engajar, expressão que ele sempre usa. Pegador de primeira, estilo capa da capricho, todateen e essas coisas, mas é um menino de ouro, que sempre me dá bons conselhos. Mário é o mais sério, mesmo tendo só 18 anos e por mais que entre nas brincadeiras é o primeiro a dizer que devemos diminuir o ritmo e tal. Ele faz mais o estilo que só entra num relacionamento se for sério, sabe, gostar mesmo. Lucas também tem 23 anos e é o típico garoto colírio, sabe, aquela coisa de posar pra fotos, usar filtros legais, ter seguidores no Instagram e tal, todos eles são na verdade, mas com Lucas é diferente, ele atrai olhares diferentes, as garotas se interessam por ele e não pela fama do seu perfil no Instagram.
Combinamos de ir pra casa do Caio nesse final de semana pra reunir a galera e curtir, já que não tem nada de legal acontecendo. Todos costumam beber, mas nunca passamos do limite, por isso essa situação é totalmente nova. Sentamos no chão da sala e ficamos conversando, agora somente eu, Lucas, Caio e Mário, as meninas que eles convidaram não gostaram muito da ideia deles bêbados, provavelmente medo de ter que cuidar de três marmanjos. Sobrou pra mim.
— Lucas, cara, você está muito bêbado!
— Para com isso Caio, eu só bebi três tequilas.
— Não, quem bebeu três fui eu, vocês três beberam o resto da garrafa.
— Droga Mari, você foi a única menina que ficou com a gente.
— Alguém tem que cuidar de vocês né.
— Não exagera, eu nem estou tão ruim.
— Você não Mário, mas o Lucas. – comento e todos nós rimos, inclusive Lucas.
— Aí, vou colocar uma música pra engajar. – Caio levanta indo até o som.
— Caio, de onde você tirou essa palavra?!
— Não pergunte, com certeza é loucura.
— Com certeza.
— Essa é boa hein, pra animar. – Caio volta pra perto de nós enquanto "Her me now" começa a tocar.
— Não precisa nem sentar, música boa merece ser dançada, ainda mais Alok. – falo enquanto ele me ajuda a levantar.
— Não vou dançar, não sei. – Lucas ri sem conseguir levantar sozinho.
— Até parece, você é um dos melhores aqui, tirando a Mari, é claro. – Mário puxa ele pela mão e então estamos todos nos mexendo no ritmo da música.
Cantamos e dançamos mais quatro músicas e realmente Mário e Caio não tem coordenação motora nenhuma, mas é divertido os ver tentando. Lucas por outro lado, apesar de bêbado, dança um pouco melhor, não é um pé de valsa, mas engana bem.
— Caio, tem Despacito?! – pergunto animada.
— Pra já. – sai em direção ao som e logo a música começa.
— Essa não é pra mim. – Mário se joga no sofá e pega o celular.
— Eu amoooo essa música. – me empolgo e começo a dançar.
— Acho que vou pegar uma água. – Caio vai pra cozinha.
— Não sei dançar essa.
— Também não Lucas, é só deixar o corpo se mexer com o que a música te fizer sentir.
— Então tá. – fala e começa a me copiar enquanto dou risada.
Fecho os olhos e sinto a música entrar nos meus ouvidos, deixo-a fazer como sempre, me comandar. Sinto Lucas puxar meu braço e tentar fazer um passo de dança, então decido ensinar alguns movimentos. Ele consegue dois passos e é o suficiente pra me fazer rir, porque sai dando pirueta pela sala e acaba caindo no sofá.
— Droga.
— Acho melhor não tentar quando estiver bêbado.
— Não estou bêbado, só fiquei tonto.
— A tequila te deixou tonto Lucas. – Mário se diverte.
— Que saco, não estou bêbado! – falou emburrado.
— Não, então tá. Duvido que se a Mari te beijar você se lembre de alguma coisa amanhã. – Caio fala e me olha divertido, ele sabe que não sou de recuar quando sou desafiada.
— A Mari não ia ter porque fazer isso. – Lucas fala sem graça e me olha.
— Não tem coragem Mari? – Caio fala em tom de deboche, ele sabe que vou fazer isso.
— Droga Caio. – Mário fala e olha de mim pra Lucas.
— Não estou obrigando ninguém cara, é só uma brincadeira.
Caminho devagar até onde Lucas está, sento no braço do sofá e ele me encara como se eu fosse devorá-lo.
— Você sabe como funciona, então só relaxa tá. – pisco pra ele
— Não precisa fazer isso.
— Você não quer? – o desafio e um sorriso travesso surge em seu rosto.
É o sinal que preciso pra beijá-lo, afundando as mãos em seu cabelo enquanto ele repete o gesto e me puxa para o seu colo. O beijo se torna mais intenso e ouço nossos amigos rindo e falando coisas pra nós dois, mas estamos tão conectados um no outro que não é o suficiente pra nos separarmos.
— Já deu! – Caio bate no meu braço.
— Não era um beijo que você queria? – pergunto saindo do colo de Lucas que está muito quieto.
— Beijo, não sexo explícito, essa imagem vai demorar pra sair da minha cabeça. – Mário me encara espantado.
— Vocês são muito bobos. – pego o copo da mão do Caio e bebo.
— Acho que é melhor parar por aqui hoje. – Mário levanta.
— Também acho. – Lucas faz o mesmo.
— Beleza, dividimos o Uber? – pergunto.
— Pode ser. – Mário fala enquanto pega o celular pra usar o aplicativo.
Enquanto esperamos o carro chegar, ajudamos Caio arrumar a bagunça da casa dele e nos despedimos em seguida, pegando o elevador para ir pra casa depois de mais uma festa que vai até a madrugada na casa dele. Não sei como o síndico ainda não nos expulsou.
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Amizade Colorida
Short StoryEles eram amigos e um beijo dado através de um desafio fez o desejo surgir. "Era uma amizade colorida, o problema é que eram ambos daltônicos e apaixonaram-se."