LUCAS
Depois da festa na casa do Caio, estava complicado conversar com eles sem ter que escutar um comentário ou uma brincadeira sobre o bendito beijo que a Mari me deu, e mesmo que eu tenha correspondido, foi estranho.
Nós sempre fomos amigos e não sou hipócrita em dizer que nunca notei que ela era uma garota bonita, muito antes de outros garotos perceberem, eu já havia notado que ela seria uma mulher de parar o transito. O que a diferencia das outras e a faz diferente para mim é a amizade que temos, ela é como o Caio e o Mário pra mim e pra eles também, inclusive esse foi o motivo do assunto entre nós três ter surgido pra começo de conversa.
-x-
Três semanas atrás...- Juro que não te entendo Mário, a mulher estava na sua, porque você dispensou.
- Para com isso, não dispensei ninguém, só não quero me amarrar agora e a mulher queria coisa seria, mal ficamos e ela já vem falar de filho, família.
- Caramba!
- Viu, até o Lucas concorda comigo.
- Nesse caso, tenho que concordar, foge que é cilada!
- Agora, que ela era um mulherão isso era.
- Mulherão tem aos montes por ai, relaxa.
- Você tem noção do quanto isso soa como um cafajeste?
- Você falou igualzinho a Mari agora. - Mário me olhou e riu.
- Foi mesmo.
- Acho que é por saber que seria exatamente o que ela diria.
- Falando em Mari, vocês notaram que ela não está mais ficando com aquele idiota do Felipe já tem um tempo?
- Ela fez bem, aquele Felipe tinha cara de ser um pé no saco.
- Olha só, Lucas Oliveira com ciúmes?!
- Vai se ferrar Caio!
- Qual foi Lucas, ela entra pra lista de mulherão, qual o problema se você tiver a fim dela?
- A Mari é da nossa turma, tira ela dessa lista.
- Pra mim ela é da turma também, mas que ela é um mulherão de parar o trânsito, isso é.
- Concordo.
- Você não acha Lucas?
- Porque você está pegando tanto no meu pé hoje Caio?
- Ei! Relaxa, só fiz uma pergunta. - me olha divertido.
- Tá, ela é um mulherão, mas continua sendo da turma, então assunto encerrado.
- Pronto, assumiu, doeu?
- Vai à merda! - bati no braço dele.
-x-
No dia da festa, o combinado era beber, curtir e ficar com algumas meninas, por isso o Caio fez questão de convidar toda a lista de contatos dele, algumas que o Mário sugeriu e outras que eu convidei, mais mulher do que homem, porque assim ficava mais fácil, a Mari sempre participava e chamou alguns amigos também, então seria justo pra todo mundo.
O problema é que a maioria das meninas conhecia as nossas festas e foram embora antes da ação de verdade começar, com isso nos restou beber e curtir o que ainda dava, já que sairíamos no zero dessa festa. Pelo menos era o que todo mundo pensava, até o Caio desafiar a Mari. O que nunca foi uma boa ideia, já que a Mari é uma pessoa que não rejeita desafios, odeia que duvidem dela e não tem medo de arriscar, mesmo que seja pra perder.
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Amizade Colorida
Short StoryEles eram amigos e um beijo dado através de um desafio fez o desejo surgir. "Era uma amizade colorida, o problema é que eram ambos daltônicos e apaixonaram-se."