Drunk in Love

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Michael estava jogado de qualquer jeito no chão, meio sentado, meio deitado em meio há algumas almofadas, não totalmente no chão já que tinha um enorme carpete por todo o quarto. Calum também estava lá, mas diferente do ômega, o alfa de pele morena estava na cama do colorido lendo um Hq, era uma cena normal entre eles.

Demorou quase três minutos para que Ashton fosse notado no quarto, já que havia se jogado em um dos pufes perto da porta, estava pensativo. Estava puto com Luke e ainda fazia tudo que o alfa pedia, deuses, por que ele tinha que estar apaixonado? E por que estar apaixonado deixava as pessoas tão estupidas a ponto de fazerem coisas sabendo que iriam se machucar?

– O que o Hemmings queria com você? – Foi Calum quem perguntou fingindo ainda ler o Hq.

– Ele ficou assustado com meu rosto machucado. – Michael nesse momento pausou o jogo e começou a rir, ele não conseguia se lembrar do tombo do amigo sem cair na risada. – muito amigo você, Mike, obrigado. – Ashton revirou os olhos e usou um tom sínico. – Em fim, ele viu a foto do ultrassom da Morgana, e achou que eu estava gravido, que Ren era meu alfa e estávamos em um relacionamento abusivo. Foi realmente engraçado, mas eu fiquei com um pouco de pena porque ele realmente estava preocupado.

– Meu futuro alfa é um doce, vejam só. Todo preocupado com meu melhor amigo. – Michael se levantou do chão e pulou em cima do outro ômega enquanto Calum observava os dois com as sobrancelhas arqueadas.

– Achei que ainda estivesse pensando sobre sair ou não com ele. – Calum perguntou claramente ferido. Ele sabia que Michael tinha direito de gostar de outra pessoa, apenas doía ainda pensar que ele nunca seria seu.

– Ele é Luke fucking Hemmings, eu estou apenas me fazendo de difícil para deixa-lo louquinho por mim. Nós vamos ter muitos filhotes loiros de olhos azuis esverdeados correndo por aí logo. – Mike dizia sonhador.

– é, muitos filhotes. – Ash e Calum murmuraram juntos.

***

Ashton havia saído para ir livraria antes que fosse pra casa de Lucas, pois precisava de alguns livros para a classe de literatura. Quando chegou na casa de Mike e viu a mãe do colorido conversando no telefone, ela parecia séria enquanto escutava quem quer que fosse do outro lado da linha, a ômega sorriu ao ver Ashton e acenou para que ele fosse até ela. Quando Irwin se aproximou a loira afastou o telefone da orelha e cochichou baixinho um "é o seu pai" e Ashton entendeu que ele deveria atender a chamada por mais que não quisesse falar com o alfa.

– Ashton acabou de chegar, passarei o telefone pra ele. Boa noite, Daniel.

– Oi pai. – Ashton tentou soar firme.

– Você acha que tenho tempo de sobra pra falar com você? Quando eu ligar para casa dos Clifford após suas aulas é bom que esteja em casa e não por ai vadiando com algum alfa como a vadia que você é. – Ashton se manteu calado e engoliu a seco. Não era anormal seu pai dizer coisas assim, ele simplesmente odiava ômegas machos. Desprezava todos eles e diziam que não passavam de "putas". Ashton não entendia o porquê, mas ele passava menos tempo possível com seu pai para se poupar daquele tipo de relacionamento abusivo.

– o que o senhor quer? – Ashton tentava manter a voz firme e não demonstrar o quanto as palavras do homem o machucavam.

– O dinheiro desse mês está depositado, seu cio está chegando e não quero minha casa fedendo a ômega porque irei pra casa pouco tempo depois. Então dê seu jeito. – e o homem simplesmente desligou em sua cara. Ótimo, o que ele faria com seu cio agora? Ainda tinha quase um mês até que chegasse mas ainda assim era uma situação complicada para se resolver. Não poderia passar na casa dos Clifford e atrapalhar a rotina da família que lhe acolhera tão bem.

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