Ela tinha pavor de borboletas. O simples fato de olhar para uma já causava-lhe pânico, mesmo que fosse por meio de uma fotografia. Ela podia ter medo por imagina-las como lagartas voando ou talvez porque foi tocada por uma em sua infância. Mas o motivo real vai muito além disso. Ela temia as borboletas, pois, um dia sentiu-as a voar dentro de si, e, logo após, uma faca penetrou seu peito e ela sangrou, sangrou pelos olhos, pela pele e pela alma. A motifobia dela é apenas o medo de amar, porque ela sabe que sempre que as borboletas se aproximarem, ela sentirá o amor, sangrará e assim morrerá e seu corpo sem vida irá vagar até apodrecer e cair.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Devaneios de uma mente Conturbada
PoesíaAqui, caro leitor, você poderá conhecer um pouco de mim. Alguns poemas, ideias e contos meus serão aqui apresentados. Espero que sintam se acolhidos na catástrofe que é minha mente. Capa feita por: NicoOLevitador