Capítulo 2: Julgamento e Pedido de Ajuda

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*quebra de tempo*

P.O.V. por Isabella

Ótimo, tento salvar uma vida e acabo em uma masmorra de um palácio. Não que eu nunca estive em uma, mas masmorras são masmorras.
O lugar é escuro e úmido, com cheiro de sangue seco. Roberta e Gideon estão ao meu lado, dormindo, mas são acordados quando um barulho de chaves girando ecoa pelo corredor a frente da cela.
Ouço passos, duas pessoas, homens. Quando estou prestes a me levantar, dois guardas aparecem, não muito felizes de estarem aqui, e nos tiram daquele lugar.
Passamos por portas, corredores e mais portas, até chegarmos em um salão com teto de vidro, colunas e piso de mármore, ao fundo, quatro tronos de ouro, ocupados pelos supostos reis.
"A sala dos tronos" pensei
A garota no qual salvamos e um jovem moreno, aparentavam estarem preocupados, uma moça um pouco mais velha que eles tinham uma expressão séria, porém um pequeno sorriso e ao lado um homem loiro de olhos tão azuis quanto o céu e o semblante desafiador.
Olho ao redor, tem apenas alguns guardas aqui e os reis não possuem nenhuma arma à vista, mas as nossas estavam ao lado dos tronos. Meus marujos estão na plateia, nos observando preocupados.
— Majestades, — começa um Minotauro, — esses ladrões que tentaram roubar a Rainha Lúcia. Eles serão julgados perante vós.
Assim que ele termina de falar, bato o salto da minha bota no chão três vezes, e um assobio longo é escutado ao longo do salão, todos, exceto os piratas, ficam confusos.
Ouço espadas saindo das bainhas e sinto as algemas que prendiam minhas mãos serem abertas assim como as das mãos de Roberta e Gideon. Corro em direção aos quatro tronos e lá encontro minhas armas, os reis estão no meio do salão, lutando contra Alexandra, Neal e Miguel
Levo as armas e sem demora assobio alto, indicando que nossa missão acabou, saio correndo acompanhada de Melody e Roberta, e como a praia não era muito longe, chegamos aos rochedos onde botes nos aguardavam.
Entramos nos botes e sem demora remamos em direção ao navio.
—Acho que os despistamos— disse Gideon— te devo uma Alex.
—Eu também—dissemos eu e Roberta em coro.
—Olha que ou vou cobrar depois— A loira respondeu.

*QUEBRA DE TEMPO*

Estou na minha cabine, lendo um livro de feitiços, quando ouço gritos e ferros se chocando. Pego minha arma e minha espada e saio da cabine observando o navio. Os supostos reis estão aqui e guardas são acompanhados deles. Porém antes que se deem conta, todos eles são amarrados no mastro principal. Pulo da sacada e vou em direção aos meus prisioneiros.


—Parece que o jogo virou não é mesmo? —pergunto divertida— o que estão fazendo aqui? E quem são vocês?

—Porque responderíamos? —respondeu loiro
—Somos os reis de Nárnia. — disse a mais nova.
—Isso já sabemos, pirralha.
—Maria! Isso são modos? —pergunto
—Desculpe capitã.

-- Capitã? – perguntou o loiro.
Revirei os olhos.
—Vou perguntar de novo. Quem são vocês e o que fazem aqui?
—Sou Lúcia, e esses são meus irmãos, Edmundo, Suzana, Pedro e Caspian. — disse ela se referindo a cada um deles. Se entregando tão fácil? Estranho. — E precisamos de sua ajuda.

Nesse mesmo instante começo a rir.

—E vocês acham que eu ajudaria vocês depois de ter nos acusados injustamente? Depois de nos terem feito prisioneiros? E depois de terem invadido meu navio?

—Por favor, estamos desesperados.

—E o que nós vamos ganhar com isso? — pergunta Gideon

—Ouro? joias? — Oferece Edmundo.

—Já temos mais do que podemos carregar. — Retruca Roberta.

—Então lhes daremos qualquer coisa que estejam ao nosso alcance. — Ofereceu Suzana, o desespero em sua voz era transparente.

Olho ao redor e estalo os dedos, sinalizando para que os soltem. E assim que é feito, digo:

—Sigam-me.

—Para onde nos levará? --Pergunta Pedro.

—Para minha cabine. Vamos tratar de negócios.

Piratas em Nárnia Onde histórias criam vida. Descubra agora