As Sombras do Passado [Em Pausa]

10ºCapitulo

Era a minha mãe, se ainda lhe posso chamar de tal. Ela estava pendurada por uma corda e quando eu me ia aproximando dela, reparei num grande buraco. Nem queria acreditar no que estava dentro dele. Grandes lâminas afiadas se situavam no burado.

- O que é que estás aqui a fazer? - disse seriamente

- O Justin mandou irem me buscar - disse ela chorando - por favor filha tira-me daqui!

Uma enorme raiva apoderou-se de mim. Mas ela pensa que é quem para me pedir ajuda? Quando eu mais precisei, o que é que ela fez, virou-me as costas. Agora pensa que eu vou ajudá-la? É que está muito enganada.

- Por favor filha, ajuda-me - disse ela suplicando

- Agora pedes-me ajuda? - disse revoltada - então e eu? Quem é que me ajudou quando eu fu violada pelo homem que eu julgava ser meu pai? Foste tu? Que eu saiba tu simplesmente viraste-me as costas e ainda por cima puseste-me na rua dizendo que a culpa era minha, agora pedes-me ajuda? Vai-te lixar! - disse virando-lhe as costas tal como ela me tinha feito 

- Peço imensas desculpas pelo que aconteceu no passado, eu arrependi-me muito depois de te ires embora - disse ela - eu mudei muito neste tempo em que estive sozinha. Consegui ver que o que eu fiz contigo foi tão errado, que nestes últimos anos tentei encontrar-te para te pedir perdão, só que não sabia onde é que moravas, por isso desisti mas nunca parei de pensar em ti - disse ela chorando ainda mais

Quando eu ia falar algo sou interrompida pela voz do Justin vinda do altifalante.

- Que linda reunião de família que temos aqui - disse sarcasticamente

- Porque é que ela está aqui e naquele estado? - disse gritando

- Calma boneca, tudo a seu tempo - disse Justin pausadamente - isto é simplesmtente uma prova!

- Uma prova? - disse confusa

- Sim uma prova - disse Justin misteriosamente - claro que não há nada que possas fazer se não aceitares - disse gargalhando

- O que é que te faz pensar que eu vou aceitar? - disse desafiadoramente

Num simpes movimento, a minha mãe começa a descer em direção às lâminas.

- Acho que isto responde à tua pregunta - disse Justin rindo sinistramente

- O que queres que eu faça? - disse grintando e isso levou à minha mãe voltar a descer - por favor pára - disse já implorando

- Ai como eu gosto de te ver assim a sofrer - disse Justin - tens que me pedir gentilmente ou dizer algo que me agrade

Não sabia o que lhe dizer. Nada me vinha à cabeça... Algo que ele fosse gostar... Tudo o que sei sobre ele é que gosta de maar, de ter sexo e de droga. Tinha que me despachar! Desta vez ele não tinha parado a corda e a minha mãe estava a ir lentamente em direção às lâminas. Faltava tão pouco para ela ser triturada. Ela não me ajudou na altura que mais precisei mas eu não sou como ela. Eu não tinha um coração frio como o dela. Eu não conseguia abandonar ninguém.

- Eu faço tudo o que tu quiseres Justin - disse já desesperada ao vê-la a entrar mais no buraco - faço tudo, mas deixa ela ir!

De repente o meu mundo parou. Sinto o meu corpo a desvanecer. Estou no chão, sentada sobre os joelhos com as mãos em cima dos mesmos. Sinto a minha cara molhada, sinal de que estava a chorar. Não conseguia acreditar no que tinha acabado de ver. Ela tinha caído no buraco. Ela tinha acabado de ser triturada. Passou tudo tão rápido que nem gritos se conseguiram pronunciar por muito tempo. Estava em estado de choque. Não queria acreditar.Olhei para mim e reparei que estava coberta de sangue. Aquilo foi a última gota de água. Comecei a chorar que nem uma criança. Gritava tanto. Estava com tanto nojo do meu corpo. Comecei a esfregar mas o sangue não saía. De repente sinto uma mão no meu ombro, o que me fez gritar de susto. Quando olho para trás deparo-me com o Harry. Não me importei se me dava bem ou não com ele, limitei-me a abraçá-lo. Estava a parecer um gato assustado. Tinha os meus braços envolta do seu pescoço, chorava com a cara encostada ao mesmo, fazendo o Harry se arrepiar. Levou algum tempo mas ele levou as suas mãos até à minha cintura abraçando-a, fazendo-me sentir mais segura. Senti leves festas na cintura, o que me fez acalmar levemente.

- Já passou - disse Harry fazendo festinhas no meu cabelo - vamos sair daqui..

Quando começamos a ir em direção à porta, a voz do Justin voltou-se a ouvir dentro aquela sala.

- A tua proposta foi aceite - disse rindo-se monstruosamente

Os risos ficaram a equar dentro daquela sala. As lágrimas voltaram a cair, como se fosse uma torneira que foi aberta. Senti o meu corpo sendo apertado contra o corpo do Harry. Ele parecia que me queria acalmar e até que estava a conseguir, mesmo que um pouco. Olhei para ele e ele deu-me um leve sorriso fazendo-me sorrir, mas de modo fraco, já que não tinha forças suficientes ou disposição para tal. Quando chegamos ao meu quarto, o Harry levou-me logo para a casa de banho. Nao tinha forças e ele apercebeu-se disso. Pos as mãos na minha blusa e eu involuntáriamente levantei os braços para ele a tirar. Fiquei apenas de cuecas. Mesmo sendo o Harry a ver-me daquela maneira não fiquei envergunhada, nem conseguia, tinha a cabeça a mil e esta simples coisa não era importante. Comecei a ouvir a água a correr e num instante estava sendo colocada debaixo da morna água. Como sabia bem sentir aquela água a correr pelo meu corpo, fazia parecer que todas as minhas amarguras se estavam a ir embora, estavam a ser levadas para longe , longe de mim.

- Obrigada - disse num tom fraco

Ele ficou a olhar para mim e nos seus lábios se formou um leve sorriso que mostrou duas covinhas.

- De nada - disse Harry começando a esfregar o meu cabelo

Ele ficou ali a esfregar o meu cabelo, a esfregar o meu corpo e quando acabou enrolou o meu pequeno corpo com uma toalha. Pegou-me ao colo e levou-me para a cama, deitando-me. Foi até ao armário e de lá tirou uma blusa, bastante comprida, de mangas compridas e com um capucho de orelhas. Tirou-me a toalha e vestiu-me a blusa. Como eu me mantinha com as cuecas e as mesmas estavam molhada, o Harry foi até a uma cómoda e de lá tirou umas cuecas e deu-mas. Comecei a tirar as molhadas, tentando que o Harry não visse nada e vesti as secas.

- Obrigada mais uma vez - disse olhando para ele

Ele não fez nada mais nada menos do que me dar um beijo na testa e sair do quarto. Fiquei surpreendida, não esperava que ele fizesse aquilo. Parece que o que me está a acontecer está a destruir o muro entre nós.

*Harry*

O Justin desta vez excedeu-se. Não necessitava ter feito aquilo com a rapariga, ninguém merece ver a própria mãe a.... Nem quero pensar.

"Porque é que ele lhe faz tanto mal se só lhe conhece há uns dias? Ou será que eles já se conheciam antes? Pensando bem, tanto o Louis como o Justin sabem algo sobre ele. Será que aconteceu algo no passado? Existe tanto mistério envolta desta rapariga. Tenho que tentar descobrir algo sobre este passado."

Dirigi-me até ao quarto do Louis pensando que ele estava lá e as minhas suspeitas estavam certas. A sua porta estava meio aberta e de lá vi um Louis a andar de um lado para o outro, todo nervoso. Não sabia se era a melhor altura para falar sobre qualquer coisa por isso decidi ir dar  uma volta. Saí do clube, peguei no carro e saí daquele sítio. Comecei a passar pelas ruas, pensando em quem é que iria perguntar algo sobre o passado daqueles três e de repente uma pessoa veio-me em mente.

Quem será essa pessoa? Será que essa pessoa lhe poderá ajudar?

Não percam o próximo cap :) 

Deixem as suas opiniões sobre o que estão a achar da fic *_*

Love you so much my babes