Capítulo 5 - Em família (Parte 2)

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Olá meninas! Tudo bem? Desculpem essas duas horas de atraso. Estamos de volta!

Nessa parte 2, vamos ver um assunto inexplorado nos livros da Silvia: Katherine, a irmã gêmea de Monica, que agora está sob os cuidados do nosso casal favorito. Espero que gostem da minha abordagem para o tema!

Boa leitura!

...

O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos; e cada pequena ausência é uma eternidade.

John Dryden

Narrador

A semana se passou calmamente e a rotina seguia. Eva havia conseguido voltar ao trabalho, um dia depois da visita de Ireland. Claro que esse retorno não foi aceito rapidamente. Ela e o marido tiveram uma discussão um tanto acalorada sobre o assunto. Gideon insistia que a esposa deveria tirar uns dias de folga, apenas para garantir a melhora.

No entanto, a atual senhora Cross estava nova em folha, sem qualquer resquício de mal-estar, e pronta para voltar a "pôr a mão na massa". Quando viu que a discussão não iria a lugar algum, Eva se armou de coragem e usou o golpe de misericórdia: disse que não queria ter a sensação de ser uma esposa troféu e inútil. Inclusive, uma grande encenação envolvendo olhares distraídos pela janela, suspiros longos, voz calma e suave e braços que enlaçavam o próprio corpo, foi adicionada.

Deu certo.

Gideon se desculpou milhões de vezes, disse que estava apenas preocupado com seu bem-estar e que nunca foi a intenção dele privá-la do trabalho que tanto amava.

Apesar de comemorar a vitória internamente, Eva não deixou de sentir uma pontada de remorso por ver o marido todo atrapalhado em seu pedido de desculpas misturado à preocupação.

Resolveu, então, levá-lo de volta ao quarto e provar que estava bem tanto para trabalhar quanto para outras coisas. O que houve ali foi tão escandaloso, que a governanta mal conseguia olhar para o casal, que saiu de casa mais de duas horas depois.

No sábado de manhã, Eva dirigia calmamente pelo trânsito de Long Island. Àquela hora, Manhattan estaria fervendo como sempre, e seria um pouco estressante dirigir sozinha. Nessas horas, agradecia imensamente por terem se mudado daquele caos, embora o amasse.

Em todos os sábados, naquele mesmo horário, a publicitaria fazia o mesmo caminho. Há exatos dois anos, passou a fazer o itinerário sem a companhia do marido. A primeira vez foi um pouco extenuante, mas precisava aprender a lidar com sua dor sozinha. Com o tempo, foi se acostumando até que não deixava de ir um só sábado. Na verdade, passou a ansiar por aquilo. O apoio de Gideon e do Dr. Petersen foram fundamentais em seu processo de cura.

Assim que foi reconhecida pelo vigia, sua passagem foi liberada e ela estacionou na vaga destinada aos visitantes.

Respirou fundo antes de sair do carro, indo direto para o porta-malas. De lá tirou uma cesta de piquenique e uma toalha quadriculada. Sorriu para aqueles objetos tão clichês, mas que tinham um grande significado.

Como pretendia passar o tempo sentada, vestiu uma roupa confortável. Uma camisa cinza, uma calça preta de yoga e tênis de corrida. Prendeu os cabelos em um rabo de cavalo e evitou acessórios e maquiagem. Não havia necessidade de uma grande produção. Queria apenas aproveitar o dia.

O céu estava limpo, em todo o seu esplendor azul e o sol não estava muito forte. Havia uma brisa fresca que balançava as diversas árvores do local. O imenso jardim era uma explosão de cores devido aos vários tipos de flores. Um lugar que transmitia paz, uma sensação forte de felicidade.

SÉRIE CROSSFIRE - Livro 5 (Gideon PDV): Todo NossoOnde histórias criam vida. Descubra agora