capítulo dois

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Já são três e trinta da manhã e eu continuo revirando meus olhos por todos os lados desta casa vazia. Enquanto ouço as gotas de chuva que caem do céu tocando macio as telhas. Sentindo em meu corpo aquela sensação hipnotizante de que elas estariam caindo sobre mim.

"É como se eu estivesse soterrado e por mais baixo que eu esteja, sem ar, com isso apertando meus pulmões, esmagando minhas costelas e perfurando o meu coração... eu gostaria de encontrar as palavras certas para descrever isso que estou sentindo agora."

- Pessoas falam de sentimentos, bem... o que deve ser isso de verdade?
- Ouvir dizer que pessoas se matam por isto.

Talvez isso seja algo cruel fugindo de meus pensamentos. Amar é como ver oceano ao tocar de minhas pálpebras, pois ele é imenso fluindo de meus olhos. Com um nó na garganta ao ouvir minha voz trêmula ao citar cada verso desse pequeno trecho escrito com amor e  sem amor, sem sentimentos e sem pudor, cheio de tristeza e rancor.

Poeta Triste IOnde histórias criam vida. Descubra agora