O complô

Prólogo

Lord Moore

Definitivamente cuidar daquele garoto mimado era um inferno! Suas exigências, seus gostos, seus planos para não se casar com alguém que "não amava", eu não tinha paciência alguma! Com tanta bagunça feita por Érik Thompson, é claro que eu, como regente, seria convocado para dar um jeito de organizar a confusão, e naquele momento eu não tinha moral nenhuma diante do rei. Não após minha filha falar na frente dele que não cumpriria o acordo. Mesmo assim, eu estava orgulhoso, minha filha não seria rainha, mas teria tudo o que sempre sonhamos para ela ao se casar com Jullian.

Mesmo com poucas alternativas, eu sabia que precisava arrumar uma forma de conseguir o que eu queria, desistir não estava no meu sangue, não era uma tradição dos Moore. Foi então que minha esposa, em sua genialidade insana, teve a ideia de darmos continuidade a um dos planos iniciais.

- Érik Thompson tem que morrer! – ela falou, seu olhar expressava uma raiva intensa, após as duras ordens do rei para que déssemos um jeito em tudo o que seu filho irresponsável aprontou.

- Com certeza não fará falta – falei, decidido a levar o plano em frente.

- O que faremos? – ela perguntou.

- Esse garoto não chegará nem mesmo a assumir o trono – respondi. – Na noite do baile da coroação, eu mesmo darei um jeito nisso.

- Vamos precisar de ajuda – ela falou.

- Acho que seria apropriado que tivéssemos uma ajuda vinda do lado de lá – sugeri. – Assim, não falharemos!

- E quem seria?

- Preciso pensar! – exclamei. – Temos tempo o suficiente para isso, não temos?

- Tome cuidado, querido – ela falou. – Quando menos esperar, o tempo terá passado. Precisamos agir.

- Já estamos agindo, precisamos da total confiança não só do rei, como também do próprio Érik e do general Treeman, aquele idiota que faz tudo o que o garoto quer – falei.

- A rainha também não pode escapar, ninguém pode desconfiar, seja antes ou depois da sua morte! – Ela falou. Era a hora da vitória.

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