Foi naquele dia de Primavera, na beira do rio que te vi pela primeira vez. Magnífica com o sol a coroar os teus longos cabelos negros com reflexos prateados e os olhos como o mar num dia de tempestade.
A partir desse momento soube que o meu coração já não era meu, mais tarde percebi com um certo horror que desde aquele momento que eu era teu e como vim a saber tu eras minha.
Tu deste-me cor à vida, antes de ti a vida era um borrão, depois de ti a vida tornou-se algo claro com memórias nítidas de cada momento.
Não acreditei na minha sorte quando tu te casaste comigo (afinal era apenas um rapaz com um grande coração).
Lembras-te do dia em que eu perguntei por que te casaste comigo? Tu disseste que no momento em que os nossos olhos se encontraram que tu sabias que era algo mais.
Escrevo estas palavras enquanto te vejo dormir porque os sentimentos e memórias voltaram a tomar conta de mim e quis expressar uma pequena parte do que vai neste coração tumultoso, pois nunca tive jeito para palavras, sempre preferi escrever a falar.
Parto agora para mais uma jornada de trabalho com uma certeza - quando chegar a casa amar-te-ei mais do que agora porque és um ser perfeito, tu fazes-me querer ser melhor e avançar na vida. A tua beleza interior cada dia me conquista mais pois o teu ser salva-me de mim, salva-me de cair no abismo.
Talvez eu tivesse forças para não cair no abismo mas seria de forma temporária, tu lutas ao meu lado e afastas-me do abismo de forma permanente.Com amor,
O rapaz que salvaste
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Cartas de amor nunca escritas
Thơ caAlguma vez se perguntaram como seriam aquelas cartas que não conhecemos? Cartas de paixão, arrependimento ou reflexão. Uma viagem pelas cartas de amor das mais diversas personagens ( todas com uma coisa em comum- a intensidade do amor que sentiram)