Capítulo 4 Valer A Pena

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200 comentários liberam o capítulo às 23 horas de sexta. Senão nos vemos na segunda. Um beijo.

Antes de amanhecer fui acordada por Pierre, era visível que ele ainda não dormira

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Antes de amanhecer fui acordada por Pierre, era visível que ele ainda não dormira. E cacete, até mesmo a insônia o deixava ainda mais bonito. Tenho certeza que meu marido nunca teve um "bad day", quando sentou-se em minha cama percebi que havia bebido um pouco mais de conhaque.

A barba de um dia era altamente apaixonante. E eu sentada ao lado dele só faltava derreter, mas mantive a pose.

— Mila, desculpe minha idiotice, sei que esse casamento é uma fachada, e eu não tenho o direito de enfiar você nas minhas confusões — Pierre batia os pés no chão, um gesto comum quando estava nervoso.

— Marido — brinquei — Não estou ofendida, pelo contrário sei que não teve chances diante da minha beleza única e resplandecente.

— Você é muito boba senhora Cousteau, muito mesmo.

Passamos o fim da noite, conversando sobre a empresa, viagens e coisas amenas, acabei adormecendo e quando acordei para minha surpresa ele estava lá, ressonando. Os cílios faziam uma agradável sombra em seu rosto, a boca fechada era máscula, e honestamente aquilo era meu maior desafio, ver esse homem dormir, e não atacá-lo, não sei se era mais lindo dormindo ou acordado. De qualquer maneira, não quis acordá-lo, desci para a cozinha usando  camisola mesmo.

—  Senhora Cousteau, temos que resolver o menu da semana — Cristina já estava devidamente uniformizada, era a imagem da eficiência —- Veja o que organizei e se quer mudar alguma coisa.

Passei os olhos sem enxergar nada por sobre a lista e já a aprovei. Depois fui até a cozinha e bebi uma xícara imensa de café. Pude ver Berê nossa copeira, caminhando em minha direção com o telefone em suas mãos.

— Senhora? Rebeca Matta.

— Alô, bom dia — respirei fundo, ninguém nesse mundo merecia começar um dia com a "naja" ao telefone.

— Cadê o Pierre? Estou ligando desde a madrugada e ninguém sabe me dizer onde meu namorado está — a  voz era estridente e irritante. Fiquei pensando se eu contasse o que ela acharia, ninguém achou Pierre pois ele estava dormindo com a esposa, no caso eu. Me contive, entretanto prometi a mim mesma, não daria ou faria nada para aproximá-los, como já fiz outras vezes, eu o amava e fazer essas coisas era uma idiotice sem tamanho. Além do mais, que eu me lembre ela era uma mulher casada prestes a ser mãe.

—  O senhor Cousteau está dormindo, o que a senhora deseja? — falei em tom firme, não vi necessidade de parecer obediente.

— Diga a meu namorado que liguei e voltarei a ligar — desligou o telefone como se eu fosse uma secretária automática.

— Aí dona Camila, já passou da hora da senhora dar um jeito nessa aí — Cris falou e eu  revirei os olhos, por mais que eu quisesse estava de mãos atadas.

O divórcio  *Degustação*Onde histórias criam vida. Descubra agora