Capítulo 5 Lindo

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Já sabem né? 200 comentários tem mais às 23 horas. Se não a gente se vê segunda.

— Iremos a Paris, acho São Paulo uma cidade incrível, mas Paris também é linda, você não acha? —  a voz era rouca e o português praticamente perfeito

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— Iremos a Paris, acho São Paulo uma cidade incrível, mas Paris também é linda, você não acha? —  a voz era rouca e o português praticamente perfeito.

Os olhos de Pierre estavam distantes, como se enxergassem a cidade Luz, a boca rosada estava entreaberta era necessário muito autocontrole para não beijá-lo, meu marido era um escândalo de bonito.

— Claro que Paris é linda, um homem perfeito igual a você não sairia de um lugar feio – ai meu Deus como falei isso?

— Quer dizer que a senhora Cousteau anda fazendo observações sobre a minha beleza? – Ele parou na minha frente e eu fiz a única coisa que me restava, desviei o olhar, podia sentir minhas bochechas aquecidas e sabia que estava corada.

— Eu... Eh...Eu. Ora Pierre não seja chato.

— Chato? Mas agora mesmo estava a me elogiar.

Batidas na porta cortaram a tensão que se instaurou, Cris sacudia o telefone como se o aparelho pegasse fogo.

Pierre pegou o telefone e saiu do aposento, fiquei esperando Cris falar alguma coisa, mas ela também havia saído. Suspirei aliviada.

Saí do quarto dele em direção ao meu, entretanto minha atenção foi sugada para a figura pálida de Luís que parecia muito tristonho.

— Mon amour, o que aconteceu? – o peguei em meus braços, o pequeno chorava e me apertava, enquanto falava muito baixo e rápido em um francês ininteligível.

Aquilo me desesperou, meu bebê sofria e eu não conseguia ao menos entendê-lo, eu me continha para não chorar, quando vi Pierre chegando, suspirei aliviada, ele rapidamente pegou o menino dos meus braços, Luís falava com a vozinha entrecortada e o pai cochichou no ouvido dele algo que pareceu acalmá-lo, o que aconteceu depois me deixou surpresa. Pierre colocou o filho no chão, e me beijou faminto.

Depois ajoelhou e beijou a criança, e voltou a cochichar em seu ouvido, Luís mandou um beijo estalado no ar e saiu correndo satisfeito.

— Camila, me desculpe por essa cena, Luís ouviu nossa conversa, e o pouco que entendeu foi que vamos nos separar, eu não posso fazê-lo sofrer, não de novo, ele é tão pequeno e a mãe já partiu, a avó padeceu... Eu preciso fazer isso...

— Somos amigos, não somos? Você pode contar comigo para sempre, sei que não sou a mãe dele, mas eu o amo...

— Oh minha Camila, o que seria de mim sem você? Grace partiu tão cedo, e Luís sente tanta falta da mãe, eu...

Pierre estava a um passo de chorar, o puxei para mim e o abracei, usei toda a força que tinha, ele encostou a cabeça em meu ombro, naquele momento entendi que eu o amava, faria tudo por ele, queria um superpoder para fazer desaparecer o sofrimento que morava em seu peito ou talvez uma borracha mágica que apagasse toda a dor, claro que eu queria transar feito uma louca com ele, o desejava mais que tudo, mas também estava completa naquele abraço. Ali era o meu lugar.

O divórcio  *Degustação*Onde histórias criam vida. Descubra agora