Capítulo 4

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    Sinto uma pessoa me cutucar e chamar meu nome, então acordo; levo um susto quando vejo a empregada de minha avó ao lado da minha cama.

    - Nossa... você quer me matar do coração? - perguntei colocando a mão em meu peito.

    - Sinto muito senhorita, é que seu personal já chegou. - disse constrangida.

    - Não, tudo bem, me desculpe e obrigado por me acordar. Você sabe que horas são?
    - São cinco horas e trinta minutos, senhorita.

    - Tão cedo? Diga que já estou descendo por favor.
    - Sim senhorita. - estava cansada daquele senhorita, mas sei que é proibido nos chamar pelo nome e saber o nome dela.

    Fui para a academia depois de tomar uma vitamina de couve de limão. A personal era linda e musculosa, estava me olhando da cabeça aos pés.

    - Agora entendo a urgência. Bom... sou Zuza e não tolero atrasos, essa foi a primeira e última vez que isso acontece. As aulas começarão todos os dias as cinco e meia da manhã, a essa hora em ponto você estará aqui, terminará as dez e meia; os horários foram ordens de sua avó.

    - Sim senhora. - 'só alguns dias Luna, só alguns dias' pensei.
    Depois daquela tortura comi uma fruta e fui tomar um banho.

   •••

    Duas semanas daquela tortura estava me deixando louca; academia de manhã, aulas de tarde e de noite mais aulas.

    Estávamos na sala quando Lia entrou correndo e começou a gritar com nossa avó.

    - POR QUE NÃO NOS CONTOU? - gritou Lia.
    - Olha como fala comigo, garota petulante! - disse vovó.

    - É SÓ ISSO QUE TEM A DIZER, NÓS TÍNHAMOS O DIREITO DE SABER!

    - Não sou mulher de recado, não era minha obrigação.

    - Então é isso? Tudo bem! Mande seu motorista se arrumar, nós três vamos para casa agora.

    - Lia se acalma! O que está acontecendo? - perguntou Lucy.

    - Mamãe está no hospital.

                   ••• •• ¥¥¥ •• •••

    Na volta para casa o silêncio predominou, cada um seguia em volta de sua própria bolha, seus próprios pensamentos.
    Lia estava firme e concentrada, nunca pensei que ela poderia gritar com nossa avó daquela maneira; Lucy estava pensativa, as vezes chorava e era abraçada por Lia.

    - Vamos meninas... já chegamos. - chamou Lia. ' Nem tinha percebido que já estávamos aqui'.

    - Oi meninas. - corremos para abraçar nossa Amy chorando. - Vão lá tomar um banho e depois desçam para comer alguma coisa, principalmente você menina, está branca. - disse olhando para mim.

    - É para estar mesmo, nessa semana só comeu salada de rabanete com rúcula, laranja e vitamina de couve com limão.- disse Lia.
    - Só sua avó mesmo...  vão lá, vou preparar uma refeição reforçada para vocês.

    Entrando em meu quarto tudo parecia tão errado, a vontade de ver minha mãe era tão grande. Tomei um banho para clarear a mente, coloquei um vestido confortável e desci com as meninas para jantar.

    - A comida estava uma delícia Amy, mas agora será que pode me dizer o que aconteceu com a mamãe e onde está o papai. - disse Lia.

    - Bom minhas meninas eu só posso dizer o que sei, sua mãe passou mal e desmaiou, foi para o hospital e está internada fazendo exames, seu pai está com ela.

Meu Primeiro AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora