O Porongo e o Forte

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Durante uma colisão de dois grandes astros
Nasce uma palavra
Durante a intensa dança celeste
Nasce um sentimento
Durante a explosão
Nasce um porongo

Para aqueles que romantizam o horizonte
Formado pela rachadura
Resultante de uma briga
Por quatro anéis

Mas para aqueles que o acham sem graça
É, também, uma constante luta para se reencaixar
Um braço que nunca alcança a alta prateleira

Gosto de acreditar na escada
E que a perfeição está na linha de chegada
Com a morte do adubo
E o encontro de duas auras

Enquanto carne
Nos resta construírmos um forte
Com nossos músculos
E sempre que nos encontrarmos às formigas
Nos reeegueremos

E não nos deixemos
Por mais romântico que cheire
Enamorarmo-nos por uma idealização
Pois um sonho tátil é um doce
E estaríamos perdendo a melhor parte

Nós mesmos

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