A chuva caiu nos ombros da multidão
Toquei o seu corpo longínquo
A minha presença parecia uma devastidão
Do meu desejo oblíquoO nosso desequilíbrio interno
Impede que os braços se cruzem
Esses sentimentos são um inferno
E não queremos que eles se eternizemImplorei que o pássaro se acorrentasse
Sem que ele se desesperasse
E só aceitasseMesmo sabendo que as asas fortes
Quebrariam a corrente
E toda a métrica desse sonetoAs correntes se debateram
Até mesmo incendiaram
Deixaram marcas no meu corpo
E fizeram evaporar todas as lágrimasEu nunca encontrei uma caneta
Para conseguir escrever
O quão dolosoro foi
Te deixar ir
VOCÊ ESTÁ LENDO
Idílico
PoetryO eu-lírico têm sérios problemas com a nossa situação atual como brasileiros, adora seguir receitinhas e tem uma paixão inspiradora pelo universo. Além de se mostrar ativista e ter um conhecimento sobre a mitologia do amor grego.