Um homem, talvez magoado com Certos fatos da vida, resolveu esconder um bolo enorme de dinheiro.
Era a eclosão do Cruzado. E naquela época ele estava ganhando muito dinheiro com seu comércio. Certo dia, foi divertir-se em uma festa, e por medo de ser roubado, resolveu esconder todo o dinheiro que estava em caixa.
Esse senhor tinha uma nova família e se empenhava muito em se fazer "especial". Talvez Quisesse se vingar do passado e apagá-lo por completo. Porém se esquecia que havia em seu passado quatro meninas inocentes que muito precisavam dele.
Deu-se que ao voltar da festa e por estar realmente nadando em rios de dinheiro não sentiu falta daquele que escondera.
Esqueceu-se dele completamente.
O tempo passou e... O Brasil passou por uma grave crise financeira. Houve troca da moeda diversas vezes.
E o Cruzado Velho, antes Cruzeiro. Irreal, agora passa a ser chamado de real! Ironia do destino? Ele, o real, vai eliminar qualquer valor assim do Cruzado.
Passaram-se muitos anos. Em um belo dia, esse homem, por acaso, acha o seu pequeno tesouro. E por ironicamente ele já não se encontrava em situação tão privilegiada quanto antes. Corre desesperado ao banco, já era muito tarde. E seu dinheiro já não valia mais nada!
Porém, após se lamentar muito, o guardou para se lembrar sempre de nunca se esquecer onde guardava seus "tesouros".
E seu neto lhe faz o seguinte questionamento:
- Vovô Você tem muito dinheiro?! Você tem um cofre?!
Ele resolve mostrar ao neto e a filha o "dinheiro" que ele tem. A filha fica de boca aberta e pergunta-lhe:
- Uai papai você andou escondendo dinheiro em baixo do colchão?
E ele Conta a sua filha uma história fatídica. E depois de muita vela e muito choro acaba-se por se conformar. Guardando o dinheiro.
Porém, sua filha, atônita chora impulsivamente ao se lembrar do quanto sofrerá, com a falta daquele maldito dinheiro. Dinheiro que seu pai havia negado a ela e suas irmãs. Pior, dinheiro que ele havia roubado de sua mãe. Pois na separação usou de artimanhas sórdidas para esconder seu patrimônio. E assim não dar nada a sua esposa e suas filhas.
Lembrou-se de quantas vezes fora acusada de "ladra". Ela e suas irmãs. Por pegarem da mercearia "dele" um bombom, uma bala, um biscoito. Sendo que na verdade era também delas. E fora sua mãe que trabalhara arduamente para ele possuir aqueles bens. Era revoltante! Mas ela descarrega toda sua ira em cima do pai.
- Você sabia pai que passei fome em BH? Sabia que suas filhas pequenas choravam querendo uma bala? Quantas vezes elas dividiram um pacote de biscoitos... quantas vezes olharam seu "filho" (que nem era filho dele, e sim da outra...), chupando picolé...
... Mas... de repente ela começa a dar gargalhadas compulsivamente, sem poder se controlar. e o pai lhe pergunta?
- Você está bem? Chora desesperada agora ri feito louca?
E ela lhe responde irônica:
- Você sabe por que isso aconteceu papai?
- Não filha, por quê?
- Isso foi providência divina, o dinheiro que você negou a mim e as minhas irmãs de nada te valeu! kkkkkkkkkkkkkk
"É como diz o velho deitado: 'Pois é, quem Planta coi!'"
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Contos e Cronicas
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