Capítulo 1

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Sara

Meu nome é Sara Toledo, esposa de Leonardo Toledo, um dos filhos do dono da multinacional Alphatoledo, uma grande empresa de laticínios aqui do Brasil. Se você já bebeu leite Alphalac, saiba que foi produzido pelas empresas onde meu marido é nada mais e nada menos que o vice-presidente.

O dia era uma sexta-feira, fazia muito calor, e mesmo assim me levantei, escovei meus dentes e vesti uma legging preta e uma camiseta palha; em seguida calcei o tênis e fui correr como fazia todas as manhãs, pois, correr foi a forma que encontrei de manter meu corpo em equilíbrio, aliás, isso também conservava minha mente em equilíbrio. Ser casada com alguém com um gênio tão difícil, como era o de Léo, exigia de mim muita paciência e algum tipo de sentimento. Não era fácil suportar suas alterações de humor.

Morávamos em um bairro nobre em Barueri SP, Alphaville, e todas as manhãs eu corria pelo condomínio onde morávamos.

Na volta fiquei conversando distraída com uma vizinha na porta de casa e quando olhei em meu relógio, nele à hora marcada eram 7:00 da manhã.

Assim despedi-me de Ângela e entrei correndo em casa.

— Ai meu Deus! Atrasei-me. — falei em voz alta enquanto subia às escadas rumo ao quarto, rapidamente.

— Eu te ajudo, amor. — falei assim que entrei no closet, onde Léo estava se trocando, já havia vestido seu terno preto e estava arrumando à gravata cinza em frente ao espelho.

— Não preciso mais da sua ajuda, você se demorou demais nessa sua corrida. — respondeu-me ríspido.

— Me perdoe, distraí-me com à Ângela lá fora.

Léo se virou em minha direção, e com as mãos no nó da gravata respondeu-me:

— Você sabia que hoje era importante para mim, deveria ter ficado aqui e saído só depois que eu saísse, mas não, como sempre você preferiu me deixar a própria sorte.

Cruzei os braços e sorri, ele estava sendo completamente exagerado, e estava deliciosamente lindo com à barba acabada de fazer.

— Qual à graça? — questionou-me completamente irritado, então virou-se novamente para o espelho e continuou tentando dar o nó na gravata.

Embora trabalhasse de gravata todos os dias, nunca aprendera como lhe lidar com elas, então caminhei até ele e por trás eu o abracei em sua cintura e tentei distraí-lo, levando minhas mãos em cima de sua calça, bem em cima de sua saliência, deliciosa. Ele cheirava a pós-barba importado, e detestava os pelos de barba, por conta disso, nunca o vi com um único fio de barba no rosto.

Assim que o toquei, tentando fazê-lo relaxar e quem sabe jogar-me na cama e me possuir como um animal faz com suas fêmeas no cio, ele respondeu-me:

— Para Sara, você está toda suada, não percebeu que estou nervoso? Não vou perder meu tempo com você aqui e depois ter que me trocar novamente, à noite cuidaremos disso. — era como se transar com sua própria esposa fosse uma obrigação, fosse algo que precisasse de data e hora marcada.

Afastei-me e de braços cruzados fiquei observando-o enquanto lutava com sua gravata. Léo era esguio, porém, por falta de tempo para se cuidar, tinha uma pequena saliência em seu abdome, tinha cabelos castanhos claros e curtos e olhos castanhos cor de mel. Era um homem elegante, contudo sua seriedade que me enervava, tinha uma rigidez na face que o deixava sempre sério e com o aspecto hostil.

Estávamos casados há cinco anos, e ainda não tínhamos nenhum filho, pois ele achava que crianças viriam para estragar o nosso casamento, e dizia que não gostava de crianças, pois, eram barulhentas e isso e aquilo e aquilo outro, ou seja, milhões de desculpas.

Cunhado Perfeito ( Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora