Capítulo 3

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Sara

Fiz todo o trajeto da empresa até em casa com aquele homem e seu Theozinho em minha cabeça, eu sentia sua ereção roçando em minha bunda, tentando romper à barreira que aquele maldito jeans havia criado. Eu queria aquele homem, não importava quem ele era, só queria ser invadida por ele e ser levada ao ponto mais quente do submundo, a morada do deus Hades. Minha calcinha estava molhada e eu podia sentir sua umidade fazendo-me lembrar do responsável pela excitação e lubrificação em minha vagina.

Entrei na garagem de minha casa e minha única vontade era a de me masturbar ali mesmo e acabar de vez com meu tesão que aquele desconhecido despertara em mim, meu corpo estava queimando, eu desejava ardentemente extravasar todo o erotismo impregnado em mim, então entrei em casa, e ignorei a Simone, minha empregada que me perguntou o que servir no almoço. Subi às escadas e fui direto para meu quarto, tranquei à porta e fui logo arrancando aquele jeans maldito, não fosse ele, agora eu não estaria tão excitada, pois teria sido devorada pelo Theozinho.

Eu estava sedenta por prazer, Léo estava em falta comigo nesse quesito, estava sempre cansado demais, trabalhando demais, então não pensei duas vezes e me joguei na cama só de camisete, não precisei de nenhum lubrificante, pois eu já estava completamente encharcada, então sem nenhuma cerimônia, enfiei minha mão dentro de minha calcinha e procurei por meu clitóris e vulva, e imediatamente passei a massageá-los. Assim que comecei a me tocar com ambas as mãos, uma em meu clitóris e a outra penetrando-me, fechei meus olhos e não via nada além do meu Hades, ele me penetrava com força e dizia coisas deliciosas em meu ouvido, quanto mais a imagem da ereção dele vinha em minha mente, mais frenético era o ritmo que eu usava em minhas mãos a meu favor, o líquido lubrificante saia de minha vagina deixando a fricção ainda mais deliciosa. Assim minha respiração ficou acelerada, meu rosto queimava de prazer e não precisei de muito tempo e já estava gozando e gemendo com minhas próprias mãos, mordendo o travesseiro para abafar meus gemidos de prazer.

Jogada em minha cama, apertando o travesseiro entre às pernas, peguei no sono, e só acordei quando Léo me ligou querendo saber se eu havia ido buscar seu Smoking na lavanderia.

Théo

No escritório de meu pai, e que agora era só meu, me sentei na cadeira assim que ele saiu, e coloquei-me a pensar: será mesmo que Sara era à esposa do meu irmão? Por que me distanciei tanto assim de minha família? A ponto de não saber nem o nome da esposa dele, está certo de que quase nos matamos em uma luta de esgrima por causa de uma mulher, mas isso ficou há dez anos no passado, era hora de tentar recuperar a afeição dele.

Olhei no relógio e ele marcava quase meio-dia, eu precisaria sair para almoçar e ir ao shopping para buscar o bendito Smoking que havia ficado na loja para ajustar as barras da calça.

Quando voltava do shopping, já no condomínio, tive a visão do paraíso, uma mulher estava com à porta mala de seu Honda branco aberto, retirando de lá algumas sacolas de compra. Quando a vi diminui a velocidade, então ela abriu à porta do carro e tirou de lá um smoking, certamente que também iria à festa. Era ela, Sara, e morávamos no mesmo condomínio. Uma sensação estranha invadiu meu peito, meu coração disparou a tal ponto de me fazer perder o ar, e em meu pensamento, a única coisa que existia era que eu queria muito que existissem mais de duas agendas com o logo personalizado da Alpha, pois se aquela mulher fosse à esposa do meu irmão, eu estaria destruído, pois eu a queria mais que qualquer coisa no mundo naquele momento. Parei o carro do outro lado da rua, e senti uma enorme vontade de falar com ela, porém, minha razão falou mais alto, e assim fui embora para casa. Eu não voltaria mais na empresa naquela sexta-feira.

Sara

Busquei o smoking do Léo na lavanderia, fui ao salão fazer as unhas e o cabelo, e às cinco horas em ponto escutei quando à porta de entrada bateu com muita força. Léo havia chegado, e pela forma com que fechou à porta eu já sabia que algo de errado tinha acontecido. Ele jogou o paletó em cima de uma poltrona e se dirigiu até o bar. Lá abriu à garrafa de uísque, serviu-se de uma dose e a virou de uma única vez, em seguida realizou o mesmo processo outras duas vezes.

Aproximei-me com cuidado, pois ele estava soltando fogo pelas ventas, e eu já o conhecia, sendo assim, não era muito aconselhável abordá-lo quando estava tão nervoso.

— Léo está tudo bem?

Ele não me respondeu de imediato, então me olhou com a fúria estampada em seus olhos e começou a afrouxar o nó de sua gravata e em seguida desabotoou os punhos da camisa.

— Aquele maldito, passou dez anos longe da empresa e quando volta me rouba tudo que ajudei a construir com tanto esmero.

Eu já imaginava o que tinha acontecido, então não me atrevi a perguntar.

— Desgraçado, maldito. — urrou enquanto atirou o copo de uísque na parede estilhaçando-o em mil pedaços.

Caminhei até ele e o abracei pelas costas, ele segurou firme em minhas mãos aceitando meu afago e continuou falando:

— Ele me roubou tudo na vida, primeiro me roubou a Mônica, e agora a empresa.

Não o questionei sobre o irmão telo roubado a tal da Mônica, mas aquilo me intrigou, e certamente chegaria o momento certo de questioná-lo.

Ele se soltou do meu abraço, pegou novamente outro copo de uísque e se sentou no sofá da sala com os cotovelos em cima de seus joelhos. Eu, fiquei ouvindo suas lamúrias de braços cruzados.

— Papai deu à presidência da Alpha para o Theodoro, mais uma vez ele vem e leva tudo. Primeiro foi à Mônica, minha noiva, íamos nos casar e faltava um mês para isso acontecer quando eu o peguei comendo ela na garagem em cima do capô do carro. Aquele desgraçado ainda tentou culpá-la. Tivemos uma briga feia, e eu o chamei para irmos à sala de treinos de esgrima, e lá eu quase o matei com o sabre, não fosse mamãe interferir, hoje ele não estaria aqui me roubando novamente.

Léo tinha na esgrima seu hobby.

Por fim depois de mais de meia hora de desabafo e bebedeira, ele aceitou ir para o banho, e em seguida comeu um lanche que levei a ele e caiu na cama.

Cunhado Perfeito ( Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora