Sara
Olhei para à cama, e senti nojo do meu marido como nunca havia sentido antes. Meu corpo estava todo dolorido e a violência com que Léo me penetrou deixou-me sensível e machucada, minha vontade era de pegar uma faca e enfiar em seu pescoço para parar de ouvir aquela respiração alta de alguém que dormia sem remorsos; mas a única coisa que consegui fazer foi entrar no banheiro e me enfiar embaixo do chuveiro e chorar por uma hora seguida.
Dormi em outro quarto da casa, eu não queria nem ouvir o som da respiração dele, eu estava em pânico só de imaginar que ele pudesse acordar e fazer algo do tipo novamente. Quando acordasse e estivesse bem sóbrio, pediria a separação.
No dia seguinte, eu estava na copa tomando meu café quando ele apareceu, depois de ter tomado um banho, parecia outro homem, parecia o homem com quem eu vivia há cinco anos e que sempre foi um lorde comigo na hora do sexo.
Léo caminhou em minha direção e veio dar-me um beijo como fazia todas as manhãs.
— Não me toque! — falei com asco, estendendo minhas mãos impedindo-o de se aproximar.
Léo meneou à cabeça sem entender nada.
— O que houve, querida? Por que está me empurrando? E que houve com seu braço? — viu as marcas roxas que ele mesmo havia feito.
— Eu fui violentada na noite passada, meu próprio marido me violentou, estuprou-me.
Léo regalou os olhos assustados, e parecia mesmo surpreso com o que ouvira.
— Sara, por favor amor, diga-me que eu não fiz isso com você, eu me imploro. — ajoelhou-se rente a meus pés.
— Não me toque. Você me violentou, me pegou na marra quando eu dizia que não queria, você estava caindo de bêbado e me machucou.
Léo estava assustado e não parava de negar com à cabeça.
— Por favor, eu não fiz isso com você, eu jamais faria, Sara.
— Você fez, saia de perto de mim, estou com nojo e medo de você.
Léo se levantou e levou as mãos em sua cabeça, encontrava-se desesperado.
— Meu amor, me perdoe, perdoe-me por favor, eu não sabia o que estava fazendo, eu bebi demais, e você estava tão sexy com aquele vestido vermelho.
— Eu vou me separar de você, nunca mais vou permitir que você toque em mim novamente.
— Não, Sara, por favor amor, me perdoa, me perdoa, isso nunca mais vai acontecer, eu te prometo. Eu amo você; não vou saber viver sem você, prefiro à morte. — implorava desesperado.
Levantei-me da mesa e fui em direção ao meu ateliê, com ele me seguindo e dizendo:
— Sara, olha amor, eu não toco mais em você, até você se sentir segura comigo novamente, eu te prometo isso.
Continuei caminhando e me afastando daquele monstro sem respondê-lo, e se pudesse iria imediatamente a uma delegacia prestar queixas dele, mas não podia fazer isso.
Fiquei no ateliê com os pensamentos todos se misturando em minha cabeça. Théo povoava a maioria deles, e eu queria seu cheiro, seu gosto, seu toque. Ao mesmo tempo, vinha-me o mostro do Léo, violentando-me, então um asco brotava na minha alma e eu jurava que nenhum outro homem iria encostar o dedo em mim.
Passadas algumas horas, Léo bateu na porta do ateliê e entrou.
— Sara, como você está? — perguntou-me todo meloso.
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Cunhado Perfeito ( Degustação)
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