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Alysia's POV

O resto das aulas o clima ficou bem tenso entre a gente, minha vontade era de agarra-lo aqui mesmo, mas infelizmente é proibido.

Na hora de ir embora, todos os alunos foram saindo e eu fui ficando por último de propósito.

— Vamos? – Naya disse me olhando e pegando o material dela.

— Tenho uma coisa pra falar com o Sr. Mahone – olhei ela maliciosa.

— Ah sim, claro. Não demora que eu te espero ok?

— Uhum – fingi guardar meu material bem devagar.

— Tchau Sr. Mahone – Naya disse saindo.

— Tchau Naya – a acompanhou até a porta e depois que ela saiu a fechou e me chamou pra perto dele.

Fui até lá e ele me encostou na porta e abraçou minha cintura colando o seu corpo no meu.

— Aquele dia sem calça por baixo essa blusa tava mais atraente ainda em você – desceu uma das mãos e apertou minha bunda.

— Aquele dia você tava mais atraente ainda só de sunga – passei meus braços pelo pescoço dele e arranhei a nuca dele de leve puxando bem de leve os cabelinhos que tinham ali.

Ele me beijou, era um beijo quente como se ele quisesse me devorar ali mesmo.

A sua mão foi entrando por baixo da minha blusa e acariciando minhas costas, logo depois foi indo pro fecho do meu sutiã, abaixei a mão dele e ri com os lábios ainda colados no dele.

— Não! A gente tá na escola e a Naya tá me esperando lá fora – mordi o lábio dele e puxei pra mim.

— Corta prazeres – deu um chupão no meu pescoço e depois me beijou de novo — Mas da próxima vez que me provocar que nem hoje eu te como aqui mesmo e nem quero saber de quem tá te esperando ou onde estamos – mordeu meu lábio e puxou pra ele — Ok? – concordei e se afastou, arrumei minha blusa e abri a porta.

— Tchau Sr. Charme – ri e fui pra fora da escola.

— Que bicho te mordeu? – riu e apontou pro meu pescoço.

— Um bicho chamado Sr. Mahone – ri.

— Meu Deus, dentro da escola? Menina!

— Foi ele! Aliás, ele queria mais, mas eu cortei.

— Fez bem, vai que alguém abrisse aquela porta ou sei lá o que. MEU DEUS ALYSIA! Tem câmera lá dentro – me olhou com os olhos arregalados.

— PUTA QUE PARIU! EU TO FERRADA NAYA – me apavorei e voltei pra dentro da escola correndo, fui até a sala dele de novo, felizmente ele ainda estava lá.

— Já sentiu saudade ou se arrependeu e agora quer dar? – me olhou malicioso.

— Não é nada disso! É que bem ali, tem uma câmera – olhei ele apavorada.

— E? – me olhou sem entender.

— E que a gente se beijou com essa câmera filmando tudo, e transmitindo tudo na sala do diretor – olhei ele óbvia.

— Calma Alysia – riu — A câmera quebrou hoje mais cedo antes das nossas aulas, porque um aluno arremessou o caderno me ameaçando e acertou a câmera, ai ela nem tá ali – olhou pra onde a câmera ficava.

— Ah... – fiquei sem graça — Desculpa pelo escândalo – saí rápido morrendo de vergonha pelo show de desespero — VOUTE MATAR NAYA – bati no ombro dela.

— AI QUE FOI? – me olhou assustada.

— Você me preocupou atoa, a câmera tá quebrada, fiz mó escândalo atoa na frente dele – choraminguei.

— Ah, pelo menos um mico tinha que acontecer nesse começo de relação – riu.

— Você me paga!

— Eu só te avisei, não precisava ir correndo lá que nem louca – riu e a gente foi embora.

NO OUTRO DIA

Hoje começaria a aula de violão com o Austin, mas a vergonha de ontem não me estava dando coragem de ir, mas quero ir porque quero muito aprender e porque quero ver ele. Merda, porque eu estou nessa necessidade louca de o ver? Caramba, foi só uma transa, uma praia e um beijo na escola.

Coloquei uma calça jeans e um cropped vermelho, arrumei meu cabelo e fui, meu pais estava trabalhando e nem quero contar pra ele sobre a aula, senão ele vai me encher de pergunta e quando eu contar que é com o professor ele vai achar estranho e vai me encher de pergunta mais ainda.

Coloquei meu tênis e fui. Não tenho violão então vai ter que ser com o dele por enquanto, mesmo ele não sabendo disso.

A hora que eu cheguei tinha uma menina saindo da casa dele, olhei bem e vi que era a Spencer, ela estava com um violão na mão, ou seja, ele também dá aula pra ela.

Achei que fosse a única que ele daria por ele nunca comentar na escola. Será que ele sai com Spencer também? Ah, provavelmente sim, nem sei por que eu estava me sentindo foda, na verdade nem sei por que estou reclamando disso, ele pode dar aula e sair com quem quiser.

Bati na porta e ele logo abriu, quando me viu abriu um sorriso.

— Oi, entra – deu passagem.

— Oi, vi a Spencer, ela faz aula também? – ele foi pra cozinha, fui seguindo ele.

— Sim, o pai dela é amigo da minha mãe, ai ela comentou uma vez com ele sobre eu saber tocar, ai ele me disse se eu não podia ensinar a filha dele, ai quando chegou o dia descobri que era ela – riu — Mas pensa que menina chata, se ela faz algo errado diz que a coisa é minha pro pai dela – bufou.

— Credo – olhei ele e ele foi pra uma panela que estava no fogão, ele estava fritando um ovo.

— Quer? – pegou e colocou num prato onde tava alguns bacons.

— Não, obrigada! – sorri.

Ele sentou em uma banqueta e colocou o prato no balcão e começou a comer.

— Já, já a gente começa ok? – disse de boca cheia.

— Tá bom – ri e sentei também em uma de frente com ele e fiquei olhando ele.

— Tô comendo isso porque a minha mãe ainda não trouxe o bolo que todo sábado ela traz pra mim e eu estou varado de fome – riu.

— Coisa feia Mahone, dependendo da mãe ainda – riu.

— Ah, a gente sempre vai depender delas.

— Então, eu não. Dependo do meu pai – ri.

— É tem alguns casos que são os pais. Mas o meu morreu, então fica minha mãe mesmo!

— Ai desculpa – olhei ele, merda passando um monte de vergonha com ele.

— De boas, eu era bem pequeno nem lembro dele direito – deu de ombros — Mas enfim, você não tem violão né?

— Não – sorri nervosa — Algum problema?

— Não, eu tenho dois, ai você usa um até comprar o seu.

— Ok! – sorri.

— AUSTIN? – uma mulher disse parecendo estar perto da cozinha.

— NA COZINHA – ele gritou e logo ela chegou aqui, ela entrou com uma boleira na mão.

— Aqui seu bolo – colocou na mesa — Oi? – me olhou sorrindo.

— Oi, prazer Alysia – sorri e ela veio até mim, levantei e ela me abraçou.

— Olá, sou a Michele – sorrindo.

— Ela é uma aluna lá da escola e também vai ter aula de violão comigo – Austin disse.

— Ah sim. Ela é linda! – sussurrou pro Austin, mas eu ouvi, corei e sorri de lado – Pena que é sua aluna e muito nova pra você.

Sr. MahoneWhere stories live. Discover now