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Alysia's POV

"XXXXX-XXXX – meu número"

Depois de alguns minutos meu celular vibra e era uma mensagem no Whatsapp de um número não gravado, provavelmente ele.

Fui até a mensagem e era a foto dele, e uau, que foto linda, não era nenhuma que tinha no Instagram dele (mídia). Admirei por uns minutos e lembrei que nem li a mensagem ainda.

"Eai gatinha, vem sempre aqui? *emoji dando risada*".

"Ai você é péssimo em cantada *muitos emojis dando risada*".

"Oh, respeita meu charme".

"Desculpa Sr. Charme".

"Gostei, vou mudar o Sr. Mahone por Sr. Charme *emoji de óculos escuro*".

"*emoji dando tapa na cara e emoji de risada*"

"Queria continuar o papo, mas tenho trabalhos pra corrigir e pra fazer, até amanhã na escola, vê se não falta, e se faltar não poste status em festas, se não vou ver."

"Pode deixar Sr. Mahone, ops Sr. Charme. Eu não tenho festas para ir, não se preocupe, você não ficará sem a minha beleza amanhã *emoji piscando*"

Desliguei o celular e sorri, não acredito que tenho até o número dele e a Naya nem foi aceita no Instagram, eu estou me sentindo muito foda.

NA SEXTA-FEIRA

Hoje acordei atrasada, mas muito atrasada mesmo, nem tive tempo de escolher roupa ou não, então só peguei a primeira blusa e a primeira calça do monte de roupas lavadas em cima da cômoda.

Me troquei rápido e desci, meu pai já havia saído, merda nem pra me chamar? Bufei sozinha e peguei um pão que já estava feito em cima da mesa, pelo menos isso.

Peguei minha bolsa e as chaves e sai de casa a trancando. Estava tentando comer e andar super rápido ao mesmo tempo, confesso que eu estava falhando.

Cheguei na escola e os portões já haviam sido fechados, o porteiro abriu e me entregou um papel que era o que eu tinha que entregar na secretaria e depois pro professor, fui e entreguei na secretária ela carimbou alguma coisa no meu livro e depois me devolveu o papel.

— Espera a segunda aula começar, ai você entra – peguei e concordei.

Já que tenho bastante tempo fui até o banheiro, chegando lá quando me olho no espelho vejo que eu estou com a blusa do Austin.

— Merda – sussurrei sozinha e bati na minha testa — Nem pra reparar a roupa que eu pego eu presto.

Fazer o que, vou ter que ficar assim agora. A blusa nem ficava tão enorme nos meus braços, mas ela ia até quase o meu joelho e era branca normal sem nenhum desenho.

Peguei minha bolsa e o meu mini kit de maquiagem que eu sempre carregava pra caso precisar de emergência. Passei só um pó e um rímel, pra desfazer um pouco a cara de morta que eu estava.

Olhei meu celular e ainda faltava trinta minutos pra próxima aula, fui pro pátio e sentei em um dos bancos ali e fiquei mexendo no celular tentando me distrair até a próxima aula chegar.

O sinal tocou e então fui pra sala, tive as duas aulas anteriores do recreio e depois encontrei Naya no recreio, já que hoje ela só fazia matemática comigo.

— Veio com a blusa do boy é? – me zoando.

— Acordei atrasada e a primeira que peguei fui essa, só vi aqui. Será que ele vai achar ruim? – sentei em uma mesa do refeitório e ela sentou na minha frente.

— Ai eu acho que não, acho que ele vai até gostar – sorriu maliciosa.

Ri e a gente ficou conversando e comendo, até que o sinal tocou novamente indicando assim a primeira aula de matemática de hoje.

Naya foi pro banheiro e eu fui direito pra sala, cheguei lá e eu era a primeira a chegar, Austin estava encostado no quadro com os braços cruzados e a calça dele estava apertando bastante a sua região de baixo se é que me entendem.

Mordi o lábio e fui até ele que estava olhando pro chão.

— Bom dia Sr. Mahone, belo conteúdo – bati a mão no ombro dele e desci pelo peitoral quase chegando a sua calça e dei outra batidinha em cima do cós da calça — Conteúdo grande – sorri sapeca e fui pro meu lugar.

— Alysia, Alysia – mordeu o lábio me olhando e veio até o meu lugar.

— Professor, professor – molhei o lábio e ele se escorou em minha carteira.

— Bela camiseta – piscou olhando meu corpo.

Os alunos foram chegando.

— Fez o dever de casa Alysia? – fingindo estar falando sobre isso e voltou pro quadro.

— Claro – não fiz merda nenhuma.

— O que tava rolando? – Naya disse me cutucando.

— Ele elogiou minha camiseta e eu o conteúdo dele – ri maliciosa.

— Hmm – riu zoando — Ele deve tá louco pra te foder – riu.

— Quando ele quiser – a olhei e dei uma piscadinha e me virei pra frente.

Prestei atenção no meu professor, mas não em alguma fala dele, e sim no corpo dele. É inevitável não se perder olhando!

Balancei a cabeça e fiquei olhando pro caderno me concentrando apenas no que ele falava, mas com o desafio de não se perder nessa voz rouca que arrepia até os pelos de regiões que eu não sabia da existência.

Ele explicou um dos exercícios que estava no quadro e depois veio até mim e me entregou o giz.

— Cada um vai fazer um exercício ali no quadro, e antes de reclamações, sei que isso é coisa de ensino fundamental, mas não ligo, a aula é minha e vocês vão fazer – ele riu — Pra motivar, vale 0,5.

— Uau, que motivação – bufei e peguei, odeio ser a da primeira fila e da primeira carteira.

Fui até um exercício e senti a mão dele na minha cintura, ele me arrastou para o outro exercício.

— É esse daqui – riu e soltou minha cintura, mas antes deu um aperto de leve.

Encarei o quadro por longos minutos até conseguir fazer o exercício, não sabia se tava errado ou não, mas entreguei o giz pra ele e voltei pro meu lugar.

— Naya – entregou o giz pra ela e assim sucessivamente a sala toda fez.

Na hora de corrigir, o meu por algum milagre estava certo, ele me olhou e deu um sorriso sem mostrar os dentes, sorri de volta e ele corrigiu o resto, ou sorrindo quando alguém acertava ou fazendo um X nos errados.

— Olha, até que a maioria foi bem, não esperava! – apagou o quadro e passou a nota de quem acertou pro livro e passou mais alguns depois — Façam e depois me tragam aqui para eu corrigi-los – sentou na mesa dele e ficou foleando um caderno dele.

Fiz todos com a ajuda de Naya e ajudando ela também e depois nós duas fomos levar pra ele. Ele pegou primeiro o de Naya e corrigiu e tinha um errado, ele a mandou refazer, ou seja, o mesmo vai acontecer comigo.

— Duas coisas erradas Marie – disse o meu segundo nome e me olhou.

— Duas, mas... – fui protestar, mas ele me interrompeu.

— Um exercício errado e você de roupa – ele me entregou o caderno sorrindo malicioso e levantou pra ir tirar a dúvida de um aluno.

Voltei pro meu lugar até sem rumo.

Sr. MahoneWhere stories live. Discover now