A Verdade

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Capítulo 25

1 Mês Depois

Maria ajudou Débora a entrar no carro com as malas, nos últimos dias tinha sido uma amiga muito útil, ajudou Agnes a comer e a se mover pela casa. Lolla estava no quarto tentando levantar o ânimo de sua menina.

- Lolla - Você não é uma péssima amiga Agnes, a Débora sabe de suas condições e não se importou em ser levada pela Maria até a porta. - A olhou. - Agnes - Mas eu já posso caminhar Lolla, a médica me liberou. - Cruzou o braço. - Lolla - Apenas para os bebês irem para suas devidas posições. - Lhe orientou. - Agnes - Eu sei Lolla! - Pausou. - Agnes - Qual será o sexo do meu outro bebê? - Disse pensativa. - Lolla - Eu acho que a Petúnia está fazendo suspense! - Sorriu. - Agnes - Eu ficaria muito feliz em ter um casal. - Continuou. - Agnes - E o Ciro também está fazendo suspense com o nome do nosso príncipe. - Acariciou a barriga. - Lolla - Esse seu futuro marido é demais! - Sorriu. - Agnes - Ele é, mas eu estou ansiosa em saber o nome do meu bebê! - Imitou voz de criança. -

•| Dois Dias Depois |•

Agnes sentia um aperto forte no peito, algo de ruim iria acontecer, pensou ela. Levantou-se com calma, já que sua barriga enorme lhe impedia de ser ágil, caminhou a passos lentos pela casa, nela não havia ninguém além dela e de seus bebês. Isso era o que ela achava.

- Agnes - Lolla? - A chamou. - X - A Lolla foi atrás do Ciro. - A voz assustou Agnes. - Agnes - Marcelo? - Esperou o dono da voz aparecer. - Marcelo - Feliz em me rever querida? - Sorriu a olhando. - Agnes - Você é um canalha mesmo, como tem a cara de pau de aparecer em minha casa? - O encarou. - Marcelo - Eu vim aqui para cobrar algo que você... - Deu ênfase na palavra você. - Marcelo - Me deve! - Terminou a frase. - Agnes - Eu te devo? - Começou a rir. - Marcelo - Sim, o dinheiro que todos esses anos que eu peguei por fazer tudo a mais do meu trabalho! - Sua voz continha muita raiva. - Agnes - Você me roubou Marcelo, e ainda queria sair livre? - Deu risada. - Marcelo - Eu só peguei o que era meu por direito! - Gritou. - Agnes - Abaixe o tom, e tudo o que você pegou não era seu! - Se irritou. - Agnes - E vai embora da minha casa, porque estou com pouca paciência! - Sua expressão era séria. - Marcelo - Sabe Agnes, eu vou te falar o real motivo de tanta dedicação a você. - Sua voz saiu irônica. - Agnes - Você se dedicou ao meu dinheiro, e não a mim! - A voz saiu forte. - Marcelo - Eu sempre te amei! - A olhou nos olhos. - Agnes - Co... Como é? - Estava surpresa. - Marcelo - Eu fiquei com ódio do Fernando quando ele te roubou de mim. - A olhou. - Agnes - Ma.. Mas você nunca me falou. - Ficou sem ar. - Marcelo - Estava óbvio. - Pausou. - Marcelo - E mesmo eu tirando ele da sua vida para sempre, você nunca me olhou com outros olhos. -

As palavras de Marcelo ecoaram em sua cabeça, o que ele queria dizer com "e mesmo eu tirando ele da sua vida para sempre"?


- Agnes - Você fez o que? - Pensou estar errada. - Marcelo - Eu o matei Agnes, aquele tiro certeiro no peito saiu da minha arma. - Sorriu. - Agnes - E... Eu... - Caiu sentada no sofá. - Marcelo - Sabe foi tão bom ver ele morrendo, mas o melhor foi te ver sofrendo. - Deu risada. - Agnes - Eu estava grávida, como você pôde fazer isso comigo? Como? - Gritou desesperada. - Marcelo - Você nunca olharia para mim com ele vivo, precisei me livrar dele. - Pausou. - Marcelo - E mesmo depois de morto você o adorava, o venerava! - Passou a mão na cabeça. - Agnes - Eu amava o meu marido, não foi fácil pra mim! - Sentiu o ar faltar. - Marcelo - E logo depois nasceu aquela menina linda, eu queria que ela fosse minha e que me chamasse de papai! - Agnes sentiu um forte arrepio no corpo. - Agnes - El... Ela sofreu com a ausência do pai e você foi o culpado! - Se alterou. - Agnes - Como pôde? Como? - Continuou. - Agnes - Você é um canalha, assassino! - Se levantou. - Marcelo - Sim, eu sou um assassino. - Sorriu a olhando. - Marcelo - Sabe Agnes, aquela menina iria atrapalhar os meus negócios no futuro, precisei manda-la ir morar com o pai. -

Marcelo se aproximou de Agnes, a segurou nos braços com força, forçou a olhá-lo nos olhos.

- Marcelo - Eu matei a Luna, o veneno não doeu. - Pausou. - Marcelo - Exceto na hora em que ela teve a sensação de que seu peito iria explodir! - Gargalhou.

Agnes ficou desnorteada com tal revelação, como assim sua filha foi morta por seu próprio amigo? Sua ira foi forte, com sua raiva se soltou dos braços de Marcelo e desferiu tapas seguidos em seu rosto, com sua unha cortou os lábios do mesmo, estava fora de si. De repente uma forte dor na barriga fez prender o ar.

- Agnes - Vai... Embora! - Ofegava. - Marcelo - Não, eu vou esperar esses bastardinhos morrerem! - Sorriu. - Marcelo - O Ciro é o próximo, embora eu tenha perdido uma grande chance. - Pausou. - Marcelo - Como ele sobreviveu ao tiro que mandei dar nele? - Esperou a reação de Agnes. - Agnes - Aí! - Gritou de dor. - Agnes - Some daqui seu assassino! - A voz saiu fraca. - Agnes - Você vai pagar caro por ter destruído minha vida! - As lágrimas caíram. - Marcelo - Você ainda vai sofrer mais, espero que com esse seu nervoso os seus filhos morram! - Se afastou e saiu.

Agnes sentou com muito cuidado, a dor estava quase insuportável, as lágrimas molhavam o belo rosto. Sua bolsa rompeu, liberando assim líquido perna a baixo de Agnes.

- Agnes - Ainda não é... A hora meus amo... - Calou-se devido a dor.

Ciro estava no carro com Lolla, ambos com um péssimo pressentimento no coração. Entraram em casa de maneira apressada, Ciro foi o primeiro a ver Agnes, correu até sua amada.

- Ciro - Meu amor, o que você tem? - Viu a mesma pálida e suada. - Agnes - No... Nossos filhos... Aí! - Apertou a mão do amado. - Lolla - Eles vão nascer! - Gritou. - Ciro - Ainda não é a hora! - Se desesperou. - Agnes - Sal... Salva nossos fi... Filhos! - Chorou devido a dor. - Ciro - Fique calma, respire fundo! - A orientou. - Lolla - Isso, respire e inspire! - A aconselhou. - Agnes - Meu... Amor, o Marcelo ele... - Sentiu dor e parou de falar. - Ciro - O que tem esse crápula? - Ficou tenso. - Agnes - Foi ele que... Aí! - Gritou. - Lolla - O que ele fez? - A olhou. - Agnes - Ele... Ele matou a minha... Minha família... Aí! - Apertou o sofá.

As palavras de Agnes chocaram a todos, como o Marcelo pôde fazer algo assim?

•| Horas Depois |•

Agnes e Ciro já estavam devidamente vestidos, o parto normal foi totalmente descartado, deixando Agnes ainda mais assustada. Enquanto a maca conduzia Agnes até a sala de parto seu coração acelerava ainda mais, Ciro a olhava com um olhar doce, estava lhe passando toda calma e amor para sua linda mulher.

•| Sala de Parto |•

Luciana a acalmava.

- Luciana - Eu preciso que você mantenha a calma, será um incômodo rápido. - A orientou. - Agnes - E eu não posso ver? - Olhou para o tecido que separava a visão do resto da sala. - Luciana - Isso é normal, fiquei tranquila. - Suspirou. - Luciana - Agora vamos te sentar e aplicar uma anestesia que te fará não sentir do quadril para baixo. - Ciro apenas observou. - Agnes - Mas... Aí! - Sentiu mais uma contração. - Luciana - Será rápido, você vai sentir uma sensação estranha quando os bebês saírem. - Disse calma.

Depois que Agnes se sentou, um enfermeiro aplicou a anestesia, logo começou a não sentir da cintura para baixo.

Primeiros Passos Para o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora