Primeiros Passos Para o Amor

Conhecendo a Albuquerque LTDA

Capítulo 3

Agnes terminou de prender o cabelo e se olhou no espelho. Usava um blazer preto e uma saia da mesma cor, suspirou ao se olhar, estava tensa só de se imaginar na empresa novamente. Ciro por sua vez estava ansioso, ansiava ver Agnes de novo, andava de um lado a outro do quarto a espera do interfone tocar, olhou ao relógio e este marcava "7:15", estes 15 minutos pareciam ser 15 horas. Por fim o interfone tocou.

- Agnes - Ainda bem que não se atrasou - O olhou. - Agnes - Eu odeio atrasos! - Suspirou pesado. - Ciro - Confesso que também não gosto de atrasos. - Entrou no carro e a olhou. - Agnes - Ótimo!

Ciro percebeu como Agnes estava tensa, ficou se perguntando o porquê.

- Agnes - Você está prestando atenção no caminho ou em mim? - Ciro engoliu em seco. - Ciro - Claro que estou prestando atenção no caminho. - Disse rápido. - Agnes - Ótimo! -

Agnes virou o rosto para olhar as ruas, a muito tempo não fazia esse caminho, respirou fundo ao perceber que estava chegando. Diógenes abriu a porta do carro para sua patroa, ajudou a descer estendendo a mão.

- Agnes - Obrigada Diógenes! - Ajeitou o blazer e respirou fundo. - Ciro - Uau, essa empresa é enorme! -

Ciro ficou abobado com a fachada, Agnes deu um pequeno sorriso com a animação na fala dele.

- Agnes - Você vai ficar olhando para a fachada da empresa ou vai entrar? - Seu tom de voz foi sério. - Ciro - Vou entrar! - Disse sem jeito.

Agnes ergueu a postura e entrou em sua empresa, o rosto levemente rosado e a expressão séria, o barulho de seu salto foi facilmente reconhecido, muitos funcionários direcionaram o olhar a Ela.

- Agnes - Bom dia Flora! - A recepcionista do primeiro andar a olhou. - Flora - Bom dia senhora Agnes! - Deu um sorriso tímido.

Ciro olhou tudo ao seu redor, estava fascinado por tudo.

- Agnes - Esse primeiro andar funciona o básico, os crachás e a contratação dos pequenos e não menos importantes funcionários. - A voz soou calma. - Ciro - Aah, que legal. - Disse animado.

Assim que o elevador abriu a porta no último andar Agnes sentiu a perna tremer, as mãos suaram frio.

- Ciro - Nós não vamos descer? - Ciro perguntou confuso. - Agnes - É... Sim, vamos! -

Agnes deu o primeiro passo, seu corpo todo se tensou, tentou buscar ar mas estava difícil. Maria que saía da sala avistou Agnes em frente ao elevador, de imediato soltou um grande sorriso, foi se aproximando aos poucos.

- Maria - Agnes, minha querida! - A abraçou com força. - Agnes - Oi Maria! - Sem jeito. - Maria - Que milagre é esse? - Desfez o abraço. - Agnes - Eu estou mostrando a empresa para o Ciro, o mais novo funcionário da área comercial. -

Maria ficou olhando para Ciro, o rapaz tinha uma beleza natural.

- Ciro - Olá Maria! - Lhe estendeu a mão. - Maria - Olá, você será muito bem recebido aqui! - Ainda segurava na mão de Ciro. - Agnes - É o mínimo de educação que se espera! - Foi um tanto rude. - Maria - Claro! - Se afastou de Ciro. - Agnes - Bom, aqui é a cabeça da Albuquerque LTDA. - Sua voz pesou. - Ciro - Aqui é tudo muito bonito e elegante. -

Agnes sentiu orgulho de si, pois tudo que naquela empresa continha tinha sido ideia dela. Respirou fundo, viu a porta de sua sala e caminhou olhando fixamente até la, tocou a maçaneta com sutileza, sentiu um ligeiro arrepio. - Agnes - Maria, abre aqui por favor! - Sua voz continha uma grande ansiedade.

Logo que a porta foi aberta Agnes recebeu um grande vento em seu rosto, a janela escancarada dava a luz que o local pedia.

- Agnes - Que saudade disso tudo! - Suspirou olhando tudo.

Agnes passou a mão sobre sua mesa, só não havia pó pois Maria sempre mantinha tudo em ordem.

- Agnes - Está tudo do mesmo jeito que deixei! - Olhou diretamente para Maria. - Agnes - Isso é obra sua! - Sorriu sem jeito. - Maria - Sim, é! - Suspirou - Maria - Você sempre teve muito zelo por essa sala, não só por essa sala. - Sorriu tímida. - Maria - Era o mínimo que eu poderia fazer! - Ciro prestava atenção em tudo que acontecia. - Ciro - Sua sala é linda! - Agnes o olhou. - Maria - Eu vou deixá-los à sós.

Ciro se sentou, Agnes o olhava seriamente, estar naquela sala era algo que ela ansiava.

- Ciro - Por que você não exerce mais a sua função? - Perguntou de maneira curiosa.

Aquela pergunta ecoou em sua cabeça. "Por que você não exerce mais a sua função?"