CAPITULO 1 - A OBRA

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Olha eu aqui .... 

Todo Sábado e Domingo eu estarei aqui para atualizar - O ADVOGADO - 

Espero que gostem

Bjos e Boa Leitura

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Minha cabeça dói e eu não consigo me concentrara no trabalho.

Minha cabeça pulsa no ritmo do barulho.

"Um... Dois... Três... Quatro... Cinco... Seis... Sete... Oito... Nove... Dez...".

Repito duas, três, quatro, cinco e ai já perdi as contas de quantas vezes, mas não adianta.

Há duas semanas eu não consigo trabalhar, eu tenho uma pilha de processos e planilhas para terminar e trabalhar é tudo o que eu não consigo fazer.

Maldita Obra!

- Ana, estou indo pra casa, vai precisar de mim? – Hanna está parada no batente esperando minha resposta.

Olho para o relógio e são cinco e dezessete. Merda! Estou atrasada de novo!

- Não, eu também já vou. Me ajuda a fechar o escritório e descemos juntas. – Guardo os papeis na minha basta junto com o notebook. – Eu termino isso em casa.

- Ok!

Fechamos o escritório e seguimos pelo corredor barulhento da obra ate o elevador.

- O que será aqui?

Olhamos para dentro da sala cheia de entulho e homens trabalhando enquanto aguardávamos o elevador.

- Não sendo algo barulhento pra mim já está ótimo!

Rimos e entramos no elevador. Em pouco tempo chegamos ao estacionamento.

- Hanna amanhã eu não venho ao escritório, remarque minha agenda de amanhã e segunda para a terça e os dias seguintes.

- Ok, mais alguma coisa?

- Paz, sossego, barulho off!

Entro no meu Audi e sigo para a escola de Teddy.

Mal estaciono o carro e ele já entra todo carrancudo.

- Eu já sei, eu estou atrasada de novo.

- Tudo bem mãe! – Teddy tem o tom de voz triste.

Teddy é meu filho ele tem cinco anos, uma criança linda e encantadora, meu pequeno anjo, loirinho de cabelos lisos, e dos olhos azuis, para a uma criança da sua idade ele é bem maduro, moramos sozinhos, o pai de Teddy nunca soube da minha gravidez, os planos dele sempre foram outros.

Não sou a melhor mãe do mundo, mas faço o possível para ser, eu sou sozinha para cuidar de Teddy, mas eu sei que ele sente falta de um pai, mesmo ele dizendo que eu basto.

- Teddy o que houve! – Ergo sua cabeça fazendo-o me olhar.

- O de sempre mãe! – ele suspira. – eu não tenho um pai!

Ah como essas palavras acabam comigo. Teddy precisa de um pai.

- Mas você tem a mim meu amor!

O abraço e sem conseguir conter minhas lágrimas choro agarrada no meu filho.

Teddy e meu porto seguro, meu príncipe, o homem da minha vida.

- Mãe não chora não é culpa sua.

- Claro que é Teddy.

- Pra mim só você basta.

- Mas você precisa de um pai, um cara pra jogar bola, correr.

- Nisso você tem razão, o vovô Ray não tá muito em forma.

Rimos e me solto do seu abraço e seguimos pra casa. Estaciono na minha vaga e subimos para a nossa cobertura, apesar de morarmos em apartamento Teddy tem um bom espaço para brincar, alem de passarmos os finais de semana na casa dos meus pais que tem um imenso jardim.

- Mãe posso ir brincar com Ben? – Teddy faz carinha de pidão.

- Claro que pode depois de me mostrar o dever de casa pronto! – Pisco pra ele lhe dou um beijo na testa e sigo para o escritório.

- Ah mãe! Só um pouquinho vai!

Teddy vem atrás de mim.

- Se você fizer a lição primeiro deixo até dormir na casa dele.

- Valeu mãe!

Teddy sai correndo do escritório todo alegre. Como eu gosto de ver ele feliz.

Antes de me afundar no trabalho ligo para Kate e ela me atende no terceiro toque.

- Até que fim Ana, pensei que não lembrava mais dos amigos.

- Tão exagerada Kate. – rimos – estou ligando para avisar que Teddy pediu para ir dormir ai hoje ele está com saudades do Bem.

- Que ótimo, aproveita e vem jantar aqui, hoje Elliot não está... – um silêncio chato surge.

- Onde ele foi?

- Ele precisou ir viajar!

- hum... Ok daqui uma hora estamos ai.

- Bjos!

- Bjos!

Desligo o telefone e encaro os papeis a minha frente e o computador.

- Você pode esperar.

Fecho o notebook e vou para o meu quarto me arrumar, tomo um banho e coloco um vestido longo com uma sandália baixa e prendo meu cabelo em um rabo deixando minha franja solta e vou até o quarto de Teddy.

- Teddy, vamos? – Abro a porta e vejo-o terminando de arrumar sua mochila.

- Vamos! – ele fecha o zíper da mochila e a coloca nas costas.

Meu filho cresceu me lembro do dia em que ele nasceu tão pequeno dependente e hoje ele está grande e independente.

Chegamos na casa de Kate no apartamento ao lado antes do horário previsto.

- Teddy!

- Ben!

Os meninos se abraçam e já saem correndo pelo apartamento.

- Kate!

- Ana!

- Nem parecemos amigas e vizinhas!

- Nossa. Quanto exagero Kate.

- Você está com um acara péssima!

- Não é pra menos, no andar da minha sala tem uma obra que não acabar resultado? Trabalho acumulado, dor de cabeça, estresse e pra completar o problema de sempre.

- As crianças ainda zombam de Teddy?

- Sim, elas parecem não entender... – seco uma lágrima – isso acaba comigo Kate, eu não queria que Teddy passasse por isso, mas...

Ela me abraça.

- Não fica assim Ana! Você não tem culpa dos caminhos que a vida tomou.

- Kate, ele podia ter escolhido ficar, mas ele preferiu ir pra nunca mais voltar.

- Ele não se foi pra sempre Ana... – Kate me olha estranho.

- Como assim Katherine, ele não se foi pra sempre?

- Ele está voltando para Seattle!

Oh não! Isso só pode ser um pesadelo, ele não pode voltar, não agora!Não depois de tudo o que eu passei...

O Advogado que trabalha ao lado - FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora