Eu e a Ally ficamos a noite toda na conversa. Algo que não devíamos fazer pois no dia seguinte tínhamos aulas. Logo o nosso aspeto no dia seguinte não era o melhor.
Apesar dela ser a minha melhor amiga eu não lhe disse nada sobre o Jake. Nem do beijo de ontem á noite, nem do primeiro... eu não ia admitir que beijei o Jake Evans. Duas vezes! E o pior de tudo: eu gostei!
Ela nunca me ia deixar em paz depois que eu lhe contasse. Ia começar a inventar mil e uma histórias. Por isso eu decidi não contar.
Quando chegamos à escola fomos diretas aos nossos cacifos. O Nate veio ter comigo e fez questão de me acompanhar até á sala apesar da sala dele ser no outro lado do edifício.
Não vi nem ouvi falar do Jake o dia todo. Melhor ouvir falar nele até ouvi. Todas as raparigas suspiravam apenas de se mencionar o nome dele. Elas estavam completamente apanhadinhas. Ele era como o fruto proibido, o bad boy que todas desejam, que todas querem ter. E por momentos, quando ouvia estas conversas eu sentia-me uma delas. Mas que raio é que eu estou a dizer? Eu devo estar doente. Ou maluca! Eu nunca fui assim nem nunca vou ser. Eu não sou nenhuma adolescente com as hormonas aos saltos que quer que o bad boy da escola lhe faça coisas que... oh meu deus Lydia! Para com isso!
Concluindo o que estava a dizer, não o vi todo o dia. Nem no dia seguinte, nem no seguinte, nem no seguinte. Se eu não soubesse era capaz de dizer que ele me estava a evitar, porque provavelmente se ele não estivesse já tinha saltado pela minha janela umas 50 vezes esta semana.
Hoje era sábado, e claro dia de preguiça! Acordei era uma da tarde e os meus pais perguntam vocês? Nem sinal deles! Apenas um recado no frigorifico a dizer que iam viajar e que a minha avó vinha tomar conta de mim. óptimo!
Não é que eu não goste da minha avó, mas ela tem a mania que temos de falar sempre sobre os nossos problemas e não ignora-los. Onde é que ela foi buscar essa ideia? É muito mais fácil ignorar e seguir em frente. E claro ela insiste que eu me abra pra ela sobre o que aconteceu. Mas ela não percebe. Eu não consigo. Não agora.
Passei a minha tarde super ocupada obviamente. Fiquei na sala a ver um filme e encher-me de pipocas. Eram umas quatro da tarde a porta da rua abriu. E só senti dois braços á minha volta, praticamente a asfixiar-me!
Eu: avó, não consigo respirar.
Avó: Lydia, como estás crescida querida!
Eu: avó, a serio. Eu não consigo mesmo respirar.- disse fazendo pausas e tossindo.
Ela afastou-se e riu-se. Como aquela mulher tinha um sorriso lindo. Apesar da sua idade ela aparentava ser muito mais jovem e tinha a energia de uma adolescente. Melhor de uma jovem adulta porque todos sabemos que os adolescentes não são o melhor exemplo a dar no que cerne a energia.
Avó: sempre dramática a minha menina.
De repente ouvimos um barulho enorme vindo do andar de cima. Como se algo se tivesse partido. Ou alguém a cair. Estamos a ser assaltadas? Corremos até ao meu quarto e o meu visitante preferido estava nada mais nada menos do que a saltar para a minha varanda. Já devia saber que era ele... ou talvez não depois de dias e dias de silêncio.
Avó: acho que estamos a ser assaltadas.
Eu: não, não estamos. É só o idiota do vizinho.
Avó: devo ficar preocupada?- sorriu maliciosamente.
Eu: não. Sim. Não. Quer dizer... sim claro que deves está um adolescente a tentar entrar no quarto da tua pobre e inocente neta. É melhor tratares disso. Quem sabe chamar a policia? – olhei para ela e tentei fingir estar assustada.
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Lydia
Teen FictionShe was in love and he loved her too. But all stories have to end right?