Too Close

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Vinte minutos depois, chegamos a minha casa. Mal ele estacionou o carro em frente a minha casa eu sai e ele continuou no carro.

Jake: Lyd espera. – disse abrindo a janela do carro.

Eu: sim?

Jake: queres falar?

Eu: sinceramente? Não. Mas obrigada. Por tudo.

Jake: bem não te habitues. O teu pai fez-me prometer que tomava conta de ti este fim-de-semana. Bem, ele contratou-me digamos.-sorriu.

Eu: optimo, 18 anos e ainda tenho uma babysitter. Optimo.

Eu sorri e ele saiu do carro. Aproximou-se de mim, tipo muito. Eu sentia-o praticamente colado a mim. Eu sentia a sua respiração na minha cara, o bater do seu coração que em comparação ao meu que estava praticamente a saltar-me do peito, o dele estava calmo. Que efeito é este que tu tens em mim Jake Evans?

Jake: eu não sou babysitter de ninguém Lyd. Eu sou demasiado sexy pra ser babysitter. Sorriu.

Eu: jake.... Por favor não me chames isso.

Jake: desculpa Lyd mas não posso fazer isso.

Eu: jake. Por favor.- disse deixando escapar uma lágrima.

Jake: Lydia. Confia em mim.

Eu: eu não confio em ninguém. Nem mesmo em mim....

Jake: então deixa-me fazer-te confiar em mim. Deixa-me entrar. Não levantes o muro pra mim.

Eu: jake...

Jake: conta-me Lyd. O que se passou pra tornar os teus olhos tão tristes? Tão vazios.

Eu sabia exatamente o que responder mas como eu disse eu não confio em ninguém. E porque haveria eu de confiar no Jake? Ele mal me conhece. Ele não passou pelo que eu passei. Ele não iria perceber o porque de eu ser assim. Nem mesmo quem sabe percebe. Nem eu percebo. No que te tornaste Lydia? Quem és tu?

Jake: Lyd, confia.

Eu: eu, eu não consigo.

Ele abraçou-me e eu deixei o muro cair, a barreira, o forte que sustentava a fachada de uma rapariga supostamente forte. Apenas o abracei e deixei as lagrimas escaparem. Porque é que ele consegue fazer isto? Como é que ele consegue ver a dor nos meus olhos? Como é que ele consegue fazer-me sentir assim? Tão impotente e tão forte ao mesmo tempo?

Jake: e se entrássemos?

Eu: é melhor ires pra casa Jake. Os teus pais devem estar preocupados....

Jake: os meus pais sabem que eu estou contigo. Alem do mais o meu carro está na tua entrada. Eles não tem com que se preocupar.

Eu abri a porta e entramos. Ele foi em direção á cozinha e eu sentei-me no sofá. Minutos depois ele voltou com duas canecas de chá. Eu apenas o observava e ele a mim. Eu sentia o olhar dele em mim. Algo nele me fazia querer falar. Mas será que eu podia finalmente confiar? Será que eu consigo confiar novamente em alguém? Mas a pergunta que mais vezes se repete na minha cabeça é: será que vale a pena reviver tudo novamente? Tudo parece completamente inútil. Para que desabafar? Para me lembrar de tudo? Pra trazer de novo a dor, a saudade, a angústia, o medo? Mas... eu sinto que posso confiar. Eu só não o quero fazer. eu tenho medo de o fazer.

Jake: em que estás a pensar?

Eu: se posso realmente confiar em ti. Sabes eu ainda não te percebi.

Jake: como assim?

Eu: como é que tu consegues ser um idiota e ao mesmo tempo ser um rapaz preocupado com os outros?

Jake: bem- sorriu- ser um idiota é um talento natural. E eu só me preocupo com quem é importante para mim.

Eu: por favor. Não precisas namoriscar comigo. Eu não vou cair nos teu joguinhos Jake.

Jake: eu pensei que era idiota e não Jake.-riu

Eu: podemos esquecer a minha falta de imaginação e ir diretos ao assunto? Porque te interessa tanto saber o que me fez.... Assim?

Jake: porque todos nós temos os nossos demónios. E eu só quero perceber-te. Como tu disseste, eu ainda não te consegui perceber. Pra mim És um mistério.

Eu: alguns mistérios são melhores deixar por descobrir.

Jake: eu tenho a sensação que tu não és um desses casos.- disse aproximando-e de mim.- Tu vales a pena descobrir Lyd....

,Hu]

LydiaOnde histórias criam vida. Descubra agora