Em quantos pode tornar-se ser

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Queria que o tempo não fosse tão egoísta quanto a você, caro relógio. Seus ponteiros subestimam toda a minha coordenação motora e me desafiam a ser intensa. Alice, que sorte a sua mudar de mundo e cair no país das maravilhas.

Quando peço e penso para me trazer calor em gestos, me crie um moletom além do agasalho, crie combustão na rapidez de cada atraso. Minhas garras prendem-se ao átimo, agarro com minhas mandíbula seus lóbulos, deixo minhas marcas da súbita parada serem narrativas para o reconto.

Tempo, pare de sorrir. Quando retribuo descubro novas rugas em mim. Roda como um eco em minha mão, sem saber o tempo em que o grito foi feito. Eu sinto, antes de ver. O som dispersa e tenho que correr, mas quando alcanço, descubro que é apenas a amostra de um riso. A vida se extingue de mim quando estou apenas começando a existir. As minhas cores se misturam sem eu escolher, apagam antes que eu a possa ver. Não sou rápida o suficiente para reunir o ar e em mim apenas uma cópia de respiração a se sugar. A parede e coração são um mesmo lugar, uma visão e não habitação. Minha sombra é um eterno passado sendo puxado. O congelar de um sorriso é uma utopia, a perfeição que até o som paralisa é inanida provida. Multiplicai! A mim muito pode se tomar, mas a falha nunca concernirá.






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