Aonde tudo começou

235 9 0
                                    

Pv Moon


Minha vida não foi um conto de fadas, muito menos um mar de rosas. Minha vida sempre foi uma inexplicável trilha sombria e espinhosa. Até eu conhecer ele.

Meu Companheiro.

ºTrês semanas atrás°

-K0157, temos um novato hoje, Seja boazinha com ele, cadela... - Um dos guardas daquela prisão falava.

Vim parar aqui quando eu tinha cinco anos de idade. Foi uma das noites mais tristes da minha vida. Lembro-me dela até hoje.

Flashback ON

Eu estava deitada na minha confortável cama. Já era de noite, os grilos estavam cantando, a lua já havia dado o ar da graça e agora a minha mãe estava ali, sentada ao meu lado, cantando uma velha cantiga que a minha avó cantava para ela. Eu estava quase dormindo quando ouvi um barulho no primeiro andar da casa.

-Tiros! Não! Moon se escon...

A frase de minha mãe ficou no ar quando a porta foi abruptamente arrombada e uma bala atingiu a cabeça da mais velha, e aquela foi a última vez que eu ouvi a minha mãe me chamar pelo apelido que ela tanto amava.

Fiquei esperando pela minha morte, mas ela não veio. Um dos homens se aproximou de mim e me puxou, me levando até o primeiro andar da casa. Eu estava tentando ser forte.

Meus pais sempre diziam que não importava a situação, eu tinha que demonstrar força.

Porém, minha força fora toda embora quando me deparei com meu pai caído no chão, sem vida. Ali, eu percebi que eu estava sozinha no mundo. Eu não tinha mais parentes vivos, e agora não sabia o que iam fazer comigo. Só sabia que a minha vida não seria mais a mesma.

Flashback OFF

Fui arrancada dos meus devaneios ao ouvir o ranger da porta ecoar pela minha sela sombria.

Olhei o ser que se mantinha de pé a frente da porta. Ele tinha uma aparência jovem, mesmo na penumbra que era minha cela conseguia ver seus olhos pretos sua pele não muito clara, mas também não muito escura, seu cabelo um pouco enrolado que tinham um tom divino de castanho. E claro como todos os homens que 'Trabalham' nesse lugar seu porte físico era muito bom, porém o dele não chegava a ser exagerado. Ele realmente parece ter iniciado há pouco tempo nessa vida.

-Oi... Eu sou chamado de Black, você como os outros é chamada por uma numeração, porém queria saber o seu nome. Eu ouvi coisas horríveis a seu respeito, agora olhando para você eu não acho que eles estavam falando sério. Bom você já deve saber o motivo deu estar aq...

-Claro que eu sei. Seu comandante sempre manda os novatos na minha cela nos primeiros dias na tentativa de conseguir uma amostra do meu sangue. Não me entenda mal Black, mas eu não irei deixar você se aproximar de mim, você não e diferente dos outros, só não te ataquei ainda pões você não se mostrou como ameaça; porém assim que amostrar não terei piedade.

Claro que eu percebi que aquilo o assustou. E aquilo só confirmou a minha hipótese, ele era um novato nesse tipo de vida.

Vi o Black sair desesperado possivelmente indo falar com o seu comandante.

-Chefe eu não acho que ela está blefando, como o senhor falou. Ela está muito confiante no que ela estava falando.

Sorri ao perceber que possivelmente seria fácil assustar esse novato. Eles não estavam muito longe das celas e com a minha audição ampliada ouvir a conversa deles foi fácil.

Depois de cinco anos nesse lugar eu comecei a aprender a me divertir com os novatos que os comandantes da guarda mandavam e agora depois de 13 anos que fui raptada para morar aqui. Essa é a minha única distração. Por eu ser perigosa sou proibida de sair da sela, o que me deixou um pouco branca de mais, minha parede estava cheia de risquinhos marcando os dias. Só via o sol por um micro buraquinho que tinha na sela; micro mesmo o buraco era do tamanho da minha mão.

Parei de pensar na minha vida e voltei a prestar atenção na conversa deles.

-Ela é só uma Lupina, ela é só mais um dos nossos ratinhos de laboratório. E outra; quero que você aprenda uma coisa, os seres que são vulgarmente chamados de Lobisomens gostam de blefar para tentar se mantiver vivos por mais tempo. Não se deixe enganar por eles.

-Eu entendi chefe irei para la, e quando voltar aqui estará com uma amostra do sangue dela.

_Droga! Odeio quando ele consegue fazer o novato voltar. E pelo visto vai ter que ser pelo jeito difícil._

Ouvi a voz doce da minha loba e logo depois, me transformar, fiquei em posição de ataque olhando para a porta assim que ele entrou rosnei o que fez o garoto arregalar os olhos. Claro que ele se assustou porem, minha loba não era marrom, pois eu não sou beta, também não e preta o que confirmou a ele que eu não era uma Alpha já o tranquilizando. Minha loba era pequena e toda branca, o que provava que eu era um ômega, porém assim que ele deu um passo à frente meus olhos mudaram de azul para vermelho apresentando ali que eu também não sou um ômega normal.

Segundos depois o vi voltar para trás ao ver a minha pelagem branca incorporar o mais lindo tom de vermelho, não demorou dois segundo e ele saiu correndo me fazendo rir mentalmente. Esse não volta mais.

Deitei-me no chão voltando a minha aparência de ômega e logo fechei os meus olhos para tirar um pequeno cochicho.

Eu não sabia o que eu era quando eu fui jogada na minha primeira cela aos meus cinco anos, eles me obrigaram a me transformar pela primeira vez, passei meses sem comer sendo maltratada e de tanto ódio que eu senti eu soltei ao mais poderoso do que qualquer coisa que eles já viram. A minha loba um simples ômega mudou a coloração e ficou vermelha com algumas chamas em certas partes, depois disso descobri que eu podia controlar aquelas chamas, e se me concentrasse podia manipular o calor a minha volta.

Acordei com um barulho de passos e me levantei já em posição de ataque até ver um garoto desconhecido por mim abrindo a porta e logo saindo dali, estava desconfiada até que eu percebi outro lobo passando como se estivesse protegendo o humano logo sai vendo que todos os lobos daquela ala; e eles estavam soltos, e logo que a última cela foi aberta o homem que até segundos atrás eu achava que era humano se transformou em um lindo lobo de cor marrom escuro, um beta. E foi aí quando eu percebi, era uma fuga.

Após seguir aqueles lobos o caminho todo chegou à entrada da floresta o alarme já havia sido tocado e já estávamos sendo perseguidos cheguei a ver alguns sendo pegos tentei ajudar, mas não deu tempo.

Na tentativa de ajudar acabei me perdendo dos outros, corri durante dias, sem rumo sem saber para aonde eu iria, agradecia ao beta que me salvou, mas não ia voltar na intenção de encontrá-lo, pois poderia ser presa de novo. Depois de uma semana andando de floresta em floresta na minha forma de lobo encontrei uma floresta um tanto grande resolvi ficar nela.

Nunca vivi na sinalização o que me assusta então irei ficar aqui mesmo na floresta aonde é mais seguro. Estava andando até que eu comecei a ouvir passos atrás de mim; antes de sequer pensar comecei a correr que nem uma doida infelizmente isso despertou mais a atenção do ser que estava por perto, corrigindo dos seres, porque eles também correram só que em minha direção, eu podia ouvi o barulho dos galhos sendo esmagados, por patas pesadas e quando eu fui perceber já estava encurralada fechei os olhos rezando para que eu pudesse ter uma morte rápida... Mas ao invés disso minha transformação se desfez e eu não vi nem ouvi mais nada.


Continua...

Pequena Loba(Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora