Come Over When You're Sober

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Point Of View Bradley Martin

Já era quase duas da manhã quando estávamos saindo.

- Você pode dirigir? Estou um pouco cansado por causa do show. - Gus disse e me entregou a chave.

- Ok, tudo bem. - falei e entrei no carro.

- Se quiser já pode começar a me contar sobre aquilo que eu te perguntei agora à pouco. - disse Gus.

- Tá, mas você tem que me prometer que vai me ouvir e que não vai ficar bravo. Promete?

- E por que eu ficaria bravo? - ele respondeu.

- Promete? E aí eu te conto. - falei olhando rapidamente pra ele enquanto prestava atenção no caminho de volta pra casa dele.

- Tá bom, eu prometo Brad. - disse por fim.

- Ótimo, bom eu fui no psicólogo ontem a tarde.

- Você o que? Por quê fez isso? Por minha causa? - ele perguntou enquanto me olhava.

- Olha lá, você prometeu, eu nem comecei a falar e você já me interrompeu. - falei.

- Desculpe, você tem razão.

- Sim, eu fui por sua causa eu precisava de alguma solução pra tudo isso que está acontecendo, Gus você não está dormindo e nem se alimentando direito eu estou preocupada com você.

Ele olhou pra mim querendo dizer alguma coisa, mas ficou em silêncio.

- Enfim, eu falei basicamente que você estava a alguns dias sem usar nada, mas que estava sendo difícil pra você já que você está passando por todos esses efeitos colaterais.

- E o que ele disse? - Gus perguntou baixo enquanto olhava pra janela do carro.

- Que é porque você parou de tomar o remédio pra ansiedade assim de vez, ele me disse que tem que ir diminuindo as doses aos poucos, mas que seria muito bom se você fosse a uma consulta. - falei.

Ele ainda continuava olhando pra janela Gus respirou fundo olhou pra mim e disse: - Eu sei que você está fazendo tudo isso porque acha que é o melhor pra mim e eu te agradeço por isso, mas eu não quero.

Parei em frente ao seu prédio e o porteiro abriu o portão que dava acesso ao estacionamento eu entrei, estacionei e desliguei o carro e me ajeitei no banco para ficar de frente pro Gus.

- Tudo bem se você não quiser ir no psicólogo, mas você pode pelo menos tentar esse jeito de ir diminuindo as doses do xanax aos poucos? Por favor Gus se não der certo você continua do jeito que estava antes.

- Tudo bem, vamos tentar do seu jeito de agora em diante. - ele respondeu.

- Ah eu não acredito nisso!! Eu ouvi um amém Deus? - falei e ele deu risada.

- Ah Brad não exagera vai. - ele respondeu.

Me aproximei dele e comecei a distribuir beijos por todo o seu rosto.

- Um passo de cada vez, ok? - falei olhando pra ele, Gus concordou e me beijou.

Point Of View Lil Peep

Brad e eu tínhamos concordado de fazer do jeito dela de agora em diante, entrei em casa e fui até meu quarto pegar alguns comprimidos que eu tinha guardado.

- Prontinho. - falei olhando para Bradley que estava sentada na minha cama.

- Você vai tomar um? - ela perguntou.

- É melhor dois provavelmente um não vai fazer diferença. - respondi.

Depois de um tempo estávamos deitados, Bradley estava me abraçando e eu podia ouvir e sentir sua respiração.

- Brad? - perguntei falando mais baixo pensando se ela poderia já ter dormido.

- Hum. - ela respondeu.

- Obrigado. - falei.

- Pelo o que Gus?

- Por não desistir de mim, por acreditar que eu ainda tenho chance eu te amo tanto.

- De nada, mas Gus você não precisa me agradecer eu faço isso porque eu amo você e quero o melhor pra você.

Deixei um beijo suave em seus lábios e abracei Bradley ainda mais como se eu quisesse manter ela sempre assim perto de mim.

- Gus, não estou conseguindo respirar com você me abrançando desse jeito.

- Ah desculpe. - falei.

- Estou brincando. - ela disse rindo.

Acordo de manhã pego o meu celular e já era 9 da manhã, olhei para o lado e Bradley ainda estava dormindo me levantei com todo cuidado.

Vou até o banheiro lavo o meu rosto e escovo os dentes, me olho no espelho percebendo que essa era a primeira vez em dias que eu dormia bem, pra falar a verdade eu me sentia bem tudo isso graças aos meus comprimidinhos, só espero que tudo isso dê certo e eu me livre deles.

Caminho até a cozinha para tomar um café e aproveito para pegar minhas anotações com algumas músicas escritas.

- Bom dia, dormiu bem? - Bradley diz ao aparecer na cozinha vestindo uma camiseta minha.

- Bom dia, sim dormi muito bem, ficou bem você. - falo apontando pra camiseta e ela sorri.

- Foi a primeira que encontrei, tem café?

- Tem sim. - respondo e vou até a sala.

Bradley se aproxima com a xícara de café nas mãos e diz enquanto se senta no sofá: Está escrevendo mais músicas?

- Na verdade não, estou escolhendo quais são as que vão pro álbum e preciso pensar no nome também.

- Quantas são e já tem alguma idéia pro nome? - ela pergunta.

- Acho que umas 6 ou 7 músicas ainda não sei estou pensando em dividir o álbum em duas partes e sobre o nome ainda não pensei em nada queria algo relacionado a minha vida principalmente sobre esse momento em que estou ficando sóbrio, não sei direito. - respondi.

- É uma ótima idéia, poderia ser algo como " I'm sober" não sei algo assim. - Brad diz.

Como se a minha mente tivesse tido um estalo eu olho para Bradley e falo: - Você é demais!! Já sei como vai ser.

- Como? - ela pergunta ansiosa.

- Eu pensei em "Come over when you're sober" o que você acha?

- Eu gostei, achei muito bom principalmente porque ele descreve bem esse momento que você está passando.

- Isso mesmo, eu não quero que a as pessoas fiquem ao meu lado só quando elas ou eu estou chapado como se fosse uma felicidade momentânea, quero que fiquem por saber quem eu realmente sou.

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