Feliz Por Você Estar Aqui

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Point Of View Bradley Martin

- Eu sabia que não daria certo. – Liza disse quando Gus saiu.

- Liza não é sua culpa, eu vou ir atrás dele fique aqui e assim que estiver tudo bem te mando uma mensagem. – falei e em seguida saí correndo descendo as escadas já que ele tinha pegado o elevador.

Cheguei ao estacionamento do prédio correndo e vi ele caminhando em direção ao carro quando consegui acompanhar puxei sua mão e disse: - Gus não vai fica aqui, ficar sozinho não vai te ajudar em nada.

- Bradley não! Eu preciso sair e você escondeu tudo enquanto poderia muito bem ter me contado. – ele respondeu soltando a minha mão.

- Eu não podia contar isso era algo que só a sua mãe poderia fazer.

- Tanto faz não importa agora, a gente conversa depois. – ele disse e destravou o carro.

- Não, se você vai sair eu vou com você. - falei e entrei no carro.

- Não vai não, eu preciso... não quero que você veja. - ele respondeu

- O que? Usar drogas e ficar chapado? – perguntei.

- É, isso é tudo o que eu preciso agora. – ele disse e ligou o carro.

- Pra onde estamos indo? – perguntei.

- Vou te levar pra casa e depois vou à casa do Tracy. – respondeu.

Respirei fundo e disse: - Você não vai me deixar em casa, se você quer ficar chapado vamos a casa do Tracy juntos, não vou deixar você sozinho lá onde ninguém tem o controle de nada. - minha mente está me dizendo que não faz nenhum sentido não impedir ele de ir a casa do Tracy, mas tudo que importa agora é não deixar ele sozinho.

- Você não entende– respondeu.

- Gus me responde uma coisa quantas vezes ficar sozinho e chapado realmente te ajudou?

- Não ajuda Bradley já te disse isso, só faz com que eu esqueça tudo temporariamente. – ele respondeu e começou a fazer o caminho até a casa de Tracy pelo menos ele não iria mais me levar pra casa, aproveitei e mandei uma mensagem pra Liza avisando que o Gus estava comigo.

Assim que paramos em frente à casa do Tracy olhei para o Gus e ele me olhou de volta então perguntei: - Quer mesmo fazer isso?

- Não, honestamente eu não sei o que eu quero. – ele disse com um tom triste na voz.

- Me deixa dirigir, vou te levar em um lugar. – respondi e ele concordou tirando o cinto e descendo do carro enquanto eu fazia o mesmo.

Comecei a dirigir e não estava nem na metade do caminho quando ele me perguntou para onde estávamos indo, porém não respondi e continuei dirigindo.

- Drive Thru do McDonald’s? Isso que vai resolver os meus problemas? – ele disse com sarcasmo.

- Nunca disse que esse era o nosso destino final. – respondi e comecei a fazer o pedido que incluía duas cocas médias com gelo e duas porções de batata frita.

- Bradley se lembra de que a gente jantou não tem nem duas horas. – ele disse olhando pra todas aquelas batatas.

- Me lembro, mas já estou com fome e quando algo me incomoda eu como. – respondi e ele sorriu.

Liguei o carro de novo e dirigi mais alguns quilômetros, até chegarmos a uma estrada de terra que levava a um pequeno morro onde dava pra ver toda a cidade ficava próximo ao letreiro de Hollywood.

- Prontinho chegamos. – disse ao estacionar o carro. – Agora desce daí e aproveita essa vista maravilhosa de Los Angeles a noite, sabe eu costumava vir bastante aqui quando me mudei pra cá.  - falei e me sentei em cima do capô do carro e Gus fez o mesmo.

- E te ajudava a resolver seus problemas? – ele perguntou e bebeu um pouco do seu refrigerante.

- Às vezes, é mais como um refugio tirar um tempo pra pensar. – falei e ele concordou ficando em silêncio começamos a comer as batatas enquanto observamos toda aquela vista.

- Pra quem não queria comer até que você está comendo bem. – falei rindo.

- Você estava certa comer ajuda, vou colocar uma música. – disse tirando seu celular do bolso.

- Ok. – respondi e em seguida começou a tocar uma música que eu conhecia. – Crybaby? – perguntei olhando pra ele.

- Não, essa é a musica que eu usei de base pra criar Crybaby. – ele disse. – Você vai gostar.

Assim que a música terminou olhei pra ele e disse: - Adorei quem canta?

- Brand New provavelmente a minha música favorita deles. – Gus respondeu e colocou pra tocar outra vez.

Ficamos em silêncio aproveitando a companhia um do outro enquanto comíamos o resto das batatas e ouvíamos mais algumas músicas.

- Por que acha que ele quer me ver? – Gus perguntou quebrando o silêncio e se referindo ao seu pai.

- Eu não sei Gus, talvez ele tenha se arrependido. – respondi.

- É um pouco tarde pra isso, não acha?

- Você não precisa ir e nem falar com ele se você não quiser, tem todo o direito de não querer falar com ele.

- É muito estranho pensar que ele simplesmente resolveu aparecer, sabe eu desejei tanto isso durante um certo período da minha infância que agora eu não sei como me sinto. - ele respondeu olhando pra mim e continuou dizendo: - Você iria comigo? – ele perguntou e fiz uma expressão sem saber o que ele queria dizer. – Ao casamento? Você iria comigo? – ele completou.

- Claro que sim é isso que você quer fazer? – perguntei.

- Sim, eu preciso saber o que ele realmente quer comigo.

- Ok, então acho que agora podemos voltar, a não ser que você queira ficar mais um pouco. – falei olhando pra ele.

- Quero, vem cá. – ele disse me puxando para um  abraço me fazendo ficar mais próxima dele. – Me desculpe por ter dito aquelas coisas, eu entendo agora porquê você não me contou e me desculpa também por tentar te afastar estou feliz por você estar aqui.

- Está tudo bem Gus. – falei e ele deixou um beijo no topo da minha cabeça. - Eu também estou feliz por estar aqui com você.

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