Noite de tristeza

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Já era madrugada, era hora de eu ir me encontrar com Gabriel, a melhor hora do dia e, agora, a pior.

Fui até lá, com certeza ele iria, esperando que eu ouvisse suas mentiras e o perdoasse logo de cara, mas não vou fazer isso, não mesmo.

- Gabriel. - Digo ao ver ele sentado no banco, sua expressão tira toda a raiva que tenho guardada, só tem espaço para amor.

- Eu pensei que você não viria.

- Então por que veio? - Respondo, seca.

- A esperança é a ultima que morre.

- A minha morreu assim que te vi beijando a Lauren

- Luce, sobre esse beijo...

- Não - O interrompo - Não precisa continuar, não vou mudar de ideia, o que você fez não tem explicação.

- Por que você tá sendo tão dura? Eu mereço me explicar, me deixa falar antes de dizer qualquer coisa!

- Não sei...

- Ela veio aqui do nada, perguntando por você, fez todo um drama de que, ela tinha errado tanto, começou a chorar, me disse coisas horríveis, que por um momento eu acreditei, você não entende, Luciana, eu a beijei sim, não fui forçado, eu me senti obrigado, as coisas que ela me disse, teriam abalado qualquer um e... Luce?

Gabriel

· Termino de falar ao ver Luce caída no chão, ela tinha desmaiado, me sento na grama procurando acorda-la, era inútil, eu tinha que chamar meu pai, ela precisava de um hospital, meu deus, sua cara estava mais pálida que o comum!

A peguei no colo, e fui até o quarto do meu pai, ele ia me fazer perguntas, mas minha mãe estava tão preucupada que não o deixou falar, fomos direto para o hospital, tanto a mãe quanto eu, estávamos desesperados, ela fui levada à um quarto, ninguem conseguiu reanima-la, meu pai falava com o médico, sua cara não me agradou nada, mas eu só podia esperar.

- Ela teve um infarto - Disse meu pai, entrei em choque.

- Como assim? Ela só tem 14 anos, é impossível!

- Não, ela tem o coração fraco, sua mãe e eu testemunhamos um ataque epiléptico assim que fomos  visitar, ela passou um mês internada, a morte de seus pais biológicos a abalou muito, agora não sabemos o que causou esse infarto.

Não quero ouvir mais, a culpa era minha, eu a prometi que ficaria com ela, que nunca a deixaria, e isso acontece!

Parece que meu coração saiu de mim, mas a tristeza ainda cabe, só me restava uma pergunta:

- Ela está viva?

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