6° Capítulo

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Fixei o meu olhar num belo rapaz que estava à minha frente. Era alto, moreno com uns olhos da cor do mel fascinantes. Vestia-se muito bem, usava umas calças beges com uma camisa aos quadrados vermelha, uma t-shirt básica branca e uns all strars pretos.

- Desculpa - disse o rapaz com um tom preocupado e carinhoso - não fiz por mal.

- Não fizeste por mal? - questionei retoricamente ao ajeitar a toalha - porque é que estás aqui mesmo?

- H-hm - murmurou enquanto colocava a mão na nuca envergonhado. Já percebi tudo, provavelmente veio ter com alguma rapariga... como todos os rapazes - vim entregar isto à minha irmã - dizia enquanto me mostrava um biquini - ela esqueceu-se disso na minha mala.

- Ahh, pois - digo meio engasgada - para a próxima tem um pouco de mais cuidado - ri-me carinhosamente.

- Mais uma vez desculpa - disse ao ir-se embora - já agora - diz ele ao virar-se para mim - tens um lindo sorriso - ri. Admito que corei com esse comentário, mas não o demonstrei.

A tarde estava a passar-se bem, com calma e ao pé do lago com alguns amigos que a Tânia já tinha feito. Estava a ser bastante agradável, respirar ar puro, sentir o sossego das árvores era excelente... mas claro que havia sempre barulho da parte de todos os adolescentes eufóricos a divertirem-se dentro de água.
Pendurada numa grande árvore ao lado do lago estava uma corda que servia de baloiço para as pessoas se atirarem para a água gelada, gostei de ver as pessoas a aguentarem menos de um segundo e a cair em logo a seguir.

- Lu, anda para a água! - aconselha o Gui enquanto nada de um lado para o outro.

- Sim, está ótima - declara a Tânia.

Não é que tenha problemas com o meu corpo, mas não me sinto totalmente à vontade para me despir e ficar seminua à frente de toda a gente, claro que algum dia o farei.

- Hoje já não - gritei para que eles me ouçam - tomei banho à bocado e não me apetece depois tomar outra vez - disse acabando por contar esta desculpa esfarrapada.

Eram quase 23h30 quando começaram a acender a fogueira, já se sentia o quente do fogo e era super reconfortantes. Com o tempo começou-se a juntar um monte de gente ao redor do fogo, a rir, falar e divertir.
A roda de cadeiras à volta da fogueira era enorme, os monitores estavam no centro e começaram a contar mitos de terror. Uns tinham medo e outros estavam na descontra. Eu só daquelas que estava bem, aliás adoro tudo o que seja terror.
Estávamos todos quentes, mas já era quase 00h00 e isso significa que toda a gente tem que ir para os dormitórios.

- O Bruno convidou-nos para irmos a uma festa na floresta que vai haver depois da fogueira, bora? - Ao mesmo tempo que a Tânia me dizia isto ao ouvido eu questionava se valia a pena o risco de ir.

- Não sei Tânia, os monitores não sabem e podemos ser apanhados - digo fazendo mostrar o meu bom senso.

- Mas Lu, eles fazem isto todos os anos - suspirou - vai ser fixe - disse para me tentar convencer ao dar-me uma cotovelada.

- Pode ser - disse vencida - mas vai muita gente?

- Eu sei lá - riu - temos é que ir para o dormitório e depois sair sem ninguém ver, temos de lá estar à 1h da manhã.

Com esta conversa já era 00h00 e fomos para a nossa cabana, por volta da 00h40 saímos do quarto, reparei que a Fernanda estava a dormir e que a Carla não estava lá, provavelmente também vai à festa. A monitora da nossa casa já estava a dormir e fomos até à porta cautelosamente.
Estava um noite serrada e fria, por isso vesti uns calções, uma sweat branca que dizia '' i Love Miami'' e umas botas de caminhada beges.
Antes de irmos para o dormitório combinamos encontrarmo-nos com o Bruno, uns amigos dele e os meus irmãos junto do lago, visto que não sabemos onde é a festa.
Ainda andamos cerca de 15 minutos até chegar a um espaço rodeado por árvores com umas trinta pessoas junto de uma grande fogueira e a dançarem com música baixa, para que ninguém ouça.

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⏰ Última atualização: Dec 06, 2020 ⏰

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