A chuva caí,ela navega,o vento frio vem.Ináia trazia apenas seu escudo e sua lança nas mãos e estava totalmente despida e livre de adornos.Nunca sentiu-se tão livre em toda sua vida,e nunca mais queria voltar para as guerras nem problemas do mundo moderno.É só ela e Deus.O seu novo mundo estava leve.O escudo,que antes era um fardo nas batalhas,hoje não passava de uma simples lasca de metal.A lança,que antes era pesada nas lutas, agora é leve como uma pena em suas mãos.Levava as antigas amigas de batalha,caso precisasse defender-se de um súbito ataque vindo das sombras das águas ou dos sussuros dos ventos.
A chuva para,as gotas d'água escorreram pelo seu corpo maduro,dando voltas nas suas voluptuosas curvas que davam graciosidade ao seu formato.Ináia estava sozinha no mar aberto, ninguém ali estava para admirar tamanha beleza e se por um acaso alguém(algum homem) estivesse lhe seguindo,conheceria sua afiada lança da pior maneira possível.
Ela odiou,odeia,e odiará todas as futilidades do mundo que viveu.Ela queria apenas renascer no seu novo mundo longe dos outros e perto da natureza.Os outros, é como chamava a sociedade que vivia.Ela não fazia questão de voltar,mas fez questão de escolher a ilha certa, isolada de tudo e de todos.Pelo menos,era o que pensava.
A ilha é pequena(como podem ver na imagem),mas tinha água,comida,um gostoso clima tropical e o principal desejo de Inaia: Tranquilidade. Pois foi na pequena praia dessa pequena ilha que seu barquinho parou,e ao se levantar esbelta,admirou a ilha exatamente como imaginava ser:Uma modesta porção de terra com rochedos,arvoredos,vegetações dando a vida,e uma belíssima praia com espaço de sobra para uma cabana.
Ela iniciou rapidamente as obras de uma pequena cabaninha que durou semanas.Mesmo cortando algumas árvores durante os dias da obra,ainda havia mais que o bastante para ainda se chamar de floresta.Ela construiu pois queria aconchego e teto para proteger-se da tempestade(mas ela amava de coração as chuvas ).Ela fez as paredes de madeira enfeitou o teto com folhas das palmeiras. E ali estava uma rudimentar cabaninha à beira-mar.
E assim ela passou os dias,pescando, caçando e plantando nas manhãs e tardes,e cantando, descançando e deleitando na ternura das noites e madrugadas.Regojizou-se banhou-se na liberdade e a tranquilidade que a ilha lhe ofereceu.
A batizou de Ináiaram,a terra de Ináia.
O ciclo se repetiu até que uma inesperada surpresa encostou nas areias da praia da ilha que ela estimava chamar de sua. Pois não era um homem que estava no barco?e dos mais magros que ela ja vira.Estava desmaiado,vestido apenas com andrajos cinzas.
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Ináiaram(em desenvolvimento)
Short StoryEste é um modesto conto sobre uma amazona que decide largar tudo e todos e ir viver numa ilha isolada em algum lugar do Atlântico.O que ela não esperava era que não viveria para sempre sozinha como imaginou,um evento mudaria para sempre sua vida e o...